segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

2000 - 2010: uma década de moda - parte 4

É o momento de balanços, então aí vai o produzido pelo Figaro:

QUAL A TENDÊNCIA MAIS IMPORTANTE DA MODA?

« O unissex e o individualismo. Moda demais, corrente demais, tendência demais: a mulher está se buscando. Tudo se mistura e o gosto fica mais pessoal. » Anne Valérie Hash, estilista.

« Penso que, em reação à saturação de informações, um desejo de editar a moda de uma maneira mais prudente vai chegar em breve. » Rick Owens, estilista.

« O fracionamento das tendências em micromovimentos cada vez mais rápidos e a coexistência de estilos que obedecem cada vez menos a uma estação rígida e mais a uma geografia cultural. » Tancrède de Lalun, diretor de compras de moda feminina e masculina da Printemps.

« A multiplicação das tendências. » Sarah, da Colette.

« A passagem de Heidi Slimane chez Dior Homme impôs uma silhueta nova, marcante, que ultrapassou o gênero masculino. As calças slim e de cintura baixa são duas tendências que marcam a década. A onda das bolsas, o frenesi Louboutin e o incrível avanço da sola vermelha brilhante.» Anne-Sophie von Claer, diretora adjunta de redação do Figaro.

« O marketing, o porno choc, o vulgar e a uniformização do mundo pelo "luxo". » Jérôme Dreyfuss, designer de acessórios.

« O jeans, cult, contemporâneo e transgeracional, cheap ou chic », Maryline Bellieud-Vigouroux, do Institut Mode Méditerranée.

« Um festival de tendências. O « it » em todas as categorias. Mesmo que não pareça, os anos 2000 foram endinheirados e fingidos no excesso e na ostentação. e também foi quando começamos a buscar a moral, a verdade e a lealdade. Passamos então de uma sociedade de consumo para uma sociedade de consideração. » Vincent Grégoire, trendsetter, bureau de estilo Nelly Rodi.

Um comentário:

andreza felix disse...

não é de hoje que vejo, leio em vários lugares sobre essa atomização do campo chamado "tendencias". mas eu penso (em forma de questionamento) até que ponto não estamos tão perdidos de nós mesmos e nossas referências, verdades que não estamos fugindo para dois pontos perpendiculares: a fantasia (nos fantasiamos todo dia dos personagens que colhemos com a renda, com a legging, com vestido, etc. sem saber se é este personagem que nos caracteriza) e o luxo (consumimos cada vez mais marcas de luxo não por perdiçao mas sobretudo por representarem uma referência segura, estabelecida) que talvez ao contrario do que se pensou não signifique escapismo mas busca por segurança. hein?!
(muito legal a coletanea de reflexoes)