Fernanda Yamamoto apareceu um pouquinho no Fashion Rio e gente feito Erika Palomino achou que tinha algo ali que merecia ser mais e mais mostrado.
Depois a moça sumiu da cena "hype" (alguém pode, por favor, assassinar essa palavra?), no que ela fez mais do que bem.
Fernanda se concentrou na suave e discreta transição do tridimensional da arquitetura para a tridimensional roupa. Na roupa, ela aprendeu a dobrar e a desdobrar - não só criando volumes outros, mas fazendo uma peça ter mais de um uso (o vestido-camisa-casaco ou o vestido 1-2-3).
Numa prova de que não funciona apenas num comprimento de ondas curtas, Fernanda abriu uma loja genial e linda (projeto dela) na Vila Madalena. Ali moram estilistas frescos na profissão, sem grana para ter espaço próprio, mas com fôlego para correr feito hamster na engrenagem do comércio.
E Fernanda entrou para o SPFW. E todo mundo achou genial.
Fernanda, no entanto, me intriga porque nada parece maior para ela do que descobrir como a gente pode morar numa roupa e de que forma essa roupa vai se relacionar com a cidade. Não é no estereótipo da roupa urbana, aquela que vem preta, com tachas, seca _ uma visão de que a vida na cidade é dura, amarga. E ponto.
Eu desconfio que ela busca uma alternativa (não perguntei, mas vou perguntar para não morar na suposição). Um jeito doce de ser urbana, sem cair na nostalgia, no hippismo, no campestre. Fernanda se veste de um jeito de quem leva uma vida intensa no asfalto, mas não se deixa atropelar por isso.
Por isso eu gosto tanto da primeira foto dessa semana, uma afirmação de que há muito mais do que o concreto entre nós.
Usa: Colete? Urban Outfitters. Top? Hering. Saia? Julia Valle. Sapato? Ciao Mao. Clutch? Daniella Zylberstjain.
Qual a melhor ideia do look? Servir para uma reunião mais formal.
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Um comentário:
Conheçi o blog pela matéria da World Fashion e me encantei, passei horas lendo os seus posts. Adoro gente que prioriza qualidade e escreve com consistência e consciência....vc não é uma "maria vai com as outras"! Parabéns!
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