quinta-feira, 31 de julho de 2008

A SEMANA COM Ivana Fraga - dia 2

Nessa semana, Ivana Fraga, musa de Ronaldo Fraga, mostra o que veste e como decide o que vestir para circular em Belo Horizonte.



BH, domingo
Ivana Fraga, gerente de produto

"Noite entre amigos", resume Ivana.

Usa: vestido Ronaldo Fraga, flor Lili Drosophyla, batom Ruby Woo MAC, brincos de pérola.

Qual a melhor idéia da produção? O vestido com recortes gráficos dialoga bem com acessórios. Neste caso, brinquei com acessórios de cabelo, que eu adoro, usando flores vermelhas artificiais.

NA DÚVIDA meia-calça fina




Bill Blass, fall 2008





Behnaz Sarafpour, fall 2008




Badgley Mischka, fall 2008


quarta-feira, 30 de julho de 2008

AQUI TEM vestido xadrez


D&G, fall 2008

Se você está de olho nesse vestido xadrez - bem campo inglês - sugiro que aproveite os últimos dias de sale da Daslu - 50% off. Ontem, vi um modelo de chiffon nesse colorido, totalmente viável, com etiqueta Daslu. Recomendo até a vendedora: Nil Bergamasco, da Daslu Cidade Jardim. Tel 3552 3000.

terça-feira, 29 de julho de 2008

A SEMANA COM Ivana Fraga - dia 1


Nessa semana, Ivana Fraga, musa de Ronaldo Fraga (olha só o reflexo dele no espelho veneziano!!!), mostra o que veste e como decide o que vestir para circular em Belo Horizonte.

BH, sábado
Ivana Fraga, gerente de produto

"Estou saindo para uma festa de casamento", diz.

Usa: Vestido feito com sobreposição de musselines de seda plissada, meia-calça comprada em Londres, bolsa vintage e sapatos Ronaldo Fraga.

Qual a melhor idéia da produção? O vestido, sem acabamento, que dá muitas possibilidades. Eu escolhi fazer um ar retrô, anos 1930, com esse cabelo e esses sapatos. Mas se eu quisesse uma atitude mais forte, mais agressiva, poderia colocar botas.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

FIQUE DE OLHO Stereo

Quem é: marca criada há uma coleção por Lila Colzani, original de Brusque, Santa Catarina, e agora em São Paulo com o marido, modelo, e o filho mais novo, Pedro, de 1 ano.

No currículo: Lila criou a Colcci em 1986 e ficou na direção criativa por duas décadas - digamos que ela entenda um ou duas coisas sobre street&jeanswear. Por seis meses, comandou a reciclagem dos básicos da Hering, dando modelagem nova inclusive para a World T-shirt. Com muitas faixas da banda britânica Stereophonics no IPod, Lila acabou encontrando um nome para uma vontade antiguinha: fazer algo street&jeanswear mas mais autoral. "São peças que em que eu acredito, que uso ou gostaria de usar", me explicou ela sobre a marca da qual é 100% dona, a Stereo - igualzinho a seu começo com a Colcci.

O look: Feminino, anos 1980, brechó, cheio de vestidos curtinhos, estampas exclusivas. Botinhas franjadas e rasteiras fincadas nas ruas de Londres - Kate Moss desenharia para a TopShop. Na foto-negativo, look do verão, com blusa de seda mista e saia de algodão.

Nas araras: No inverno, ainda à venda na Zil (Oscar Freire, 518), muito xadrez vermelho+preto, clássico da rua londrina, minivestido de lurex, cintos de tecido com fivela de metal em forma de elefante. Lila só faz jeans skinny, no verão, com três modelagens: bem tradicional, com gancho mais alto e com bolsos maiores e costurados mais para baixo - "que dá cara mais moderna", ela explica. Tem muito colete, inclusive vestidos e camisetas-colete. Boa marca para acessórios - o verão tem colares de tecido, que dão toque étnico ao rock-punk londrino, e regatas com modelagens espertinhas - uma obsessão da estilista. Preço médio: 150 reais.

Onde: www.stereofwd.com

domingo, 27 de julho de 2008

É NOVO! bijoux hi com roupa lo



Você olha esse bracelete de cristal e pérolas e pensa rápido em que festa-baile vai levantar o pulso enfeitado para o ar e acenar para sua amiga do outro lado do salão...




... quando descobre que não é em festa-baile que Nicolas Ghesquière pensava quando parceirou esse bracelete à jóia antiga - um em cada braço, aliás - com saia-lápis de tecida opaco e blusa tecno-torcida e maxisaltos. É uma nova roupa de noite - mais para noites de teatro e jantar. Sem perder o brilho jamais.

Balenciaga, fall 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Karl Lagerfeld convida



Adoro ilustração de moda. Adoro esse convite do Lagerfeld, que as meninas da Chanel me mandaram, para a coleção resort 2008 apresentada em Miami.

AQUI TEM colares de estrela e de penas

Gigantes, atrevidos, totalmente fora do padrão-pérola, colares vêm abrindo espaço na moda desde o inverno 2007 e agora são O acessório da temporada. Eu encontrei esses:


YSL, summer 2008



De acrílio e corrente de metal, Bella Golzer, R$ 78 (cada)



Louis Vuitton, fall 2007



De penas, alumínio pintado e cristal, Bella Golzer, R$ 112.

Bella Golzer. Rua Oscar Freire, 583, loja 11, tel. 3062 8807

ROUPAS DO OFÍCIO suprimentos básicos

(para vica, again!)

A gente já deu uma geral no que NÃO fazer no quesito roupas. Agora, vamos ao que toda garota chic&esperta deve ter no armário.

É uma lista genérica - equivale a listar suprimentos básicos como caneta, lápis, papel, computador. É claro que você pode ter uma BIC ou uma Montblanc - e por aí afora, dependendo do seu bolso, do seu gosto e tal.

Para o guarda-roupa, idem. Você vai adaptar os itens de acordo com seu corpo, bolso, tom de pele. Mas a lista genérica é justamente genérica porque vale para todo mundo.

1. CALÇAS: ainda não superamos a idéia de que mulheres, para serem levadas a sério no ambiente de trabalho, precisam se vestir de homens. Então, calça é mesmo a peça número 1 desse guarda-roupa business woman. O bom de 2008 é que os estilistas, depois de muitas temporadas da 'ditadura' do vestido (só existiu uma ditadura boa na vida e foi essa dos últimos tempos em que os vestidos se impuseram no nosso closet), estão trabalhando muito para transformarem a calça numa peça possível de nos seduzir justamente para longe dos vestidos. Tem zilhões de modelagens, tecidos, proporções. Nem todas são bem-vindas no trabalho (volte aqui nas regras gerais para eliminar concorrentes fora do padrão aceitável). De alfaiataria, de cintura alta, pantalona. A forma é uma questão de gosto e de corpo. Tecido (bom), padronagem (séria), cor (discreta - pode até ser rosa framboesa, bem fechado, mas não dá para ser rosa-chilete).

2. PALETÓS: se tem calça, tem que ter paletó, certo? A modelagem depende da silhueta, mas aqui é bem fácil usar um paletó para deixar você moderna no ato! Basta escolher a modelagem do momento - desde que ela fique bem no seu corpo. De resto, quanto mais clássico, melhor (preto, branco, cinza, de risca-de-giz).

3. CAMISA BRANCA: santo curinga, batgirls! Com ela, o costume (calça + paletó) vira um trio imbatível. É preciso saber escolher - aguarde um post sobre o tema.

4. BLUSAS: as chamadas 'blouses', em inglês, são aqueles modelos secretária dos anos 1940s. Tem mangas mais fofas, gola-laço e estão entre clássicos que sempre voltam à moda. O bom é que elas funcionam off-duty também, em looks boho, ou deixando mais femininos looks rock-punk de tachas, perfecto e skinny. Obrigada, senhorita secretária!

5. SAIA-LÁPIS: elas estão tão de volta que é irritante (veja nesse report do rei Bill Cunningham, a melhor lente de Manhattan!). E cuidado: há saias-lápis e saias-lápis. Elas requerem um bom modelista para entrar no corpo pêra da brasileira. Não basta unir dois retângulos por costuras laterais e abrir uma fenda atrás. Então, tratem de experimentar muito até acharem a ideal.

6. VESTIDOS: os melhores são chemisier (com abotoamento na frente, como se fosse uma camisa), tubinho ou A. Longos exigem mais cuidado - é muito fácil pensar neles como um look boho _e hippies e escritório são coisa que não combinam, por razões sociais, desde os originais anos 1970s. Floridos também são mais complicados: liberty (microflorais românticos, campestres) ficam reservadas ao campo mesmo; flores gigantes, para um momento mais buquê da vida. É preciso escolher um floral quase que abstrato e em cores tipo 'menos'. Grafismos e xadrezes são as estampas mais pró-labore!

7. CARDIGÃ: casaquinhos inspiram o chic à la 1950s. E nos dias mais frios ficam ótimos sob os paletós.

8. SUÉTER: os de gola V são os mais democráticos. Suéteres substituem os paletós nas casual Fridays e ficam lindos combinados com as saias-lápis.

9. ESCARPINS: preto, nude, marrom. Mas não adianta vir com o modelo de dois anos atrás achando que escarpím é sinônimo de clássico. Clássicos também se atualizam (nesse caso, bico fino, bico boneca, salto grosso, fino, carretel, vírgula, blabla). Tem que olhar os desfiles para não pisar em falso.

10. BOLSA ESTRUTURADA: pode ser uma doctor´s, uma Birkin (ririri), enfim, num tamanho que não seja possível de carregar para a pista de dança. O bom é que a mensagem seja estou aqui a trabalho.

INSTANT GLAM tô bege - e cinza!



Akris, pre-fall 2008

Não que é que seja volúvel - só sou seduzida pelas boas idéias. Tem espaço para o chic-choc de cor, mas também dá para variar sobre o tema com a mistura dos neutros cinza e bege. Aliás, usar uma roupa extracolorida num dia e no outro se neutralizar é fazer um look valorizar o outro. Você fica mais interessante ao olhar alheio - nunca se sabe como você vai aparecer no terceiro dia e essa curiosidade do próximo capítulo deixa todos os antenas sobre você (gênero: ´o que será que ela vai usar hoje?'). No mínimo, inspirador.

10 REGRAS PARA COMPRAR JÓIAS com Carla Amorim

Carla Amorim, designer de jóias: a marca faz 15 anos e comemora com uma loja e-nor-me na Oscar Freire, aberta a partir do dia 5 de agosto

Uma das vantagens de ser do século 21 é que o conceito de jóia mudou muito - a gente pode usar muito mais estilos e pagar menos por isso. Em meados do século 20, gente como Hans Stern e Jules Sauer subverteram as regras desse jogo ao defenderem que as pedras brasileiras não tinham nada de semi-precioso - isso era pura defesa de mercado para as ditas "preciosas" rubi, safira, esmeralda, diamante. Então, ótimo, o mundo ficou mais precioso e mais colorido com ametistas, quartzos, citrinos, peridotos e tal.

Depois, veio uma revolução no design - menos ostentação, mais criatividade.

Carla Amorim, moça toda-fofa de Brasília, faz parte dessa leva contemporânea que investe em design - suas peças são tomadas por Oscar Niemeyer, o arquiteto da cidade onde ela nasceu e mora, e pelas formas da natureza -, tornando ouro e pedras uma desculpa brilhante para dar forma a um bom desenho. As peças são leves, não no peso literal, mas no espírito. É coisa de mulher dos novos tempos, que usa jóia para dar uma dose extra de felicidade um dia depois do outro.

Agora essa revolução é levada ao extremo, com jóias surrealistas, à moda das bijoux de Elsa Schiaparelli, feitas por Delfina Delettrez Fendi, quarta geração do duplo F, e por jóias-brinquedo de Victoire de Castellane para Dior.

Enfim, mudaram os tempos, mudaram as jóias, mas certas coisas permanecem na hora de comprar a sua. Como acertar na compra? Carla Amorim empresta um pouco dos 15 anos de sabedoria para nos guiar pelo caminho da boas pedras:


1- Escolher uma marca que tenha credibilidade.

2- Escolher um designer, cujas jóias, em geral, combinem com você.

3- Se identificar com a jóia.

4- Definir se naquele momento está em busca de jóias para festas ou de jóias para o dia-a-dia.

5- No caso de escolher só uma peca, decidir qual parte do corpo deseja realçar. Se for o rosto, escolher brincos; se as mãos, anéis; e assim por diante.

6- Ver se deseja uma jóia neutra que combine com tudo ou se prefere uma que possa ser específica para alguns momentos e/ou trajes.

7- Evite comprar uma jóia sem experimentá-la.

8- Veja se a jóia combina com seus traços, tamanho, tom de pele e estilo.

9- Lembre-se que o que fica lindo em uma pessoa não necessariamente ficará lindo em você.

10- Resumindo: se a jóia te emociona e você se sente bem com ela, esta é a jóia que combina com você!

terça-feira, 22 de julho de 2008

MODA NA REAL sede do WGSN em SP

WGSN - site inglês que mapeia o comportamento do consumidor de moda e aponta as tendências - se instalou no Brasil há uns dois anos e já é o escritório-chave da América Latina. De Marc Jacobs a Arezzo, todo mundo assina os serviços desses oráculos da moda. Passei lá para aprender a vasculhar infos no site - uma quantidade intoxicante - e fotografei as meninas que me receberam.

Martina Pinho, trend research specialist

Usa: vestido? Farm. Meia-calça? Daslu, de cem anos atrás! Bolsa? Saad. Argolas? Da Liberdade, acho.

Por que escolheu esse look? Porque o vestido é esportivo, porém urbano. E ótimo para ser usado em um escritório não formal como a WGSN.

Qual a melhor idéia da produção? A meia verde musgo com o preto. Adoro cortar o monocromático.

Onde reabastece o closet? Uma mistura, mas os lugares de que mais gosto são a Daslu e a Mixed.


Melissa Contreras, sales executive para América do Sul

Usa: vestido-bata? Farm. Botas? Emporio Naka. Colar? Forever 21. Brincos de pérolas? Na Liberdade.

Por que escolheu esse look? Porque gosto de me vestir de preto. Além disso, ele é muito confortável!

Qual a melhor idéia do look? A bata. É meio étnica, meio praia, mas é elegante.

Onde reabastece o closet? Sou venezuelana e estou há um ano e sete meses em São Paulo. Ainda estou conhecendo o mercado brasileiro. Sempre comprei muito na Zara porque na Venezuela não há muitos bons designers como aqui. Compro na MOB, que é perto da minha casa, na Farm, na Cori. Viajamos muito a trabalho. Então, faço muitas compras fora. Em Buenos Aires, gosto da Rapsodia e da Paula de Cohen. Em Santiago, das lojas de departamentos Falabella e Ripley, que vendem Top Shop e Paper Denim.


Fernanda Bicudo, trend research specialist

Usa: Casaco? For Joseph, que comprei na Macy´s. Vestido? Mandarinna. Meia-calça? Trifil. Peep toe? Sarah Chofakian. Colar e brincos? Girl Props, uma lojinha incrível de Nova York. É cheia de acessórios de 1,99 dólar - quando vi, tinha gasto 70 dólares! Anel de cristal bicolor? Chis Lanza.

Por que escolheu esse look? Ao mesmo tempo que estou arrumada para trabalhar, posso muito bem sair com as amigas depois. Uma coisa que não abro mão é do conforto e este look me deixa super à vontade.

Qual a melhor idéia do look? Os acessórios, que eu adoro. Sempre pequenos.

Onde reabastece o closet? Então... vou contar um segredo. Na M2 e na M3 (pontas de estoque multimarcas na rua Cristiano Viana), Bo.Bô e na Zara - as calças jeans de lá ficam ótimas em mim.

Fashion Rio - info e preços atualizados

Fafa Cosenza, nova estilista oficial da Tessuti, conta aqui como usar o cocktail dress de organza, boa compra da coleção da Tessuti. "Na nossa viagem de pesquisa para a coleção, vimos muitos vestidos floridos na Europa. Resolvemos fazer uma versão mais abstrata dessa estampa que é um clássico do verão", explica Fafa.

A dupla Dolce&Gabbana segue na tendência no pre-fall - o que prova que a compra de um cocktail dress estampado é investimento a longo prazo.


Tessuti, verão 2008


Dolce&Gabbana, pre-fall 2008

TEST DRIVE assandalhado Paula Ferber



Assandalhado de couro vacum lixado para ficar com efeito camurça, tela de fio sintético e salto carretel esculpido com duas madeiras de cores diferentes, Paula Ferber, 414 reais (na liquidação).

Ontem levei meus assandalhados da Paula Ferber para passear nos Jardins (tinha um compromisso com um fofa&querida e acabei encontrando vários fofos&queridos no Ritz). Foi minha primeira volta com o par da coleção de inverno da Paula, que eu comprei na liquidação por 414 reais (graças a Juliana Machi, que mandou a caixa aqui para casa para eu provar sem compromisso - fino tratamento para as clientes).

Buenos, o assandalhado - que tem esse ar Dietrich-encontra-KatharieHepburn - é ex-tre-ma-men-te confortável. Agüentou bem demais a minha descida pela rua Augusta, da Livraria Cultura do Conjunto Nacional até o restô com os melhores bolinhos de arroz do planeta (sem contar o da minha tia, claro!). O segredo está no salto carretel + plataforma-meia-pata embutida, que acrescenta bem-vindos centímetros sem sacrificar a curvatura dos pés.

Confesso que o solado - de madeira (chic de doer principalmente porque foge daquele courinho bege, gritante e nada criativo usado sempre, e com personalidade sem cair no impacto do fetiche-vermelho, assinatura de Louboutin) - não se deu muito bem com as pedras portuguesas da calçada da avenida Paulista. Muito escorregadio. Culpa das pedras. Já nas novas calçadas da prefeitura, mais ásperas, ele desliza com classe. Que troquem as calçadas (e deixem, aliás, todas uniformes)! Mas eu suspeito que o fator conforto torne esses assandalhados seu par constante, o que vai fazer a sola perder a lisura toda com o uso. Caso contrário, as meninas da loja mandam colocar um anti-derrapante.

Paula não tira os seus dos pés e já usou de vários jeitos: acha lindo com calça comprida, escondendo o salto, e de boca mais larga, que dá uma silhueta alongada, e com vestido ou minissaia; e acha possível usar com calça mais curta e mais justa, combinação que ela fez agorinha numa volta em Buenos Aires (com um modelo Raia de Goeye). "É um modelo versátil e, como é abotinado, deixa qualquer coisa mais moderna", diz Paula.

Paula Ferber. Rua Chillon, 276, tel. 11 3044 0321, e Shopping Cidade Jardim, tel. 3552 7180.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

RESUMO DA SEMANA COM Marcella Virzi





(trilha sonora: Soledad, Mimi Kozlowski)

MODERNA NO ATO botas preguiçosas



Balenciaga, pre-fall 2008

Com o cano molenga (como se fosse arremangadada), a bota nova de Nicolas Ghesquière atualiza até o tailleur mais burguês de Balenciaga, o original.

domingo, 20 de julho de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL festa-baile

Desafie as regras do jogo brilho + tecido fluido com uma nova opção para as noites de gala: volume + detalhe + tecido encorpado.


Carolina Herrera, pre-fall 2008

Eu adoro essa reedição meio vintage daquela desobediência modal de Sharon Stone com a camisa Gap no Oscar. Sai o minimalismo, entra a Belle Époque. Olha que amor a rendinha na camisa, uma camisa que vai depois na vida real com jeans e o que quer que dê vontade.

sábado, 19 de julho de 2008

É NOVO! escarpins pretos

Nunca achou que stilettos pretos, circa 1950s, fossem tão agora? Prove que sim:



(ah, AQUI TEM: encontrei um par perfeito no high street. a zara tem um modelo com bico-de-pato, salto bem alto que dá a curva pin-up, e ainda por cima em formato vírgula e facetado. Por 179 reais.)

(trilha sonora: Choukar Gaïga, Reinhardt Mandino)

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 7

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon).


Rio, 18jul08
Marcella Virzi, estilista

"Fui até a sorveteria Brasil desafiar o resfriado tomando um sorvete (chocolate trufado) com a Vandinha Klabin, supercuradora e minha amiga", diz Marcella.

Usa: Vestido de linho cru com detalhe bordado em preto e turquesa no decote, chinelinho ouro , minha inseparável b-i-g shopping bag estampada de onça e o cabelo a la Hollywood, amarrado num coque alto completamente desfeito.

Qual a melhor idéia do look? O bacana é usar o vestido que é um modelão com um chinelinho e sacolão. A mistura fica engraçada e descontraída.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alexandre Herchcovitch de portas fechadas...

... a partir de amanhã, sábado. Por dez dias - enquanto durar a reforma na Haddock Lobo e no Shopping Morumbi - só vai dar para comprar AH em Porto Alegre e Brasília. Herchcovitch vai criar um espaço exclusivo para os jeans e aumentar o espaço da loja. E mais: como no endereço de Tóquio, em que o arquiteto Arthur Casas adesiva sobre a fachada de fórmica a estampa da coleção, a Haddock também vai ter lambe-lambe.

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 6

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon).



Rio, 17jul08
Marcella Virzi, estilista

"Tentando me arrumar para uma festinha e E-S-P-A-N-T-A-R a gripe!", diz Marcella.

Usa? Balonê falso e míni para soltar a roupa do corpo moído. Cru para iluminar a
rosto e a bolsinha drapê também crua para sumir enquanto as sandálias de
zebra desarrumam tudo.

Qual a melhor idéia da produção? A liberdade para lutar com conforto contra a dor e a febre - look tylenol!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

NYT sobre Madonna

A gente falou de Madonna aqui e aqui. E agora o NYT comenta, na edição de hoje (sorry, só consegui ler o jornal agora!), como ela anda escorregando nos looks. Madonna mia!

(é preciso ter log in, mas coisa indolor, rápida e gratuita do NYT)

MODERNA NO ATO amarelo

No tema cores, amarelo no inverno (aliás, cor forte no próximo verão). Esse é gemada, bom para dar leveza às cores densas do frio.


Missoni, pre-fall 2008

Fashion Rio - atualização de info e preço

Marcela Calmon contou tudo sobre a saia de tafetá de seda aqui.

ROUPAS DO OFÍCIO uma geral

(esse post é dedicado a Vica, que deve estar de férias porque anda sumida!)

Uma amiga falava ontem do tanto de horas que ela passa no trabalho. É editora de livros infantis numa publishing house espanhola e fica entre letras muito mais do que 9h/18h. O trabalho inclui mais do que ler originais e comissionar tradutores. Tem encontros com autores, com os manda-chuvas gringos, prêmios, cocktails. Nossa vida é trabalho - e eu entendo o quanto é difícil se conformar as ternos e tailleurs de cores neutras. Como satisfazer toda vontade de moda e o tanto de criatividade e desejo por beleza de qualquer alma feminina só num fim de semana de folga? Matemática difícil.

É por essas e outras que uma parcela das mulheres, numa tentativa de burlar as regras sisudas do jogo, acaba cometendo pecados como ternos rosa-bebê ou azul calcinha. Ou acaba usando um guarda-roupa de fim de semana no trabalho (quem não tem uma colega que parece ter saído direto da praia para o escritório?)

Primeiro ponto: vestir-se para a ocasião é um dos pilares da etiqueta modal. Então, aceite o fato de que uma boa fatia do seu guarda-roupa precisa ser destinada ao trabalho. Tem coisas que pisam no escritório, tem coisas que pisam na praia, tem coisas que pisam na badala - e dificilmente são peças que trafegam com desenvoltura de um cenário para o outro.

Segundo ponto: os estilistas entenderam já em meados do século 20 que as mulheres do século 21 trabalham. Muito. E precisam de muito mais do que um uniforme - terno, bolsa estruturada e um bom par de escarpins - para enfrentar a jornada. Em outras palavras: os desfiles estão lotados de opções criativas - ao mesmo tempo que apropriadas para o dress code do 9h/18h (ainda que ele esteja mais para 8h/22h!). Um terno já não é mais um terno de calça e paletó, sem nome e sobrenome: pode ter calça skinny e paletó masculino; pode ter calça clochard e spencer; pode ter pantalona e bolero; pode ter calça reta e paletó sem mangas.

Isso sem falar nas texturas. E nas cores. E nas sobreposições.

Enfim, as possibilidades são infinitas.

Mas o essencial permanece: manter a elegância, não importa o quanto seu ambiente de trabalho seja informal. É a medida da sua (boa) ambição. E esse primeiro post de moda trabalho define as regras do que NÃO fazer nesse jogo:

1. NÃO DESOBEDEÇA AS REGRAS, por mais que você desgoste delas. Ir contra o dress code da empresa - seja para se destacar, seja para deuses-sabem-lá-porquê - não vai impressionar seu chefe nem suas colegas.

2. NÃO EXIBA A BARRIGA. Nem que seja um centímetro. Compre camisas, suéteres, blusas no comprimento adequado e es-que-ça calças de cintura extrabaixa. Trabalho não é baile funk.

3. NÃO APROFUNDE O DECOTE. O objetivo é conquistar espaço pela competência, não pelas curvas.

4. NÃO MOSTRE O SUTIÃ. Nada, nem um microletésimo de alcinha. Nem de silicone (aliás, não use alça de silicone, por favor!)

5. NÃO VISTA TRANSPARÊNCIA. Essa regra é clara como a luz do dia!

6. NÃO SUBA A BARRA DA SAIA. Sim, suas pernas são di-vi-nas, e? Minissaias, microssaias, nanossaias são para days off. No trabalho, o máximo que uma barra deve subir é cinco dedos acima dos joelhos.

7. NÃO PISE EM CHINELOS DE DEDO. NEM EM TÊNIS. Não importa se os chinelinhos são de couro metalizado, com pedrinhas, píton, Louboutin. Chinelos dizem 'estou relaxando' e a mensagem no trabalho vira 'sou relaxada'. E por mais ginástica que você faça para subir de cargo, não demonstre o suor usando tênis - mesmo aqueles Pumas e Golas ultradescolados de sola finérrima. (A não ser que você seja Washington Olivetto, que eu já vi de Havaianas e terno para uma reunião de executivos terno-e-gravata. Mas aí você é dono da W/Brasil - está no topo da cadeia alimentar, numa agência de publicidade, e quebrar as regras faz parte de Cannes).

8. NÃO DÊ FOLGA AO BOM SENSO. Top tipo lingerie, vestido tomara-que-caia - e outras roupinhas que passam a mensagem 'sexy' ficam reservadas para momentos privés e de lazer.

9. NÃO SE APERTE. Fique fora dos justérrimos, coladérrimos. E jamais embarque no tudo muito justo. Compense a saia lápis com um suéter de gola V levemente solto do corpo ou uma camisa do tamanho certo.

10. NÃO ENLOUQUEÇA. Você tem estilo e quer expressá-lo, fine, mas mantenha a classe. Maquiagem exagerada, padronagens exibidas, chapéus malucos vão promovê-la a chefe do Pinel.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

DESOBEDIÊNCIA MODAL volume



Louis Vuitton, pre-fall 2008

Um zilhão de vezes você deve ter ouvido "peça-larga-embaixo-
exige-peça-justa-em-cima" - e vice-versa. Por que, eis a questão? A idéia da proibição é que você revele um pouco de forma, para provar que está em forma, no lugar de se esconder completamente por debaixo do volume. E também para não criar a idéia de que você está fora de forma - o que não implica necessariamente numa verdade (visualize os vestidos de Maria Antonieta no filme de Sofia Coppola. É óbvio que as mulheres não tinham quadris descomunais. Elas ocupavam o lugar de três, quatro pessoas por efeito das armações Farthingale. Alguns historiadores da moda interpretam isso como o bom status que as mulheres ocupavam no rococó século 18, efeito do Iluminismo).

Não há nada como desafiar mais essa regra da moda porque um pouco de senso de privacidade faz muito, muito bem em algum momento da vida. É bom não ter que revelar nada, não ter que mostrar forma alguma, e se vestir assim como Marc Jacobs sugere: as peças têm ótimas formas (entenda-se desenho).

E isso basta.

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 5

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon).



Rio, 14jul08
Marcella Virzi, estilista

"O look é bem simples, para trabalhar e comemorar a compra de uma foto nova da Pat Kurs (olha a minha alegria!)", diz.

Usa? Saia lápis com bordado de linhas coloridas e metais nos bolsos e camisa "tipo" smoking masculina.

Qual a melhor idéia da produção? Gosto da mistura da camisa masculina com a saia bem feminina e também da mistura de grafismos. O efeito é clássico, meio caretinha meio chiquezinho, perfeito para o escritório!

terça-feira, 15 de julho de 2008

INSTANT GLAM chic-choc de cor



Oscar de la Renta, pre-fall 2008

Misturar cores é sinal de altérrimo QF - quociente fashion. No mesmo patamar que sobreposições. Nem todo mundo nasce com esse cromossomo, mas pode começar jogando splashes de cor sobre roupas neutras. E ir adicionando aos poucos. O efeito é artsy e feliz, não Sr. de la Renta - especialmente no blackout do inverno.

NA DÚVIDA saia reta e longa




Chanel, pre-fall 2008

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 4

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon).


13jul08
Marcella Virzi, estilista

"Estou na loja com clientes (vestindo minhas roupas!). Conversando... de moda, claro!"

Usa? Vestidinho de algodão bem soltinho com barra tacheada e sandália e bolsa de "tigre" e "girafa".

Qual a melhor idéia da produção? O legal do look (além do vestido que é a coisa mais fofa do meu armário) é a mistura dos acessórios de bichos com as tachas, isso sempre torna tudo bem divertido e jovem. O cabelo preso "amarra" tudo deixando o efeito supercontemporâneo.

domingo, 13 de julho de 2008

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 3

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon).

Rio, 12jul08
Marcella Virzi, estilista



"Estou te mandando uma foto correndo (realmente estava super-atrasada, por isso minha assistente me seguiu até a calçada!)", avisa Marcella.

Usa? Do trabalho para o cocktail de um amigo, então tirei o casaqueto e coloquei uma blusinha transparente cobrindo minha camiseta, um salto substituindo as sapatilhas e esse colar fake, que é um pedaço de tule amarrado no pescoço imitando um colarzão da czarina Alexandra. UFA! Trocando a big shopping bag, que anda cheia das minhas mil coisas necessárias, por uma carteirinha que está sempre no escritório, mudei um look dia para uma noite esporte e despretensiosa.

Qual a melhor idéia da produção? A transparência adereçada pelo colar. Se o evento pedisse algo mais poderoso, funcionariam incrivelmente com uma saia lápis e umas sandálias mais preciosas!

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 2

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon).


RIO, 10jul08
Marcella Virzi, estilista

Usa? Vestido de mousseline de seda da coleção de verão 2008.
Por que escolheu esse look? Para o perfil que vai sair sobre mim na revista Ilusorama.
Qual a melhor idéia da produção? O bacana do look, além da cor que acho incrível, é o torcido da modelagem que faz esse vestidinho clássico ser moderno. Achei que o cintão preto com dourado dava um tom chic e inesperado.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

PEÇA-CHAVE - E JEITOS DE USAR dhoti



Veja outras idéias aqui, no Pequeno Dicionário Ilustrado de Moda.

A SEMANA COM Marcella Virzi - dia 1

Nessa semana, Marcella Virzi mostra o que veste - e como decide o que vestir. A mais barroca das estilistas cariocas acaba de abrir uma loja no Rio Design Barra (é a terceira, a saber: Nascimento Silva, 309, e Rio Design Leblon). A primeira foto é no começo da festa.

RIO, 08jul08
Marcella Virzi, estilista

Usa: Calça de brim preto pena slim e bolsos "culotinho". Top de tule bordado com um megacolar sobre T-shirt. Casaqueto de tweed e, claro, um saltão!

Por que escolheu esse look? Precisava estar confortável e estilosa - então, achei bacana a mistura do hi-lo das peças.

Qual a melhor idéia da produção? Gosto muito do top de tule com colar bordado sobre a T-shirt, mas o bacana foi colocar o casaco de tweed por cima da peça luxuosa que é o tule. Acho que o resultado ficou moderno, um clima meio bagunçado de coisas legais misturadas ...

(foto: Vera Donato)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

TO THE FASHION TRAVELLER Vintage Rio

(dedicated to the amazing number of fashion-loving foreigners who visit this page. pardon my english, it´s not as good as my heydays in dartmouth)

Buenos Aires, now unfairly, continues to hold the informal title of the best vintage shopping capital in the world. Mostly because the elite - who has spent a lifetime consuming as europeans - has lost its money thru the decades and the shops have had the kindness to pass along this goodies to the new and stylish generations. The thing is, once a place gets that kind of publicity, there goes the deal. Last time I went there, San Telmo flea market was poor in merchandise. The vintage jewellry shops around the square were far overpriced. But I just got back from Rio de Janeiro and I recommend you this: get your ticket soon before everyone reads this post and flies to Brazil for a vintage shopping spree.

For almost 200 years, Rio, as the capital, was the country´s fashion and cultural center. Women bought Paris - hats, gloves, dresses, you name it. In the 1950s - the city was blooming with Balenciaga dresses dancing bossa nova - which not only the fashion-forward women bought, but the cafe-society wore in spite of man hating it. As Brasilia gained power, Rio began to loose it. Parties, dinners chez Madame X and Monsieur Y, concerts began to dim. And with nowhere to go, why keep a closet full? The same goes to décor. "People just want to get rid of the past. They don´t like it anymore or simply cannot keep it", said to me the vendor of Style d´Art, the antique shop where I bought myself a nice silver mesh belt to tie around either (and obviously) around my waist or to wear as a loose tie (Atlântica Avenue, 4240, in front of the Copacabana Fort and inside a gallery full of antique shops with home pieces).

So now Rio is THE place to buy vintage. Not as much for the quantity as for the quality of stuff.

At 143, Siqueira Campos St., Copacabana, there are three floors dedicated to china, chandeliers, Bohemia crystal glasses which surely have seen the best parties in the best salons. Jewellry is also well represented, specially in ruby, emerald and sapphire solitaire rings in pink gold settings and bands.

Luckily, I was there during the Portas Abertas Art Festival, held once a year in Santa Teresa neighborhood, one of the privileged views of the city. During the weekend, 43 ateliers opened their doors for visitors strolling the hills of the neighborhood (for next year´s dates, click here). There, among paintings, I found a shop with great books on the history of Brazil and everyday objects - such as giant hair clips in their original case. Made in England, they were used by women to make grading waves on the hair. The owner said Belle Époque, but I´m guessing early 1920s.

I also found one among many street vendors selling the best vintage jewels from India and Morocco. From her, I got a bakelite bracelet (bakelite is the first synthetic resin, formulated in 1909 by the Belgian chemist Leo Hendrick Baekeland and it became the IT-costume jewellry in the Celluloid Era, the 1920, prior to lucite, vinyl and nylon), a jade bracelet and a silver manilla bracelet, with slaves heads sculpted in each end. I found this quite something for manilla bracelets, usually made in copper and brass, became one of the standard trade currencies in the 16th century. The Portuguese, a century earlier, had used them to pay for leopard skins, pepper, cloth, ivory and slaves in Benin - now southwest Nigeria - suppling the shortage of brass and copper production in West Africa, a region known to have invented the smelting of copper and the casting of brass in the 10th century. The ‘manillas’ were made in the Low Countries (modern Holland), traded throughout West Africa as a kind of currency, and melted down by the brass workers of Benin.

(I´ll ask a friend, pro photographer, to click those pieces so I can share them with you)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

É UM CLÁSSICO! 2.55 Chanel

(know better, buy better - é com essa singela filosofia, em homenagem à même, que eu vou justificar a vontade humana de ter uma 2.55, uma birkin, um trinity, una vara - a partir deste post)


a dispensável legenda para a indispensável Bolsa (com 'b' maiúsculo mesmo)



Chloë Sevigny: 2.55 na festa da Cartier, em Los Angeles, no dia 18 de junho

Foi em fevereiro de 1955 que Gabrielle Chanel deixou definitivamente livres as mãos enluvadas das senhoritas da era cinqüentinha. Cansada de carregar e perder as próprias bolsas, Chanel encontrou um modelo definitivo para uma idéia velha de guerra, literalmente: a bolsa a tiracolo. A primeira versão de Mademoiselle é de 1929, inspirada nas bolsas dos soldados e das mensageiras que cruzavam Paris de bicicleta. Mas só em 02 de 1955 - daí o nome 2.55 - Chanel chegou ao modelo ideal: um retângulo de 15x24x7.5 cm, preso a uma alça de corrente dourada entrelaçada a tiras de couro ou em elos achatados (semelhantes aos que Mademoiselle utilizava na barra dos blazeres para garantir o caimento perfeito do tecido), feito de pelica para o dia e de seda ou jérsei para a noite. Para encorpá-la, Chanel tirou a idéia da costura em forma de diamante, o matelassê, dos casacos dos jóqueis e das almofadas de camurça do seu apartamento na Rua Cambon. Por dentro, o forro bordô remetia ao uniforme usado por ela no orfanato. Bolso fechado a zíper foi pensado para cartas secretas de amor e extratos bancários; um compartimento tubular previa espaço para o batom. Com o modelo a tiracolo, as mulheres deram adeus às bolsas de mão e aplaudiram mais uma invenção prática e chic de Chanel.

Quando Karl Lagerfeld assumiu a maison em 1983, levou ao pé da letra o aforismo de um dos seus autores de cabeceira: "Build a better future by expanding on elements of the past", Goethe. Largerfeld aumentou as dimensões da 2.55 a medidas gigantes e a liliputianas, experimentou com jeans, ráfia, tweed, expandiu as cores para um pantone completo e agora vem mudando a costura de diamante por idéias como o quebra-cabeça. Hoje, são produzidos 30 modelos diferentes por ano num ateliê a 70 km de Paris. Entre 6 e 15 artesãos estão envolvidos nos 180 estágios de produção de uma peça, que leva até 18 horas para ficar pronta dependendo do material. 50% delas ainda são feitas em preto, em diferentes modelos e tamanhos. No arquivo do ateliê, moram 3 mil modelos - o suficiente para você usar uma 2.55 diferente por dia por mais de oito anos. Em 2008, a 2.55 inspirou artistas do mundo inteiro em reinterpretações expostas no mostra inaugural do museu itinerante da marca, o Chanel Pavillion - Mobile Art Contemporary Container. Veja mais fotos aqui.

Tempo de tanzanita



O anel Orion, com cabochon de tanzanita, ouro branco 18k, diamantes e esmalte, de Theo Fennell: lançamento na London Jewellry Week, neste mês


Anel de Stephen Webster, o designer de Kate Moss & afins

Existem as pedras eternas (diamante é uma delas, é o que diz uma campanha publicitária de 1948). E existem aquelas que vêm rolando até chegar ao topo da cadeia da moda. É o caso da tanzanita. Formada há 585 milhões de anos e descoberta em 1967 a 40 quilômetros da base do Kilimanjaro, na Tanzânia, a pedra ocupa lugar de destaque nas jóias bling-bling do gigante inglês Theo Fennell (se você gosta de Elton John, entende de que bling-blig estou falando) e do rock´n´roll jeweller - também inglês - Stephen Webster, favorito de Kate Moss & afins. Ambos fazem peças nada tradicionais - escorpiões, caveiras e algumas idéias menos atraentes estão no pacote - e a tanzanita, azul como a safira mas mais brilhante, menos dura (6.5 na escala, comparada a 10 do diamante e 9 da safira) e com sobretons violeta - se presta a essas loucurinhas. "É exótica", diz Webster, que experimentou a pedra nos idos de 1980, em Los Angeles. "E no ramo da alta joalheria hoje os clientes não querem simplesmente um objeto de luxo - querem uma edição limitada ou algo 'one of a kind'." Se esse é seu objetivo, tanzanita é a pedra da vez.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Fashion Rio - dias 3 e 4 - shopping list

(vou atualizando à medida em que falo com os estilistas. por agora, Maria Bonita Extra, Filhas de Gaia, Tessuti e fotos sem crédito dos próximos, combinado?)

PEÇA SEIS E SETE: MICROTERNO + TEADRESS



Miniterno de linho com fio de inox, R$ XXX




Teadress de georgete de seda, R$ XXX

Antes de assinar o estilo Maria Bonita Extra, Ana Luiza Magalhães vestia mais do que a camisa da marca: vestia os vestidos e calçava os escarpins (melhor ainda se eles fossem estampados com os coraçõezinhos, marca registrada da MBE). Agora, na segunda coleção, essa mineirinha prova que está à vonts na cadeira de criadora da Bonitinha carioca. Inspirada pelo amante de Marguerite Duras (leia o livro, veja o filme!), Ana fez uma viagem à Indochina e dela trouxe idéias frescas, românticas, com perfume retrô para um verão tropical. Tudo bem MBE. A idéia mais fresca - em todos os sentidos (nova, refrescante e de frescura pura) - é o microterno de linho com fio de inox. "Tudo já foi inventado na moda. Então, minha função como estilista é pensar em um milhão de opções para uma calça, um vestido...", me disse Ana. Só que não é todo mundo que encara o assunto desse jeito quando a questão é o terno - parece modelagem 'imexível' (sic). Ana não se fez de rogada e cortou o desnecessário para o calor de 40 graus do Brasil de dezembro a março (sem falar nas heatwaves fora e época): pernas e mangas. "Dá para usar no fim de semana, na praia, numa viagem de verão - só não dá para trabalhar porque o short-saia é muito curtinho." A maravilha é que o blazer de mangas curtas é tendência pura e vai fazer total diferença no seu armário, combinado com outras peças mais dignas do 9h/18h (na coleção MBE tem uma calça com a mesma estampa - ramos de arroz com grãozinhos que remetem a corações - mas Ana aconselha a combinar com uma calça lisa para não pesar). A segunda maravilha é que short-saia volta a existir como opção de compra (por favor, não tirem o corte de linha; por favor, outras marcas, coloquem o corte na linha). É outro separate com 100% de impacto no seu closet.

Bem, no ramo das coisas esperadas da MBE está o vestido. Sem mil versões dele numa coleção, não é MBE. Esse teadress, com estampa floral que imita uma aquarela, em um verde água, é ótimo para quem ama vintage e detesta mofo. E os acessórios ditam a produção. "Dá para usar numa festa de dia, do jeito que aparece na passarela, ou com cinto dourado e saltão para uma festa à noite." Esperamos os convites - o vestido já está reservado.

Preços só daqui a duas semanas. www.mariabonitaextra.com.br

PEÇA OITO: LONGO ESTAMPADO



PEÇA NOVE: FLORAIS DE INVERNO


Saia de gomos de tafetá de seda, R$ 1 980.

Na mitologia grega, Gaia - Terra - é o elemento primordial. Com ela, saímos do Caos e entramos num cenário de céu, montanhas e mar. "Ela trouxe um novo padrão estético", me definiu agora mesmo Marcela Calmon, sócia de Renata Salles na Filhas de Gaia há três anos. Filhotas de Gaia, elas pretendem criar um novo padrão estético "dando uma rabiscada", como definiu Marcela, no convencional. Tem humor - quase deboche, no bom sentido - nas roupas dessa marca carioca. Principalmente nas roupas de noite, nicho em que as estilistas, amigas desde os seis anos, resolveram rabiscar fazendo estampas e modelagens bem menos óbvias no mercado. "Isso e mais acessórios rock tiram o ar debutante das peças", diz Marcela. E esse look é um exemplo disso: camiseta sob corselete desconsertam a saia de tafetá. Pena a camiseta não ser trompe l´oeil - com o corselete estampado sobre ela ia ficar muito ótima usada com um jeans. Mas foco na saia: extravolume, com os gomos todos presos em pontinhos a mão. A estampa, que parece um floral de inverno, só por isso já seria ótima compra. O próximo inverno vai ser florido em cores sóbrias - então, pecinha longa vida. Mas, vista de perto, a estampa se revela uma cidade caótica, ilustração do desginer Gabriel Oliveira - e ponto, tira o volume froufrou do sério. Marcela recomenda usar na versão arrumadinha, com corselete, para ir a um casamento. Ou com camisa branca. Sapatos? "Ah, pode ser sapatilha, sapato alto. Só não pode ser bota porque, com esse volume, fica esquisito", fecha. Em tempo: em várias cores e também na versão shantung de seda, sempre lisa por conta dos rajados do tecido.

Rua Duque Estrada, 07, Gávea, tel. 21 2294 0848, comercial@filhasdegaia.com.br


PEÇA DEZ: COCKTAIL DRESS ESTAMPADO


Cocktail dress de organza, R$ 1 427.

Eu penso que não há nada mais apropriado para o espírito brasileiro de festa do que um cocktail dress. Ele é menos montado, mais easy. Tem toda a chance do mundo para conquistar um espaço maior no nosso armário - sentenciando à prisão perpétua aqueles modelos de cetim brilhante com mil rebordados que parecem ter saído de uma fábrica de falta de criatividade e de gosto.

Enfim, desabafo feito, cocktail dresses, por definição, são informais o suficiente para ir a uma festa-bacana-que-não-seja-gala e chics o suficiente para nunca pisarem no ambiente de trabalho. Têm tecido fino. São curtos, no máximo longuetes. E quanto mais requintados forem no acabamento (Balmain tem apresentado uns exquisite. jóias puras!!!!), mais esnobes ficam. Num sinal de desobediência modal pura, rivalizam agora com os longos justamente nas festas de gala (quem viu as fotos da festa de abertura da exposição Superheroes no MET de NY entende o espírito).

Fafa Cosenza - quatro anos de Tessuti, primeira coleção assinada por ela - fez um modelo na medida para as festinhas de verão em território tropical. "É uum vestido para noite, mas para um evening mais tranqüilo, que começa no final de tarde e vai até escurecer", Fafa me deu a sua definição de cocktail dress. De organza, é estampado com flor do deserto em cores lindas, queimadas, que funcionam em peles branquelas ou nas douradas de sol. Mas não vai ao gala porque, como a estilista diz, é mais tranqüilo.

O modelo de organza é todo cheio de pences e pregas que fazem a peça cair certinha no corpo, very ladylike. O tecido dá aquela transparência sutil, longe da sensualidade = pornografia. "De dia, dá para usar com acessórios de croco - um cinto e uma sandália. À noite, melhor ficar com o cinto que vem no vestido e optar por sandálias mais escuras e uma carteira de cetim", indica Fafa.

Quem ama a estampa e não é feliz na organza (ou nessa modelagem) pode fechar com o modelo tubo de cetim de seda (R$ 624).

À venda a partir de agosto, www.tessuti.com.br


PEÇA ONZE: SAIA LONGA



PEÇA DOZE: BIQUÍNI NUDE