segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A SEMANA COM Antonia Bernardes - dia 03

Sempre imaginei quando a arquitetura de Sergio Bernardes (1919-2002) e do filho, Claudio (1949-2001), - feita de simplicidade, amor à luz e à natureza e ao à vonts carioca, daqueles da casa giga em Angra para andar de chinelo de dedo, sabe? - chegaria à moda.

Chegou quando Antonia, filha de Claudio, resolveu abandonar o jornalismo e aplicar a filosofia Bernardes à roupa.

No ano passado, Antonia Bernardes abriu a primeira loja, na Dias Ferreira, Leblon. Mas já vem domando linho, algodão e formas há uns bons três anos, não, Antonia?

É tão bom olhar para a cara de paz da Antonia usando mescla, branco e volume de um jeito bem nonchalant. Coisa fina - tudo no mínimo, mas ser ser o mínimo modernista, mais frio. Tem jeans, tem malha, tem camiseta podrinha, tem cor - daquelas peças de roupa que pedem uma joia de peso, prata ou ouro, com linhas, ué?, arquitetônicas e cabelos felizes ao vento.

Bem carioca, mas bem urbano. No hippies involved!


Antonia Bernardes, estilista
Rio de Janeiro, quarta, 16, pela manhã.
"Ontem trabalhei até às 22h etiquetando as ultimas peças que chegaram e hoje estava na loja às 8h30 para organizar tudo e deixar a loja linda!! 11h30 fui pra casa tomar um banho e mudar de roupa para o lançamento do verão."

Usa: Calça, camiseta e casaco? Antonia Bernardes. Sapatilha? Repetto.


Rio de Janeiro, quarta, 16, à tarde.

Usa: Tudo Antonia Bernardes!

Qual a melhor ideia dos looks? Glamour ZERO!! De manhã usei a primeira coisa que vi na frente e à tarde esse saião colorido para dar boas-vindas à primavera e trazer boas energias para essa coleção!!!

MODERNA NO ATO longo estampado

Numa daquelas frases clichês, preto foi o novo preto não só na vida real (trabalho), mas na vida fantasia (festa).

É fácil, prático, blábláblá e de longa duração. Mas vestidos longos e estampados, contrariando a sisudez do black total, floresceram em plena temporada de frio.

É raro ver uma flor de inverno - ainda mais à noite.

Uma dessas regras quaisquer manda que não se use estampados à noite - quando tudo é uma questão de que buquê escolher. Há estampados que de fato inspiram garden parties, leves e meio bobocas (no bom sentido). Há estampados que são puro drama - e estes valem para festas noturnas. Inclusive as de inverno.

Oficialmente, estamos na primavera. Não há desculpa para não dsabrochar já!

As ideias vão do perfume hippista à classe pura. O melhor é que a estampa é a peça principal E o acessório. Não é preciso firular com muitas joias (melhor o oposto na verdade) e, para quem tem espírito barroco, meias rendadas (Lacroix) numa mistura com alto grau de 'interessância' visual entre desenho e textura.


Matthew Williamson, pré-inverno 2009

Matthew Williamson, pré-inverno 2009




Matthew Williamson, pré-inverno 2009



Christian Lacroix, pré-inverno 2009



Alexander McQueen, pré-inverno 2009




Ossie Clark, inverno 2009



Ossie Clark, inverno 2009



Etro, inverno 2009



Erdem, inverno 2009



Emilio Pucci, inverno 2009



Tibi, inverno 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

A SEMANA COM Antonia Bernardes - dia 02

Sempre imaginei quando a arquitetura de Sergio Bernardes (1919-2002) e do filho, Claudio (1949-2001), - feita de simplicidade, amor à luz e à natureza e ao à vonts carioca, daqueles da casa giga em Angra para andar de chinelo de dedo, sabe? - chegaria à moda.

Chegou quando Antonia, filha de Claudio, resolveu abandonar o jornalismo e aplicar a filosofia Bernardes à roupa.

No ano passado, Antonia Bernardes abriu a primeira loja, na Dias Ferreira, Leblon. Mas já vem domando linho, algodão e formas há uns bons três anos, não, Antonia?

É tão bom olhar para a cara de paz da Antonia usando mescla, branco e volume de um jeito bem nonchalant. Coisa fina - tudo no mínimo, mas ser ser o mínimo modernista, mais frio. Tem jeans, tem malha, tem camiseta podrinha, tem cor - daquelas peças de roupa que pedem uma joia de peso, prata ou ouro, com linhas, ué?, arquitetônicas e cabelos felizes ao vento.

Bem carioca, mas bem urbano. No hippies involved!


Antonia Bernardes, estilista
Rio de Janeiro, 15, terça


Usa: Blazer? De moletom, Antonia Bernardes. Camiseta? De malha, Alexander Wang. Calça jeans? Seven. Sapatilhas? De camurça, Antonia Bernardes.

Qual a melhor ideia do look? Amo camisetas, jeans e sapatilhas!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A SEMANA COM Antonia Bernardes - dia 01

Sempre imaginei quando a arquitetura de Sergio Bernardes (1919-2002) e do filho, Claudio (1949-2001), - feita de simplicidade, amor à luz e à natureza e ao à vonts carioca, daqueles da casa giga em Angra para andar de chinelo de dedo, sabe? - chegaria à moda.

Chegou quando Antonia, filha de Claudio, resolveu abandonar o jornalismo e aplicar a filosofia Bernardes à roupa.

No ano passado, Antonia Bernardes abriu a primeira loja, na Dias Ferreira, Leblon. Mas já vem domando linho, algodão e formas há uns bons três anos, não, Antonia?

É tão bom olhar para a cara de paz da Antonia usando mescla, branco e volume de um jeito bem nonchalant. Coisa fina - tudo no mínimo, mas ser ser o mínimo modernista, mais frio. Tem jeans, tem malha, tem camiseta podrinha, tem cor - daquelas peças de roupa que pedem uma joia de peso, prata ou ouro, com linhas, ué?, arquitetônicas e cabelos felizes ao vento.

Bem carioca, mas bem urbano. No hippies involved!



Antonia Bernardes, estilista
Dia 14, segunda
Rio de Janeiro

Usa: Sapatos? Raouda Assaf. Legging/Perneira? Antonia Bernardes. Vestido trapézio? De malha de lã, Antonia Bernardes. Bolsão? De couro, Grã. Óculos? Ralph Lauren.

Qual a melhor ideia do look? Hoje está um tempo horrível no Rio, tudo cinza e chuvoso. Esses dias são bons para ficar em casa vendo um bom filme e comendo pão de queijo com a família, mas como é segunda-feira, não deu... Trabalhei em casa de manhã mandando os convites do lançamento da coleção e só depois do almoço vim para o ateliê. Botei uma roupa superconfortável porque vou começar a arrumar a loja hoje, então é tudo de malha, a legging é como se fosse uma segunda pele e o vestido é bem amplo e ao mesmo tempo quentinho. É uma roupa que eu me sinto bem e é ótima para um dia de ralação.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

INSTANT GLAM colar como fecho

Balenciaga, pré-inverno 2009

Não é a melhor visualização do planeta (daqui a pouco vão compreender a importância das pré-col e vão começar a dar foto de detalhes, tenho certeza), mas Nicolas Ghesquière propôs um truquezinho fácil de fazer em casa e simpático e eficiente: um colar sobre a gola da camisa (aqui também sobre o casaco), fazendo as vezes de fecho.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

TEST DRIVE moletom como alfaiataria

Helmut Lang, pré-verão 2010







Lang, pré-verão 2010



Lauren Santo Domingo, por Jak & Jil



Agnete Hegelung


Desde que a comfort fashion explodiu, nunca fui tão contente. Tudo nesta ideia luxo-preguiça me apetece: o mescla, as formas amplas e o delicioso e apimentado desafio a convenções burguesas.

Então, eu comprei uma calça sarouel de moletom (fino) da Le Lis Blanc.

(Num fim de semana de trabalho, encontrei Juju com o mesmo modelo - ela disse que foi a Le Lis depois de ler o post sobre a camiseta perfeita aqui - um passeio semifeliz porque nem tudo coube na altura estratosférica dela, um ponto que ela também deixou claro aqui.)


Também comprei um macacão de moletom mescla - já que o do Alexander Wang esgotou sem deixar rastro.

E um macacão cinza antracito de malha mais fina do João Pimenta, parecido que só com o modelo usado por Agnete Hegelung na foto acima, que eu achei semanas depois já não me lembro em que site.

Feliz e desencanada, eu tenho usado o moletom comme il faut. Inclusive em reuniões - já que a natureza do meu trabalho permite. Para quem não trabalha na indústria do entretenimento criativo, recomendo reservar para sair à noite com as amigas (sem intenção de paquerar, porque homens tendem a detestar. Sim, nem sempre a gente se veste para eles, mas um jeito de continuar sexy - e fashion - é usar sandálias altas de tiras finas no lugar as meia-patas ou ankle boots) ou para bater pernas na cidade.

O importante é não desencanar. Tem que subir no salto. A ideia é que o moletom apareça como uma escolha pensada, proposital, para garantir seu conforto ao longo do dia e da noite. Jamais deve parecer uma contingência da sua vida infeliz de chinelos e camisetas velhas oversized, comprend?

Além do salto, é legal usar bijoux e batom – ainda que os cabelos venham desgrenhados depois de uma boa noite de sono – e tecidos nobres feito seda. Tudo isso concerta o desconcerto causado pela ideia de descaso do moletom. Ufa!

Não é tão simples assim. O planeta não está ligado no movimento Wang-Lang (de Helmut) e não vai conceber tão fácil a ideia de você usar moletom em praça pública. É inevitável alguém achar que você está muitas champanhotas acima da dose permitida legalmente. Em Curitiba, minha terrinha, onde estive há pouco, detectei a expressão "onde é que ela está com a cabeça?" no rosto de muita gente.

Mas é fato: o moletom, cortado em pseudo-paletó e pseudo-calça de alfaiataria, é o novo terno. Trate-o como se fosse seu jeans fashion statement ou uma peça de couro. Respeite desrespeitando.

Com o tempo, os olhos alheios se acostumam. Mas você vai estar tão confortável que nem vai reparar no desconforto dos outros.