segunda-feira, 15 de março de 2010

TENDENCINHA Forbes e o ranking dos top 10 ecodesigners

Faz um tempinho que muito gente espera que design e responsabilidade ambiental andem juntas.

Na queda de braço, como bem me disse Natalie Klein em entrevista para o Especial Luxo Veja São Paulo 2009, vence a peça mais bonita - por mais ecologicamente correta que a outra seja.

Claro, moda é sobre aparentar um mundo melhor. Então que a leva de designers siga o exemplo de Stella McCartney, cujas peças vendem horrores porque são bonitas. Plus side serem verdes.

E o caldo verde vem engrossando - e, mais curioso ainda - finalmente significa tutu. Tanto que a Forbes listou os 10 ecodesigners mais importantes do mundo.

Não sejamos carolas, caretas ou ingênuos. Tutu é o que move o mundo. E se o verde move - ou pelo menos começa a chamar a atenção dos big pockets, como demonstra o interesse da top revista de negócios -, melhor para o mundo.

Quem são eles, segundo a Forbes:

"Suzy Amis Cameron, mulher de James Cameron, concorreu ao Oscar de 2010, assim como Livia Giuggioli, mulher do ator Colin Firth. Estamos falando, é claro, do desafio "tapete verde". Ecofashion ou moda sustentável está colocando as maguinhas de fora nos lugares mais inesperados, incluindo o tapete vermelho. Aqui estão os top designers que porvam que orgânico pode ser moderno.

1. Bodkin Inglês arcaico para "agulha". As designers Eviana Hartman e Samantha Pleet receberam, em 2009, 25 mil dólares da Ecco Domani Fashion Foundation. Usar materiais incomuns como hibiscos e plantas para tingimento à mão é a especialidade das moças, cujo estúdio fica no Brooklyn. Vale visitar o blog, que lista inspirações finas como o Vitra. Isso, sim, é design!

2. Edun. Parceria entre Bono e sua mulher, Ali Hewson, Edun (nude soletrado ao contrário) pretende aumentar a produção de moda na África. A premissa: negócios, não ajuda (o bom e velho ensinar a pescar e não dar o peixe, como se diz aqui no Brasil). A maioria das peças é casual: camisetas, jeans, vestidos. "Comprar virou política", disse Hewson aos repórteres, quando a marca foi lançada, em 2005, apontando que a marca só trabalha com fábricas que respeitam os direitos trabalhistas.

3. Lara Miller. O amor de Lara pela alta moda verde começou na sua cidade natal, Chicago. Mais tarde, treinou técnica no Art Institute. As criações são feitas com tecidos feitos de bambu e algodão reciclável.

4. Linda Loudermilk Linda surgiu na cena parisiense há seis anos, mas no lugar de se contentar com confetes, ela declarou preferir "fazer um businesscom alma". Combinando tecidos feitos de bambu, milho e até de algas, ela se tornou um dos expoentes da moda verde (em 2007, foi considerada um dos nomes mais influentes da moda pela revista W).

5. Organic by John Patrick. John prevê um mundo em que as pessoas não precisem mais perguntar mais "é orgânico?", mas dirão "claro que é orgânico". Vencedor deste ano do prêmio de sustentabilidade Ecco Domani, mostrou o inverno 2010 no primeiro dia da semana de moda de Nova York.

6. Samantha Pleet. A nova-iorquina entrou para a cena verde em 2006 com peças de algodão orgânico e lã. A mais nova empreitada é a linha masculina, Patrick Pleet, feita em colaboração com o marido.

7. Thieves. A marca de Sonja Den Elzen, de 2006, debutou no GreenShows neste ano. Como várias do gênero, ela aposta em fibras orgânicas. Sua marca é rejeitar as tendencinhas a favor de peças bem feitas e sensuais.

8. Stella McCartney. É a quintessência do século 21, um passo evolutivo de Coco Chanel: alfaiataria sensual com direito à defesa dos direitos dos animais.

9. Susan Woo. O inverno 2010 é a terceira coleção da marca, baseada em NYC. A receita é aplicar matéria-prima sustentável ao desgin atemporal.

10. Titania Inglis. Titania acredita no minimalismo em todos os aspectos da vida. A coleção, lançada em 2009, usa algodão e lã orgânicos e couro tingido por plantas.

Um comentário:

Bel disse...

Eu me interesso muito por marcas conscientes. Quando vi o anúncio do seu post no twitter vim correndo saer da lista. Que bacana ver q mesmo com suas restrições, esse mercado cresce cada vez mais.