sábado, 24 de maio de 2008

Cannes, balancinho final

Eu acompanhei, claro!, a votação da Palma de Ouro para o melhor look aqui no blog (resultados na barra à direita, looks aqui). Estava louca para saber com que lentes as pessoas enxergam essas coisas. Cada um tem a sua e, embora eu ache que gosto se discute, sim, acho que se discute para entender o que o outro pensa (no lugar de tentar fazer o outro pensar como você). Por isso não fui dizendo logo de cara qual era o meu veredito (embora eu já tivesse apontado os meus looks favoritos).
Cate Blanchet ganhava com folga (minha querida Loulou achava isso crônica de um tapete vermelho anunciado). Bacana ninguém ter questionado o fato de o vestido ser nude e eu ter gostado dele (para mais explicações, vide o post A TEORIA DO bege). O vestido, Armani Privé, tem uma modelagem que segura a cor-de-nada. (Marta deixou um post dizendo que achou "pastel demais", mas penso que os babados e a leveza do tecido deram conta do serviço sem precisar da cor como apelo extra). Qualquer outra cor teria um efeito romântico (já pensou o rosa-bebê?) ou barroco (roxo?) ou moulin-rouge (escarlate) - e Cate não é nada disso a não ser dramática de um jeito sutil (fez sentido?).
Minha segunda favorita era Julienne Moore de Lacroix - mas a Vica, fiel leitora desse blog desde o comecinho (obrigada, obrigada) achou horroroso e a Marta, idem. Para Vica, eu disse que a Julienne parecia saída de uma pintura e usar Lacroix, ex-professor de história da arte, faz todo o sentido. Mas eu concordo que não é um look fácil. Mas também acho bom considerar que cor, corte e proporção, independentemente de se gostar do modelo, caíram bem na moça.
No fim dessa corrida, Natalie Portman e seu cocktail dress Lanvin saíram em disparada e quase empatam com Cate. Eu acho uma graça esse vestido. Também achei bacana Natalie escolhê-lo para a ocasião. Ela estava ali como júri e não quis roubar a cena como diva. Mas o tamanho da carteira me incomoda muito. É pesada demais para o vestido. Funcionaria com um terno, à noite, por exemplo, mas esse vestido pedia algo um pouco menor. Depois, tem o seguinte: o corpo é fatiado em três pontos por faixas pretas (a carteira, o cinto, os sapatos). Bastariam os escarpins, não?
O vestido da Rafaeli é lindo, mas ela ficou extrapeituda com esse decote + drapê e o lilás é uma cor ingrata! Mischa Barton envelheceu milênios porque errou no styling (cabelo, colar e essa pose, uia!). Fiquei surpresa de a Petra ter ficado sem votos - o vestido é lindo, tipo old-school glamour (quer saber mais sobre glamour? clique aqui), mas o peito de fora é demais - foi isso, meninas e meninos? Buenos, a Eva Mendes, para mim, é cafona e sem personalidade - e esse vestido diz isso. Essa foto ainda é feliz. Em outras, dava para ver como o corte deixava o bumbum cem vezes maior (que mulher quer isso, benzadeus?). O da Devon não empolga. Essa história de brilhos pura-e-simplesmente para brilhar já está meio apagada. E o decote é muito passé composé!
Enfim, só de curiosidade, vejam como Alberta Ferreti mostrou o vestido de Mischa na passarela (bem mais light, cabelão solto, sem joião, sem levar a sério o modelo) e Alber Elbaz o de Natalie. beijim e me conta!


Lanvin, verão 2008: com sandálias, o preto perde o poder de fatiar o corpo. Melhor do que o styling de Natalie Portman, não? Pena que Alber Elbaz não tenha sugerido a bolsa de mão...


Alberta Ferreti, inverno 2008/09: mais light, mais desencané do que o jeito de usar de Mischa Barton.

2 comentários:

Vica disse...

Li o teu maravilhoso post sobre o bege, e tenho que concordar... eu acho que a única coisa bege que eu tenho é sutiã!! Porque não aparece embaixo da roupa. Amo cores, amo vermelho. Mas o vestido da Cate tava absoluto porque, bem, Cate Blanchet é tudo.
E a Eva Mendes é o uó!!

Anônimo disse...

Ai, sempre achei isso de Eva Mendes, muita pretensão por nada!

Bjssss