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quarta-feira, 21 de abril de 2010

DESOBEDIÊNCIA MODAL colar com estampa

Duro Olowu, verão 2010

Ultimamene tem sido difícil encontrar jeitos de desobeceder as regras da moda.

Não tive chance de parar para pensar o porque, mas fato é que editei muitos poucos looks de pura desobediência às convenções modais (obrigada, sempre, Thoreau).

Enfim, aqui está uma das poucas pinçadas no verão europeu. É dito que uma pessoa normal é "convidada", gentilmente, a escolher um ponto de atração o look: uma peça de joia, uma estampa, uma cor, blá, blá, blá.

Fato é que uma pessoa feliz de alma, na dose certa, vai saber equilibrar os exageros. Porque é humano saber exagerar com sabedoria (com licença pela repetição).

ps. Duro Olowu esá entre meus top favoritos entre os novos. Há uma delicadeza gigatesca no seu jeito de misturar estampas, a ponto de parecer que é o contraponto entre o p&b. Observem e inspirem-se! Há poucos no mercado que dominam a técnica (God save Lacroix!).

quarta-feira, 3 de março de 2010

DESOBEDIÊNCIA MODAL Por que eu não acredito em democracia?

Democracia, da última vez que chequei, significa caminhar na mesma direção das vontades da maioria - goste você ou não da soberania popular.

Taí algo em que eu não acredito. Odeio a ditadura da maioria - tão século 20.

Isso não significa que eu seja partidária do outro lado da moeda e acredite na tirania - quando a vontade de um se impõe a de todos. Tão século 19.

Dou boas-vindas pura e simplesmente para o direito de escolha individual. Todos nós temos direito de seguir na direção em que nos for mais conveniente.

Rebelde? Talvez anárquica. Todo anarquista que, para viver em sociedade, é preciso conhecer muito as regras do jogo. E ser muito responsável. O que, na moda, significa seguir sua própria vontade, estar aberta às ideias capazes de elevar o nosso estilo a outro patamar e desobedecer toda a moda que vira regra. Não para matar o mundo do coração. Sim para ampliar o vocabulário de moda de cada um.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alexander, o grande

Todos ficamos chocados _ há poucas coisas tão perturbadoras para o ser humano quanto o suicídio.

Mas Alexander McQueen _ um dos raros e talvez o último dos românticos na moda _ parece ter escolhido um ponto final eloquente para sua trajetória e visão de mundo. Uma espécie de Werther do século 21. Há um senso de fatalidade em ser romântico porque os românticos não procuram refúgio do presente. Há um senso de fatalidade na moda de McQueen. Há fatalidade na sua morte.

Como todo herói romântico, McQueen tinha um desconforto com o hoje. A vida não é fácil, o mundo não é bonito, o pacote não é para polianas.

Um jeito de (não) lidar com a realidade é responder à moda Dior, New Look - escapar para um planeta particular onde tudo é belo e não há dramas, se refugiar num lugar fictício e feliz onde só existe beleza e beleza doce, gentil e feminina.

É uma das funções da moda, aliás, já bem notada por Charles Baudelaire, um dos primeiros a creditar função cultural às roupas e não perdoar nostalgia em ninguém. Roupas não só têm de falar do hoje, mas "a moda deve ser considerada, pois, como um sintoma do gosto pelo ideal que flutua no cérebro humano acima de tudo o que a vida natural nele acumula de grosseiro, terrestre e imundo, como uma deformação sublime da natureza, ou melhor, como tentativa permanente e sucessiva de correção da natureza."

Escapar, na moda (e na vida?), não é necessariamente pior nem mais covarde. É humano acreditar que no passado ou numa terra distante tudo é melhor.

McQueen experimentou esses escapes (Japão - quimono, Brasil - cores, Rússia - czares, anos 50 - loiras gélidas de Hitchcock). O verão 2007, por exemplo, é um revival da Inglaterra edwardiana. Mas, quando se coloca McQueen entre os grandes de hoje (MJ, Galliano), foram poucas as viagens no tempo, a cara fin de siècle do fim do século 20, começo do 21.

Em grande parte das coleções, McQueen não teve medo do feio, do grotesco, do perturbador. Seus desfiles-espetáculo deixavam isso claro, dos temas sombrios (bruxas de Salém, estupro, carrosel macabro, hospícios, a dança interminável do desfile inspirado no filme They Shoot Horses, Don't They?, de Sydney Pollack, sobre a era da depressão na América Roosevelt) aos jogos de cena que transformaram sua passarela num dos programas mais concorridos para a plateia da moda.

A resposta _ muitas vezes descrita como "agressiva", "punk", "iconoclasta", "anticonformista" _ vinha em forma de couro-fetiche, a alfaiataria aprendida em Savile Row (que produziu os melhores tailleurs desde a era de ouro da dupla), a influência dos uniformes militares, o preto. Era a beleza extraída direto do drama e do pessimismo ou, como diz Baudelaire, o seu jeito de corrigir as deformações da natureza.

Como todo bom romântico, McQueen tinha também esperança _ e os vestidos de chiffon, a silhueta ampulheta, a renda, o maxibalonê, o bordado, as estampas, os pássaros, as plumas atestam um otimismo. Não a esperança dos tolos, mas aquela que espera, no fundo, ser desiludida no fim. Era o seu lado mais complexo e mais poético, capaz de produzir cenas memoráveis, como a projeção holográfica de Kate Moss no fim do inverno 2006 (a mesma dos tartãs, uma referência a suas origens escocesas).

Todos esse elementos apareceram nas coleções de McQueen nos seus 15 anos de carreira, desde a formatura no Central St. Martins, 100% comprada pela editora Isabella Blow (sua musa para o verão 2008).

Fiel a seu vocabulário, sem compactuar com nada, McQueen deu uma aula sobre o que é ser um estilista. As características da sua moda (o preto, os vestido, etc, etc...) (a)pareceram sempre novos a cada coleção. Às vezes mais, às vezes menos, McQueen soube usá-lo a cada temporada para reescrever histórias diferentes. Nos últimos cinco anos, de forma infinitamente mais sofisticada do que no começo dos anos 2000.

A beleza é que McQueen, de fato, não se conformou. Não comprometeu sua visão de mundo e sua maneira de representá-la em forma de roupa em nome das tendências ou do mercado (não custa lembrar que, em 15 anos de carreira, só no último ano e meio a marca saiu do vermelho para o azul). Como um genuíno romântico, há uma melancolia quase cínica _ que nada mais é do que um wake up call _ nas suas coleções. O inverno 2009, uma espécie de Dior cruza Chanel, McQueen traduz em roupas impecáveis e altamente desejáveis para qualquer closet em sintonia com o hoje o desencanto com uma moda que só faz insistir na reprodução dos best sellers do século 20. Qual o novo caminho?

Na última coleção, o verão 2010, apresentado em 6 de outubro de 2009, em Paris, McQueen volta ao assunto da ação deletéria do homem e da industrialização sobre a natureza, explorado no verão anterior. Desta vez, McQueen mostra que voltaremos do cataclisma como habitantes de uma espécie de Atlântida, meio humanos, meio répteis. As formas eram arredondadas como as de peixe, os minivestidos foram estampados digitalmente e o plano era o de exibir o desfile pela internet ao vivo _ abortado por excesso de audiência causado pelo twitter de Lady Gaga, que convidou os mais de 1 milhão de seguidores a assistir a première do seu single na passarela. Era a tecnologia a serviço da moda _ e do homem _ jamais, como bom romântico, o contrário. A última coleção de um estilista inconformado e ao mesmo comprometido com o presente.

Por fim, uma das explicações sobre a motivação para o inverno 2008. Romantismo puro:

"Tenho um olmo de 600 anos no meu jardim e então inventei a história de uma menina que vive dentro dele e sai da escuridão para encontrar um príncipe e virar uma rainha", disse.

No twitter, no domingo 7, McQueen resumiu em 140 caracteres que precisava se recompor (sunday evening been a f****** awful week but my friends have been great but now i have to some how pull myself together...).

Românticos não pretendem conseguir.

(eu gostaria muito de saber que cara tem o inverno 2010, que seria desfilado em duas semanas. e acho justo que a marca pare de existir)

O que fica é o pedido para que a moda e o mundo se conectem com o presente e sejam mais humanos. Meus favoritos:


Alexander McQueen na última aparição na passarela, verão 2010



Resort 2010: vestido de renda com silhueta ampulheta é uma especialidade da casa



Resort 2010: nas pré-coleções, McQueen atinge o ponto perfeito entre seu desejo de moda e a exigência comercial. O cotidiano, com McQueen, nunca é banal



Inverno 2009: a desilusão com a moda atual, que se esconde nos best sellers de outros tempos em busca de sucesso de vendas, mas precisa se libertar em busca de outros caminhos



Verão 2009: coleção animal, com um McQueen otimista-cínico em grand finale



Inverno 2008: uma viagem étnica e czarista



Verão 2008: quimono ombré na homenagem à Isabella Blow



Verão 2007: superbalonê e transparência velada da coleção edwardiana



Inverno 2006: projeção holográfica de Kate Moss é um dos marcos da tecnologia digital a favor do desfile-espetáculo



Verão 2006: camiseta-panfleto em apoio à amiga Kate Moss, capa de revistas sensacionalistas cheirando cocaína



Inverno 2005: musas de Hitchcock



Inverno 2004: alfaiataria inconformada com as regras



Verão 2004: dance até cair, uma das apresentações mais melancólicas e poéticas, inspirada no filme de Pollack



Inverno 2003: viagem nômade a um espaço desolador



Verão 2003: as araras brasileiras



Inverno 2003: alfaiataria e renda, os dois lados da personalidade de McQueen



Verão 2001: pássaros, um tema recorrente para quem conhece e quer escapar da loucura do cotidiano

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL lenço com vestido de festinha

Erdem, preverão 2010

(Enquanto todo mundo morre por Christopher Kane, Gareth Pugh e Jonathan Saunders, eu tenho olhado mais para Erdem, esse mocinho com um olhar muito do fino para estampas, coisa difícil. Elas são lindas, não cansam o olhar e nem pareem déjà vu.)

Disse quem que vestidos de festa pedem joias/bijoux como par perfeito?

Tem que se amar a ideia de usar o lenço como acessório embelezador - e não apenas como acessório-função (proteger) ou acessório-comportamento (ficar com cara de europeu chic).

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL sapatilha de festa

Valentino, haute couture, inverno 2009

Não precisa ter salto para ser festa. Precisa ter sonho de Cinderela.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL brincão + colarzão


Marni, verão 2009

(essas foram AS bijoux da temporada.)

Diz que não pode usar brincos enormes junto com colar idem.

Mas sempre aparece alguém para desdizer o (mal)dito. Ufff!

O que eu gosto dessa versão Marni é que é uma reedição dos conjuntinhos de sempre da joalheria, mas em versão resina. É o que deixa o combinadinho moderno.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL suéter e saia longa

Jenni Kayne, verão 09

É um pouco belle époque versão 100 anos depois: a silhueta segue sílfide, a cintura marcada – mas as peças, quanta diferença!

O suéter masculino deixa tudo 'menos' (no bom sentido).

sábado, 18 de abril de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL maxiluvas no lugar de mangas compridas no Brasil

Giovanna Battaglia, editora da L'Uomo Vogue



YSL, pré-inverno 2009



Huis Clos, inverno 2009



Pollini, inverno 2009



Loewe, inverno 2009



Giambattista Valli, inverno 2009



Alberta Ferretti, pré-inverno 2009

Entendo completamente porque não se usa luvas acima do trópico de Capricórnio. Mas quem circula abaixo da linha imaginária sente um frio no inverno que não tem nada de fantasia.

Mesmo assim, é difícil ver gente de luvas – como se as mãos precisassem sofrer no inverno.

Então, aqui vai o que eu penso. Reveja sua cultura sobre luvas no país. Principalmente as longas. Não vejo nada mais coerente com a temperatura transiente até o inverno-inverno se instalar no dia-a-dia.

Até lá, no lugar de andar encapuzada, você escolhe mangas curtas – até tomara-que-caia – e protege braços com maxiluvas de lã (Huis Clos) ou couro (Loewe) ou camurça. Para proteger os ombros, pashmina ou bolero (Alberta Ferretti).

Quando você entra no ambiente quentinho, é só tirar as luvas (sexy and glam!) e a cobertura dos ombros. E pronto – não vai passar calor com blusa de lã de gola rulê quando não é hora para isso.

sexta-feira, 13 de março de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL flores e poás

House of Holland, verão 2009

Os poás não precisam ser tão máxi, mas, caretinhas por definição, eles saem do sério com um paletó floral.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL noiva de míni

Modernist, verão 2009

Se você tem pernas ótimas e acredita que pecado original é não respeitar seu estilo no dia do casamento, um vestido leve, lindo e modernista é a salvação.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL camisa de fora

Peter Jensen, verão 2009

Colocar as manguinhas de fora é coisa que o povo reprova, mas não tem coisa mais linda do que a manga da camisa ser mais longa do que a do paletó. E quem tem pernas para exibir e valorizar pode adaptar o truquezinho de estilo para a relação entre barra da camisa e comprimento da saia.

Põe as barrinhas de fora, põe!

sábado, 31 de janeiro de 2009

DESOBEDIÊNCIA MODAL verde+amarelo


Andrew Gn, verão 2009

O SPFW veio assim, animadinho com tudo o que é nacional, mas o que eu quero ver mesmo é a gente vestir o verde-amarelo. É lindo de morrer, mas eu passei uma vida ouvindo que não tem combinação mais cafona. Que comentariozinho mais século 20!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL sapato claro + meia escura


Badgley Mischka, fall 2008

Aqui, o contraste é discreto porque a meia é fina e levemente metalizada. Mas a idéia vale para opacas (não necessariamente pretas) e para o dia também. E, se der medinho de cortar a silhueta e ficar devendo um metro de altura até a próxima encarnação, basta usar uma roupa da cor da meia-calça. Hummmm!

domingo, 10 de agosto de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL coberturas dia para vestidos noite





3.1 Phillip Lim, fall 2008




Badgley Mischka, fall 2008





Blumarine, fall 2008

Por que você vai continuar usando um básico xale de pashmina se pode desconcertar e dar frescor a um vestido de festa - curto ou longo - com (na seqüência das fotos) spencer de couro, maxitricô, colete de couro e boho, casaco longo de cashmere e doudoune?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL bracelete punk


Burberry, fall 2008

Você pode até alimentar o visual ladies-who-lunch*, mas pode desconcertar tanta classe com um acessório de peso como esse bracelete porco-espinho, idéia esperta de Christopher Bailey para dizer que "hay que enternecer, sin perder la dureza jamás."

*ladies-who-lunch é uma expressão que fala de um grupo de mulheres "bem" (com dinheiro, sobrenome e maridos ricos) e bem-vestidas, que se encontra socialmente para almoços em Manhattan, no meio da semana, seja em restaurantes finos ou nas lojas de departamento idem. A expressão foi popularizada por um verso de uma das canções do musical da Broadway, Company (1971), de Stephen Sondheim. Mais em Stephen Sondheim: A life, de Meryle Secrest.

domingo, 20 de julho de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL festa-baile

Desafie as regras do jogo brilho + tecido fluido com uma nova opção para as noites de gala: volume + detalhe + tecido encorpado.


Carolina Herrera, pre-fall 2008

Eu adoro essa reedição meio vintage daquela desobediência modal de Sharon Stone com a camisa Gap no Oscar. Sai o minimalismo, entra a Belle Époque. Olha que amor a rendinha na camisa, uma camisa que vai depois na vida real com jeans e o que quer que dê vontade.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL volume



Louis Vuitton, pre-fall 2008

Um zilhão de vezes você deve ter ouvido "peça-larga-embaixo-
exige-peça-justa-em-cima" - e vice-versa. Por que, eis a questão? A idéia da proibição é que você revele um pouco de forma, para provar que está em forma, no lugar de se esconder completamente por debaixo do volume. E também para não criar a idéia de que você está fora de forma - o que não implica necessariamente numa verdade (visualize os vestidos de Maria Antonieta no filme de Sofia Coppola. É óbvio que as mulheres não tinham quadris descomunais. Elas ocupavam o lugar de três, quatro pessoas por efeito das armações Farthingale. Alguns historiadores da moda interpretam isso como o bom status que as mulheres ocupavam no rococó século 18, efeito do Iluminismo).

Não há nada como desafiar mais essa regra da moda porque um pouco de senso de privacidade faz muito, muito bem em algum momento da vida. É bom não ter que revelar nada, não ter que mostrar forma alguma, e se vestir assim como Marc Jacobs sugere: as peças têm ótimas formas (entenda-se desenho).

E isso basta.

terça-feira, 1 de julho de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL pink+laranja


Dior, inverno 2008


Jil Sander, verão 2008

Color block - o bloco de cor - é tendência máxima do verão que vai vazando para o inverno. A idéia é simples: a força da roupa está na combinação de cores sólidas, fortes, vivas. Mas é difícil aplicar à vida real. Só os bem nascidos com o 'DNA mix de tons' é que se safam numa mistura fina. E isso vale para os estilistas - não é raro encontrar um que tenha aptidão para alfaitaria, por exemplo, mas seja um fiasco como colorista. Tem que treinar com a caixa de lápis de cor na infância. E às vezes isso é um problema também: todo mundo aprende de guria que vermelho e pink não andam na mesma produção. O que dizer, então, do laranja e do pink, top combinação de cores na minha cartela (mais do que verde+roxo, Klein+amarelo, vermelho+onça)... Ela apareceu no verão da Jil Sander com roupas de corte sequinho. É um jeito de usar: modelagem zero X cor mil. Mas eu gosto mesmo do barroco sessentinha da Dior (modelagem + enfeite + cor, tudo mil). E o mais bacana é que a proposta é para o próximo inverno - sem dúvida deixa tudo mais quente. E não precisa ser só para uma cocktail party, não. Um spencer de lã laranja + uma saiota de veludo pink + meia-calça fio 80 preta + oxfords de verniz e salto pretos e você desafia as regras do bom tom no melhor jogo de tons. (em tempo, não preciso reforçar que tecidos têm de ser dos bons, sim?)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL trancinha-tiara-70s


Carolina Glidden-Gannon: trancinhas 70s sempre - e antes de Karl Lagerfeld!


Chanel, resort 2009: à venda a partir de novembro. Combine as trancinhas-tiara com calça pata-de-elefante.

Carolina Glidden-Gannon coloca trancinha-tiara no cabelo quando usa silhueta 70s, calça Trash & Vaudeville e uma regata longa D´Arouche, a marca que toca com o amigo de infância, David Pollack, desde que voltou de 12 anos de NYC. "Olha só, eu mandei fazer em um amigo meu cabelereiro...A idéia, não sei da onde veio....Hippie Chic...Groupies...I don't know...", me digitou ela, que adora bater um red-sole Louboutin nas calçadas da Big Apple, onde morou e foi assistente de Patricia Field, figurinista de SATC. Karl Lagerfeld, numa coleção resort 2009 altamente 70, desfilada em Miami, fez igual. É de se esperar que o que era hippie agora vire aceitável nos grandes salões.