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sexta-feira, 25 de março de 2011

Jewelry bonding

Às vezes a gente fica amiga de uma vida em cinco minutos – basta ter afinidades estéticas.

Ontem, no lançamento da Brasiliana, da joalheira Carla Amorim, na loja da Oscar Freire, Giovana Battaglia, a musina da coleção, e sua assistente, Michaela, e eu nos entendemos depois de uma boa investigada do olhar (não são assim as moças da moda?). As meninas queriam saber o que eu estava usando. Não joias, porque com tanta riqueza de texturas e cores na roupa (cardigã longo de jacquard azul, verde e cobre, Cecilia Prado; camiseta couture de renda branca, Andrea Garcia; saia tulipa coral com autorrelevo de zebra, Mixed; escarpim azul petróleo de píton, Alexandre Birman), eu não precisava de forcinha extra. Elas mexeram nas peças (momento Barbie) e ficaram loucas quando eu disse que era tudo made in Brazil (eeee!). Da minha parte, fiquei tricotando sobre a mistura de joias e como é bom comprar uma pecinha...

Claro que é tudo um jogo de aparências. É preciso muito mais do que braceletes empilhados e roupas texturizadas para virar amiga de uma vida (surprise!). Mas os cinco minutinhos de futilidade já valem tu-do!


Michaela, assistente de Giovanna Battaglia, me adiciona no BBM para eu passar dicas de moda do Brasil: ela só lembrava de Pedro LourenCO (adoro como a cedilha atrapalha os estrangeiros)

Pulso fino e firme da moça: muita peça de flea market, como o bracelete dourado, tipo manila, com cabeça de "cebola". Ela descobriu na megajoalheria Buccellati que pagou 5 dólares (repito, CIN-CO dólares!) por uma peça de ouro vintage raríssima de encontrar. Bom gosto é tudo nessa vida! Os anéis são da Carla Amorim e a Michaela estava toda animadinha para comprá-los, em ouro rosa, favorito (fez a escolha certa, porque a Carla tem o mix mais romântico e suave entre ouro amarelo e cobre. Carla reina no rosé!).



Kelly e a futura amante de joias, Isabel: tem grávida mais linda?



Giovanna Battaglia, de longo lindo Erdem: ela escondeu o pulso esquerdo, com os braceletinhos-bugigangas que são a cara dela (no bom sentido, por que o que é bom, como provou a Buccellati, é bom, não importa a cifra) e que ela chama de "minhas tatuagens"(porque não tira nunca). É louca por joias e adora sobrepor peças de várias cores, texturas, formatos nas fotos em que faz styling (e na vida real). Tem uma jewelry box imensa e já prometeu que iria se dedicar apenas a comprar joias – e diminuir substancialmente a de roupas. Não funcionou. Continua adquirindo ambas às pencas. "Fui à falência", brincou comigo. Real que é, diz que sempre tenta negociar um deal com os estilistas e joalheiros - barganhar é chic!



Ha! O close nos pulsos hi-lo da italiana. Falta uma fitinha do Bonfim!



Andrea Garcia: pena que eu não fotografei os pulsos dessa estilista, que vive com pulseiras lindas, numa mistura frenética como a das meninas acima. A gente se irmana mesmo em certas escolhas estéticas e se entende numa piscadela, com prova a Dea. Ali no fundinho, a Camila Yahn, editora do FFW, site oficial do SPFW

domingo, 21 de fevereiro de 2010

É JOIA Art Smith & mais

Por fim, um link luxo de objetos de desejo o século 20.

Entre eles, as joias de Art Smith, verdadeiras esculturas modernistas.

aqui.

E Ted Muehling, um purista.

É JOIA Silk Road, por Sally Dudmesh

Sally Dudmesh nasceu no Paquistão e, filha de plantadores de tabaco, percorreu o Oriente. Suas joias, feitas à mão, são as étnicas mais desejáveis _ e absolutamente acessíveis, com um quê de civilizações passadas.

Clique aqui.

É JOIA Delphine-Charlotte Parmentier

Já que o assunto é joia neste fim de semana, anote no seu precioso caderninho de endereços fashion globais Delphine-Charlotte Parmentier.

Basta dizer que ela assina joias para Chanel e Chloé. Ponto.

E eu já vi brincos por menos de 400 dólares _ só que com aparência de muito mais.

aqui (ainda não está no ar)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

É JOIA Philip Crangi

Joalheiro. O contraste de materiais traduz exatamente para a joia o choque de texturas e moods da moda.

Tem peças lindas, mas ainda permanecem minhas favoritas as da coleção venetian.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

É JOIA questão de gosto

Adoro que a joalheria está encontrando cada vez mais jeitos de romper com as convenções sem quebrar o bom gosto.

Neste caso, literalmente. Joalherias têm lançado coleções de dar água na boca, inspiradas não mais em aranhas & afins, mas em comes & bebes.

Muitos quilates e nenhuma caloria é o tipo de delícia fácil de se esbaldar.




Macarons de quartzo negro, turquesa, malaquita ou lápis-lázuli, ouro (rosa ou amarelo) e diamantes, Carla Amorim: coleção inspirada na pâtisserie tem também petit gateau. R$ 2 260 o par.



Anel de diamantes, turmalina e rodela de citrino, Piaget: cocktail ring levado ao pé da letra na coleção Limelight Paradise, com direito até a caipirinha. Preço sob consulta.


Drops de limão, laranja e grapefruit e prata, Arthus Bertrand. De 75 a 120 euros.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

É JOIA! anéis em família



Dries Van Noten, verão 2009

O 'seu vizinho' e o dedo mínimo são meus favoritos para colocar anéis. A mão fica mais feminina e alongada. Bem lady.

É claro que existem outras combinações ótimas: indicador e 'seo vizinho', indicador e 'pai de todos', os três juntos... É mais boho ou mais rock - daí depende do modelo escolhido. Dá para ir de Marisa Berenson/Kate Olsen a Karl Lagerfeld e sua pilha de Chrome Hearts.

Enfim, Dries Van Noten sugere a mistura de esferas douradas e prateadas, todas da mesma família num jogo de cores, espaços e proporções. É uma leitura limpa para algo que poderia ser um replay óbvio dos anos 1950. Unhas ao natural ajudam a manter tudo mais contemporâneo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Linha do tempo da joalheria

Valor nunca é algo absoluto - é cultural e muda com o tempo e com o espaço. Veja o caso das jóias. As modas que reinaram pelos séculos dizem muito sobre as civilizações. A saber, do presente para o passado (ajuda você a pautar sua compra com outros olhos):

Hoje... Desde os anos 1960, os valores convencionais da jóia têm sido colocados em cheque. Novas tecnologias e materiais não-preciosos (papel, plástico, borracha) desafiam a idéia de status tradicionalmente ligada à jóia. Jóia se transformou em arte usável. E as mudanças continuam.


Bracelete, Kazumi Nagano, 2006, Japão: ouro, prata e Nylon.

Do Art Déco aos anos 1950... Mesmo espremida entre ciclos de depressão econômica e guerra, a joalheria de 1920 a 1950 manteve a inovação e o glamour (talvez por isso mesmo...). Formas geométricas celebravam a era da máquina e conviviam com a inspiração oriental. Alta concentração de pedras preciosas é uma das características das peças do período. E o retorno do ouro em 1933. Artistas e designers de outras áreas se envolveram com a joalheria, num ensaio do que viria a ser um dos caminhos da jóia contemporânea.


Broche, Ramond Templier, 1934, França: ouro, prata, lápis-lázuli e vrido azul.

Durante o Art Noveau... Os designers criaram formas sinuosas e orgânicas, ade alta voltagem erótica (diferentemente das peças botânicas de antes), se distanciaram das pedras preciosas clássicas e enfatisaram o efeito sutil do vidro, esmalte e chifre. Simultaneamente o movimento Garland Style reinterpretava pe;as de diamante dos séculos 18 e começo do 19.


Tiara de chifre, vidro, opala e ouro esmaltado, René Jules Lalique, Paris, 1903: Lalique levao crédito de ter introduzido o chifre na joalheria. Suas peças não focam no valor do material, mas no efeito estético que ele é capaz de produzir.

Durante o movimento Arts&Crafts... O século 19 virou o mundo de cabeça para baixo e, nas últimas décadas, era natural que o mundo industrializado causasse desconforto. Esse desconforto se expressa na joalheria pela rejeição do maquinário na produção. O movimento Arts&Crafts rejeitava pedras grandes e facetadas. Preferia cabochons. Trocou a repetição e regularidade das aramções por designs figurativos e curvos.


Colar de prata, ouro, pérolas, diamantes, granada, 1901, desehado por C. R. Ashbee e feito por Guild of handicraft, Londres: Ashbee foi um dos primeiros desginers do movimento. Ele estabeleceu a visão de que o valor da joalhria morava no design e na manufatura - não nos materiais caros.


No século 19... Nas primeiras décadas, o foco era nas jóias da antigüidade - um interesse renovado pelas escavações arqueológicas. Jóias naturalistas, com flores e frutas reconhecíveis, ficaram populares graças ã influência de poetas românticos como Wordsworth. A partir de 1850, as peças ficam mais extravagantes.


Bracelete, provavelment feito por Charles Riffault para Frederic Boucheron, Paris, cerca de 1875: ouro com esmalte plique-à-jour, pérolas e diamantes: Riffault reavivou o cloisonné, arte de esmaltar.

No século 18... Os diamantes brilham como nunca - e são incrustrados na prata para valorizar a cor.


Fivela de prata, esmalte e vidro verde e vermelho, Chipre.


No século 17...
A moda muda a joalheria. Roupas escuras pedem ouro. Tecidos de tom pastel pedem gemas coloridas e pérolas. O comércio entre países aumenta a oferta de pedras preciosas. E a melhora da técnica de lapidação deixa as pedras ainda mais reluzentes. Laços e temas botânicos são os preferidos.


Colar, Europa Ocidental: laço de 1660; corrente e pingente da virada do século 18 para o 19: ouro, esmalte, pérola e pingente de safira. Herança de Lady Laura Alma-Tadema.

Na Renascença... Esplendor é a palavra chave. O esmalte fica mais colorido. Técnicas de lapidação aumentam o brilho das pedras. Muitas peças têm temas religiosos e também falam de poder político. O interesse pela Antigüidade traz de volta o jeito clássico de incrustrar a pedra e as figuras mitológicas para as peças.


Pingente (frente e verso), provavelmente de alguma colônia espanhola na América do Sul, começo do século 17, de ouro esmaltado, cabochon de esmeraldas, rubis e pérolas: paixão por animais e pássaros na joalheria

Na Idade Média... Entre 1200 e 1500, as jóias passam a ser um atestado de status e hierarquia. Realeza e nobreza usavam ouro, prata e pedras preciosas. Menos favorecidos na pirâmide social, cobre e estanho. Cor - das pedras ou do esmalte - era valorizadíssimo. Até o século 14, as pedras eram polidas e não lapidadas.


Anel de ouro e safiras roxas e azuis, Europa Ocidental, 1200-1300

Na Antigüidade... Saem as ornamentos pré-históricos, feitos de concha, pedra e osso. Entram as peças de ouro, um material raro e valioso, agora que a técnica de trabalhar com o metal é dominada por celtas, gregos, troianos... As peças que chegaram aos nossos dias vêm dos túmulos - as jóias de ouro eram enterradas com seus donos.


Pingente de ouro e vidro (frente e verso), possivelmente da Umbria ou Fenícia, 600 aC-500 aC.

(peças e info do Victoria&Albert Museum)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Maxi & leves

Uma técnica sententona vem bem a calhar agora que as jóias setentonas estão de volta: eletroformação, um jeito industrial de criar peças de ouro gigantes e leves porque absolutamente ocas. Os acabamentos são arredondados e perfeitos, sem emendas. "Como se usa menos metal, a peça fica ao mesmo tempo confortável e mais acessível", diz Priscila Arícia Neto, uma das designers da Mirandouro - indústria de São Paulo que domina a técnica e faz para vários joalheiros pulseiras de correntes, especialidade da casa, e brincos como este.





Onde encontrar: Coliseu (51 3224 8700), Fratina (11 3081 5864), Garimpo (13 3284 2485), Goldesign Raquel Machado (92 3637 6492), Julio Okubo (11 5181 2157), Lulean (21 2111 9884), Marcos Jóis (18 3222 7725), Rodini (16 3911 3970), Viccenza (41 3027 8133)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

SISSI TV Shopping at Tiffany´s

Não acredito tanto em datas quanto acredito em bons e espontâneos presentes - sejam eles brilhantes ou não. Veja o Dia dos Namorados, por exemplo: 12 de junho aqui, 13 de junho dia de Santo Antônio casamenteiro, 14 de fevereiro no hemisfério norte (dia de São Valentim) ... Vale a data ou vale a intenção? Qual o triste cenário: restôs lotados e (sim, eu vi isso) namorados comprando flores murchas em supermercado na última hora (para as flores e para o presente, não?). Tudo pra cumprir tabela. Minha mensagem a essas almas perdidas: melhor ganhar uma blue box no dia do desaniversário de namoro do que florezinhas do campo despetaladas na data certa. Reze ao santo Charles Tiffany para que a primeira opção aconteça com você (ou mande esse link para seu namorado como uma espécie de Tiffany 101 - ou Introdução ao Mundo Maravilhoso da Tiffany). É uma lista de presentes da joalheria-fetiche com peças que começam em três dígitos e, claro, acabam em seis. Sete, se você quiser. Mas dígito não é documento.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

INSTANT GLAM pulseiras sobre luvas de lã


As major stores estão em liquidação de verão e o prefall, em alguns casos (como o da Bergdorf), já está à venda. É bom dar uma olhada para começar a tirar dos shows as idéias que injetam glamour na hora no seu look. Essa, da Burberry, é uma subversãozinha para o dia do infalível truque de sedução à la anos 1940: usar braceletes de diamantes sobre luvas de cetim de seda pretas. Sai o cetim e entram as luvas de lã. Saem os diamantes e entram braceletes grandes de cores e texturas diferentes - ficou linda aqui a mistura de tons neutros.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Império bizantino – e bárbaro!




Braceletes de bronze, Robert Goossens, 2,5 mil e 1850 dólares: o ourives bárbaro de Chanel.

Eu confesso, eu confesso. Se tem algo que faz os meus olhos crescerem é uma boa ‘joinha’. Ontem, descendo a Haddock Lobo com uma amiga, parei em frente à Cartier para ver a jaula das panteras. Para o dia, adoro a versão de ouro e esmalte preto, toda geométrica, circa 23 mil reais. Para a noite, vi a pantera de diamantes se espreguiçando sobre o meu dedo indicador – curiosa? 103 mil reais.

Jóia, para mim, é essa fantasia, diversão. Não sou purista, não compro a supremacia do diamante, dou de ombros ao status e à ostentação. Tem uma legião de gente que pensou e pensa assim: de Victorie de Castellane, na Dior, que confessa, sem vergonha, se inspirar em anéis-brinde dos docinhos da sua infância, à dama da costume jewelry – jóia-fantasia, jóia falsa, bijoux (embora essa seja a palavra em francês para as legítimas) – Coco Chanel. “Há mais na arte da jóia do que cascatas de diamantes em bases austeras de platina”, dizia Mademoiselle. “Um rubi ou uma esmeralda podem ser alfinetados na lapela de um paletó de tweed num efeito devastador; a proporção é o segredo de um bom design.” Com Madame Gripoix, Chanel fez suas pérolas falsas. Com o Duque de Verdura – com quem compartilhava o desprezo por solitários de diamante (“É melhor pendurar um cheque no pescoço”, provocava) –, fez os braceletes com a cruz de Malta.

Mas há um outro joalheiro cujas peças fizeram história no look Chanel: Robert Goossens. Ela o conheceu em 1953, quando ele ainda era um aprendiz na arte de incrustrar pedras em ouro e prata. Pela mais que evidente influência bizantina em suas peças, Mademoiselle passou a chamá-lo de ‘ourives bárbaro’. “Chanel foi abandonando a beleza clássica da jóia e, na metade do século 20, preferia quase que exclusivamente peças primitivas”, diz Patrick Mauriès, jornalista que escreveu uma dúzia de livros sobre moda, entre eles, Jóias de Chanel. “A partir de então, duas características vão marcar a estética Chanel nas jóias: as dimensões, num certo sentido excessivas e com um peso indiscreto; e a irregularidade, uma rusticidade sofisticada na execução.”

E é isso – mais o fato de que ele cruzou a linha entre jóia e bijoux, orientado por Coco – que faz Goossens brilhar no universo da joalheria até hoje. Depois de Chanel, vieram as colaborações com Grès, Rochas, Cristóbal Balenciaga, Dior e Yves Saint Laurent. Para YSL e para Andrew Gn, por exemplo, a maison Goossens – comprada pela Chanel em 2005 – criou as bijoux mais cobiçadas do verão 2008 no hemisfério norte. Pelo menos, para o meu gosto. São anéis e braceletes martelados grosseiramente, com pedras de tamanhos diferentes, sem lapidação – e não é á toa que são chamados de ‘artsy’ no discurso publicitário da grife.


YSL Artsy Ring: jóia de princesa de Constantinopla por menos de 200 dólares.


Andrew Gn, anel, 250 dólares.

Não só de barbaridades bizantinas vive o design Goossens, que mantém uma linha própria desenhada por Martine, filha do fundador. Há filigranas, delicadezas, torções e pedras menores, mais graciosas, mais renascentistas. O que permanece é o espírito de fantasia, livre, a fuga das austeras bases de platina.

Pena que ninguém teve a idéia de trazer Goossens para o Brasil. Mas dá para comprar no Vivre e na boutique da Avenue Georges V, 42, tel 01 4723 9926, Paris, boutique.goossens@orange.fr . Na falta, eu mandei fazer um bracelete de prata com pedras coloridas que eu comprei no Maine.