segunda-feira, 19 de julho de 2010

MÁXIMA DO DIA Françoise Sagan

Para os dias de retorno à feminilidade, um lembrete aos (ufa!) retrossexuais, caso eles tenham se esquecido da função de uma peça de roupa essencialmente feminina:

"Um vestido só faz sentido se inspirar um homem a despir você."



(“A dress makes no sense unless it inspires men to take it off you.”)

FANTASCHIC Marilyn Monroe

Foto de Sam Shaw (Rex Features): ele fez a famosa foto do vestido sob o ventinho do metrô.

Marilyn parece ser certa agora.

Uma certa naïvité. Uma certa sensualidade. Curvas até nos cabelos ondulados. E o batom + colar?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MÁXIMA DO DIA Bouchra Jarrar

"Amo todos as funções na moda - as pessoas que criam, que cortam, que fazem as peles, os couros. Estou sempre com eles. Eles são os verdadeiros fazedores da moda."

A estilista francesa é a boa nova da semana de moda de alta costura, Paris.


(“I love every job in fashion — the people who are creating, the people who cut, those who do the furs, the leathers. I’m always with them. They are the real ones doing fashion.”)

domingo, 11 de julho de 2010

ROUPAS DO OFÍCIO segunda-feira de vermelho

Céline, pré-inverno 2010

Talvez a culpa seja da vitória da Espanha - um jogo que eu não vi -, mas o vermelho está no ar e segunda-feira parece o dia perfeito de usar uma cor que levanta até os times mais inesperados para o primeiro lugar.

À Lacroix e Balenciaga, dois amantes (e que outra palavra cabe para essa cor?) do vermelho-sangue.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

BELEZA PURA vilãs!

Malévola - e nunca Bela Adormecida e afins - é minha heroína.

Linda, chic, com voz rouca - é tudo o que uma mulher quer ser minus o rancor e os chifres.

Faz todo o sentido, então, as rainhas más inspirarem uma coleção de produtos da MAC.

São elas:
- Cruella de Ville, de 101 Dálmatas
- Dr. Facilier, de A Princesa e o Sapo
- Madastra Má, de Branca de Neve
- Malévola, de Bela Adormecida


Disney Venomous Villains: coleção não chega ao Brasil

Do WWD:
São 40 tons - entre 12 e 29,50 dólares.

Os produtos da Rainha Má e da Cruella de Ville consistem em tons de vermelho e pêssego. Os da Malévola, roxo e preto. E Dr. Facilier, “Magically Cool Liquid Powders”, um pó extra-leve.

ps. amigas em NY? O jeito é encomendar. Nas lojas a partir de 30set.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A TEORIA da alta costura prática

Alta costura é muito fácil de se amar.

Para qualquer dedicada seguidora da moda - não necessariamente consumidora da roupa de ateliê -, a alta costura é a realização do momento Cinderela. Não pelo vestidão, mas pela fada madrinha (estilista) e pelos hábeis ratinhos (costureiras) que constróem uma roupa feita sob medida para o seu corpo/proporções. E, com sorte, para o seu tom de pele, modos, postura, blá, blá. Para você.

É o objetivo da roupa em si: uma embalagem uau que promete um conteúdo idem. A razão de ser da moda e do ofício do estilista. O resto é pastiche.

Insistir que a alta costura obsoleta é matar o modelista, as costureiras, os bordadores, os alfaiates e toda a cadeia artística necessária que faz da moda não apenas uma imagem (ou você pensa que é uma bonequinha de papel vestindo roupas de papel?), mas uma peça tridimensional com uma função muito superior a chatice eterna da busca pelo status- da grana, da novidade.

Por aqui, estilistas que amam o ofício da costura (André Lima, Ronaldo Fraga - que fez um desfile-ode às costureiras) lidam todo dia com a falta de gente para transformar suas ideias em roupas viáveis e vestíveis. Marcos Ferreira, que é capaz de apontar a diferença entre alfaiataria da escola alemã e da escola inglesa (eita!), diz que está cada vez mais difícil encontrar bons alfaiates. Sem gente que saiba deixar um ombro impecável (Chanel era inimitável, como Lagerfeld lembrou no curta para a coleção Paris-Shanghai e José Gayegos, modelista-mór entre nós, confirma), não há Saville Row nem elogios à alfaiataria de Stella McCartney.

PARIS-SHANGHAI : A FANTASY
THE TRIP THAT COCO CHANEL ONLY MADE IN HER DREAMS.
Karl Lagerfeld, dez2009



A questão é como mantê-la relevante - não apenas só uma espécie de post it de como a moda funciona na base, antes de ser mercado de massa - e muito além do baile?

Uma geração de novos costureiros está atrás da resposta. E Alexis Mabille, que eu entrevistei para a Vogue justo numa história justamente sobre a haute, no desfile de ontem (5jul) em Paris, chegou muito perto (senão à) da resposta.

Inspirado talvez pelos tempos de cintos apertados (não que crédito seja um problema dessa clientela - uma peça dele custa, média, 8 mil dólares), Mabille fez um desfile de separates - a calça, a blusa, a saia, o casaco - que, styled de diferentes jeitos, multiplicam o look.

Quão banal, cotidiana, pode ser essa ideia?

Não satisfeito, Mabille desobedeceu as regras do jogo e desfilou a mesma peça mais de uma vez, num "assim ou assado" que pode ser ainda mais multiplicado em casa.




















A nova moral da história são peças-investimento. Sai o "use apenas uma vez no baile do Crillon", entra o "use muitas vezes". Não importa se você não tem 8 mil dólares.

Para quem deseja uma vida de alta costura (dá para esquecer os editoriais da Vogue América com a modelo fazendo compras no mercadinho metida num longo Lacroix ou enchendo o tanque de gasolina num monumental Dior?), essa é a alta costura da vida real. Um lembrete da função original da roupa - e da importância de ser bem feita. Ou como diz aqui Inés de la Fressange: uma casa de tijolos no lugar de uma cabana pré-fabricada.

Onde você prefere morar?

ROUPAS DO OFÍCIO terça-feira de vestido de couro e meiota dancin' days

Cynthia Rowley

Nunca é tarde para começar um dia de trabalho, certo? Para quem se sentiu, como eu, feito Calvin (Calvin and Hobbes), preso pelas cobertas, aqui vai a rebeldia do dia: vestido de couro, tipo põe e pronto e sandália com meias curtinhas de lurex - para indicar, discretamente, que sua vontade é não trabalhar. Couro é bom (sorry, Stella, não cheguei ao seu grau de evolução), cumpre bem o papel médias temperaturas, fica chic e reina na próxima temporada. Então, você chega antes e já fica quits o ciclo da moda quando ela vier...

ps. Da última vez que chequei, ainda temos essa liberdadezinha, não, de expressar discretamente os desejos?

domingo, 4 de julho de 2010

ROUPAS DO OFÍCIO segunda-feira com twist na camiseta & saia-lápis

Thakoon, pré-inverno 2010

O segredo é o peso das botas num look que seria bobo.

O que eu gosto é que significa que você foi recrutada para o trabalho - às vezes segundas podem ser odiáveis!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ROUPAS DO OFÍCIO sexta-feira de tweed

Giambattista Valli, pré-inverno 2010

Ha! No retorno cinquestista, como não amar o retorno do tweed? Tem uma elegância lady timeless, Chanel de Westminster (oops!) aprovaria, a sobrevivência em temperaturas temperadas também agradece (me desculpem quem vive acima do trópico de Capricórnio).

O melhor é que, quando a textura é o tema principal do roupa, nenhum outro esforço de imaginação é necessário. Vá simples, Valli ensina.