segunda-feira, 10 de maio de 2010
MODA NA REAL Ana Dias, no Casa Moda
domingo, 9 de maio de 2010
ROUPAS DO OFÍCIO segunda-feira de mix de listras
sexta-feira, 7 de maio de 2010
AQUI TEM vestidinho handmade 9h/21h
Marcos Ferreira, inverno 2010
Diane von Furstenberg, verão 2010
Talvez seja a entrada da era de Aquário, em fevereiro, que mudou o céu para algo mais natureba e simples - sem perder a sofisticação jamais.
Fato é que estilistas vêm se apropriando cada vez mais do artesanal, o que significa mais design sobre o feito a mão.
Marcos Ferreira, de Minas, produziu esse modelo todinho rendado a mão, que vai fácil sob blazer masculino + sapatilhas para o trabalho e desbanca para a noite com troca de pisantes e zero cobertura.
Na loja DvF no Iguatemi, SP, tem esse modelo, versão pink.
Marcos Ferreira. Rua Oliveira Dias, 330/31, Jardim paulista, SP. (11) 3884 1074. www.marcosferreiramoda.com.br
Diane von Furstenberg, verão 2010
Talvez seja a entrada da era de Aquário, em fevereiro, que mudou o céu para algo mais natureba e simples - sem perder a sofisticação jamais.
Fato é que estilistas vêm se apropriando cada vez mais do artesanal, o que significa mais design sobre o feito a mão.
Marcos Ferreira, de Minas, produziu esse modelo todinho rendado a mão, que vai fácil sob blazer masculino + sapatilhas para o trabalho e desbanca para a noite com troca de pisantes e zero cobertura.
Na loja DvF no Iguatemi, SP, tem esse modelo, versão pink.
Marcos Ferreira. Rua Oliveira Dias, 330/31, Jardim paulista, SP. (11) 3884 1074. www.marcosferreiramoda.com.br
terça-feira, 4 de maio de 2010
BOA APLICAÇÃO brincos enamorados de ouro rosa, LV
Brincos Coeur, Louis Vuitton, R$ 4 060.
Nunca fui uma logogirl, então não vale me acusar de deslumbre.
Fato é que o dia dos namorados se aproxima e meu coração se derreteu por esse par de heart-dropping drop earrings de ouro rosa. A florizinha vuittoniana vira uma rendinha e o par parece saído da Belle Époque. É investimento para se fazer por gerações - como um Patek Philippe: você é apenas cofre até ele passar para frente na linha sucessória.
domingo, 2 de maio de 2010
PEQUENO DICIONÁRIO ILUSTRADO DE MODA chic
Chic é hoje um carimbo usado em muitos lugares, mas você sabe de onde veio e para onde vai essa palavra mágica, um elogio cobiçado à máxima potência pelo mundo e merecido por poucos e excelentes?
"Ford signed by Chanel", Vogue América, 1926: o LBD original é a epítome do chic
"A originalidade, simplicidade e funcionalidade de Chanel se traduziam por uma única palavra: chic", me diz a expert em modernismo, Mary Davis. E vai:
'Palavra-chave para distinguir a elegância modernista, o termo começou a ser usado na França no fim do século 18. No fim do século 19 servia para rotular "a arte de si mesma" baseada na individualidade, autenticidade e no bom gosto - segundo o Dictionnaire historique de la langue française. No momento em que o ilustrador Sem publicou o manifesto Le Vrai et le faux chic, em 1914, vários outros significados tinham sido 'colados' ao termo: "graça jovem e ingênua" e "simplicidade discreta e harmônica", "charme" eram invocados no manifesto, junto com a noção de chic como parte de uma sabedoria tradicional francesa.
Esses conceitos passaram para a década de 1920 - e em 1924 Vogue América passeava pelas muitas conotações do termo
na coluna "Guide to Chic". Na matéria intitulada "Before and after taking Paris", na qual a "Sra. Interior dos Estados Unidos" descobre a "diferença entr o chic francês e o produto nacional", explica-se:
"Simplicidade. Este era o primeiro passo. Um bom vestido, bem desenhado, bem cortado, com uma única ideia na sua construção e um acabamento que garantia a personalidade. Como regra, quanto mais simples, melhor. Simplicidade de linha, perfeição nos acessórios e para quem é chic no superlativo um toque próprio é o segundo passo."
Quando se tratava de chic, portanto, simplicidade - o tipo que sempre foi e será caro, como escreveu a Vogue em 1919 - era fundamental e Chanel era o ícone. Ao longo dos anos 1920s, sua moda "árida", inspirada na vida balneário e caracterizada por uma simplicidade jovem ao mesmo tempo por elegância sofisticada, foi a base de um estilo atemporal e transatlântico que permanece na alma de um dos impérios mais poderosos da moda.'
"Ford signed by Chanel", Vogue América, 1926: o LBD original é a epítome do chic
"A originalidade, simplicidade e funcionalidade de Chanel se traduziam por uma única palavra: chic", me diz a expert em modernismo, Mary Davis. E vai:
'Palavra-chave para distinguir a elegância modernista, o termo começou a ser usado na França no fim do século 18. No fim do século 19 servia para rotular "a arte de si mesma" baseada na individualidade, autenticidade e no bom gosto - segundo o Dictionnaire historique de la langue française. No momento em que o ilustrador Sem publicou o manifesto Le Vrai et le faux chic, em 1914, vários outros significados tinham sido 'colados' ao termo: "graça jovem e ingênua" e "simplicidade discreta e harmônica", "charme" eram invocados no manifesto, junto com a noção de chic como parte de uma sabedoria tradicional francesa.
Esses conceitos passaram para a década de 1920 - e em 1924 Vogue América passeava pelas muitas conotações do termo
na coluna "Guide to Chic". Na matéria intitulada "Before and after taking Paris", na qual a "Sra. Interior dos Estados Unidos" descobre a "diferença entr o chic francês e o produto nacional", explica-se:
"Simplicidade. Este era o primeiro passo. Um bom vestido, bem desenhado, bem cortado, com uma única ideia na sua construção e um acabamento que garantia a personalidade. Como regra, quanto mais simples, melhor. Simplicidade de linha, perfeição nos acessórios e para quem é chic no superlativo um toque próprio é o segundo passo."
Quando se tratava de chic, portanto, simplicidade - o tipo que sempre foi e será caro, como escreveu a Vogue em 1919 - era fundamental e Chanel era o ícone. Ao longo dos anos 1920s, sua moda "árida", inspirada na vida balneário e caracterizada por uma simplicidade jovem ao mesmo tempo por elegância sofisticada, foi a base de um estilo atemporal e transatlântico que permanece na alma de um dos impérios mais poderosos da moda.'
ROUPAS DO OFÍCIO segunda-feira de sobre tons de pó-de-arroz
MODERNA NO ATO "o" jeito de carregar a bolsa
Carolina Herrera, verão 2010
Carolina Herrera, verão 2010
Carolina Herrera, verão 2010
Chanel, verão 2010
Não sei se vim com um defeito no bagchip, mas sofro de um mal (ou de um bem, dependendo do ponto de vista) de não sentir calafrios felizes diante de uma bolsa.
Meu entusiasmo decresce em projeção geométrica quão maior for o espécimen em questão.
Eu explico de um jeito simples: carregar não é um verbo que me deixa feliz de conjugar. Não nasci para tartaruga e prezo a liberdade dos gestos - mãos livres levam uma moça longe, vocês sabem... Mais: bolsas a tiracolo, pequenas, carteiras e minaudières (minhas favs) revelam que você é uma party girl, you live la vida loca, você é um espírito livre... Essa sou eu, ufa!
Pois outro dia me pequei carregando minha bolsa trançada de tecido NK Store, uma wannabe 2.55, como carteira, com a alça dourada desmaiada sobre ela. Tem um quê de "não me importo com bens materiais" - especialmente porque bolsas têm o significado simbólico do $tatu$.
Revisando s fotos de passarela, encontrei duas marcas BCBG fazendo o mesmo: carregando bolsas com um jeito "nem aí".
So fresh!
Carolina Herrera, verão 2010
Carolina Herrera, verão 2010
Chanel, verão 2010
Não sei se vim com um defeito no bagchip, mas sofro de um mal (ou de um bem, dependendo do ponto de vista) de não sentir calafrios felizes diante de uma bolsa.
Meu entusiasmo decresce em projeção geométrica quão maior for o espécimen em questão.
Eu explico de um jeito simples: carregar não é um verbo que me deixa feliz de conjugar. Não nasci para tartaruga e prezo a liberdade dos gestos - mãos livres levam uma moça longe, vocês sabem... Mais: bolsas a tiracolo, pequenas, carteiras e minaudières (minhas favs) revelam que você é uma party girl, you live la vida loca, você é um espírito livre... Essa sou eu, ufa!
Pois outro dia me pequei carregando minha bolsa trançada de tecido NK Store, uma wannabe 2.55, como carteira, com a alça dourada desmaiada sobre ela. Tem um quê de "não me importo com bens materiais" - especialmente porque bolsas têm o significado simbólico do $tatu$.
Revisando s fotos de passarela, encontrei duas marcas BCBG fazendo o mesmo: carregando bolsas com um jeito "nem aí".
So fresh!
FANTASCHIC saco Chanel de papel
Todos os dias eu acendo uma vela para um dos meus deuses da moda favoritos, Karl Lagerfeld: quem mais teria o a ironia fina feito um vestido de alta costura Chanel para zombar das nossas obsessões por logos, pelo que é caro e brincar com a nossa noção de valor?
(essa bag é homemade, mas ela é fruto direto das chacotas inúmeras sobre o tema 2.55)
(cortesia Jak&Jil)
Bill Cunningham, quem eu quero ser quando eu crescer
Chapeleiro antes de ser fotógrafo - e o fotógrafo de moda de rua como comportamento (em oposição à "moda de rua" limitada ao jeito de vestir dos sócios do fashion club documentada por Scott Schuman, Garance Doré, Jak & Jil...) da coluna On the Street, The New York Times -, Bill Cuningham é o meu exemplo de contador de história(s) da moda.
Ao contrário dos tempos BBB que vivemos, em que jornalistas de moda se tornam celebs e por vezes se acham mais importantes do que a notícia e do que o trabalho de reportá-las, Cunningham se nega a estar do outro lado da lente: ele deu um trabalho incrível, de anos, para virar foco de um documentário sobre seu trabalho.
Seu olho é vivo, seu faro é fino, seu conhecimento é gigabytes. Ele capta - como antena e como fotógrafo – as mudanças da moda como ninguém. É movido a curiosidade, pela bicicleta, em qualquer lugar do mundo. A noção de que moda é um fenômeno das metrópoles é uma das lições mais bonitas do seu trabalho. Ela só tem razão de ser quando cabe, sempre levando um salto à frente, nas pessoas anônimas.
Este slide show de Cunningham é uma amostra de que, daqui a décadas, seu trabalho vai ser documento para revelar todos os shifts pelo quais passamos desde a década de 40, quando ele começou a registrar o que faz o seu olhar (e, portanto, seu lente) parar - sem julgamento estético (vulgo, "acho feio, acho bonito"), mas com senso de história.
Ao contrário dos tempos BBB que vivemos, em que jornalistas de moda se tornam celebs e por vezes se acham mais importantes do que a notícia e do que o trabalho de reportá-las, Cunningham se nega a estar do outro lado da lente: ele deu um trabalho incrível, de anos, para virar foco de um documentário sobre seu trabalho.
Seu olho é vivo, seu faro é fino, seu conhecimento é gigabytes. Ele capta - como antena e como fotógrafo – as mudanças da moda como ninguém. É movido a curiosidade, pela bicicleta, em qualquer lugar do mundo. A noção de que moda é um fenômeno das metrópoles é uma das lições mais bonitas do seu trabalho. Ela só tem razão de ser quando cabe, sempre levando um salto à frente, nas pessoas anônimas.
Este slide show de Cunningham é uma amostra de que, daqui a décadas, seu trabalho vai ser documento para revelar todos os shifts pelo quais passamos desde a década de 40, quando ele começou a registrar o que faz o seu olhar (e, portanto, seu lente) parar - sem julgamento estético (vulgo, "acho feio, acho bonito"), mas com senso de história.
Campanhas em movimento
A Burberry fez o que vem se confirmando como o novo formato de lançamento de coleção - thanks to the internet, onde a vantagem, se não é a perfeição da impressão num papel glossy, é o movimento: o vídeo April Showers.
Vídeos dão a sensação - por mais estilizados que sejam - que as roupas fazem sentido na vida real. Porque os movimentos são reais e não poses pouco críveis (para dizer o mínimo) de modelos distantes em produções pensadas por stylists aterrissados de um ovni, estressados para criar ideias mirabolantes talvez para se fazer notar entre os pares (mas não pelas mulheres de carne e osso). Enfim, novos tempos, novas necessidades, novos formatos.
Mais curioso ainda é como se "empacota" a venda da coleção. Não vem labeled "verão"ou "prefall" (essa é para a luciana dias!) - que, convenhamos, não quer dizer nada para a consumidora final. Trata-se apenas de um ritmo acelerado de mercado. A coleção é chamada de April Showers - entre nós, que tal Águas de Março? - que marcam o fim do inverno no hemisfério norte.
Burberry, a essa altura do campeonato todo mundo já sabe, cresceu e apareceu a partir da produção de trench coats de gabardine, antichuva. Christopher Bailey, uma sabedoria britânica garimpada pela topmax headhunter francesa Floriane de Saint Pierre, se apropria dia a dia do jeito british de ser e torna a Burberry cada vez mais sinônimo do estilo de vida (chuvoso) inglês.
Era do que a Burberry precisava.
E era do que a consumidora inglesa - e de qualquer lugar que enfrente céus cinzas, tempos nublados (Curitiba, por exemplo, é um projeto Burberry) - precisava.
Uma coleção que fala direto com a necessidade do cotidiano das pessoas (quem acompanhou as reclamações dos editores de moda cobrindo os desfiles de fevereiro sabe que muita gente tentou comprar casacos, luvas, cachecóis para se proteger do frio do ali e agora e só encontrou nas lojas as resort collections).
E retumbar no cotidiano aplaca a culpa da compra por impulso - afinal, há sempre o discurso do "puxa, eu preciso disso". Resta ao designer cumprir o seu papel no mundo: tornar essa necessidade irresistível, bonita, diferente, nova - e relevante. E aí o "eu quero" fecha redondinho o novo estilo de se comprar pós-quebra mundial.
Sair na chuva nunca foi tão prazeroso!
(como diz Isabella Giobbi, a gente não é feita de açúcar para ter medo de um pé d'água, mas um trench colorido Burberry é a desculpa perfeita para sair na chuva e se molhar)
Vídeos dão a sensação - por mais estilizados que sejam - que as roupas fazem sentido na vida real. Porque os movimentos são reais e não poses pouco críveis (para dizer o mínimo) de modelos distantes em produções pensadas por stylists aterrissados de um ovni, estressados para criar ideias mirabolantes talvez para se fazer notar entre os pares (mas não pelas mulheres de carne e osso). Enfim, novos tempos, novas necessidades, novos formatos.
Mais curioso ainda é como se "empacota" a venda da coleção. Não vem labeled "verão"ou "prefall" (essa é para a luciana dias!) - que, convenhamos, não quer dizer nada para a consumidora final. Trata-se apenas de um ritmo acelerado de mercado. A coleção é chamada de April Showers - entre nós, que tal Águas de Março? - que marcam o fim do inverno no hemisfério norte.
Burberry, a essa altura do campeonato todo mundo já sabe, cresceu e apareceu a partir da produção de trench coats de gabardine, antichuva. Christopher Bailey, uma sabedoria britânica garimpada pela topmax headhunter francesa Floriane de Saint Pierre, se apropria dia a dia do jeito british de ser e torna a Burberry cada vez mais sinônimo do estilo de vida (chuvoso) inglês.
Era do que a Burberry precisava.
E era do que a consumidora inglesa - e de qualquer lugar que enfrente céus cinzas, tempos nublados (Curitiba, por exemplo, é um projeto Burberry) - precisava.
Uma coleção que fala direto com a necessidade do cotidiano das pessoas (quem acompanhou as reclamações dos editores de moda cobrindo os desfiles de fevereiro sabe que muita gente tentou comprar casacos, luvas, cachecóis para se proteger do frio do ali e agora e só encontrou nas lojas as resort collections).
E retumbar no cotidiano aplaca a culpa da compra por impulso - afinal, há sempre o discurso do "puxa, eu preciso disso". Resta ao designer cumprir o seu papel no mundo: tornar essa necessidade irresistível, bonita, diferente, nova - e relevante. E aí o "eu quero" fecha redondinho o novo estilo de se comprar pós-quebra mundial.
Sair na chuva nunca foi tão prazeroso!
(como diz Isabella Giobbi, a gente não é feita de açúcar para ter medo de um pé d'água, mas um trench colorido Burberry é a desculpa perfeita para sair na chuva e se molhar)
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