e muitos beijos de um 2011 transformador.
"Take care of the luxuries and the necessities will take care of themselves."
(Cuide dos luxos e as necessidades cuidarão de si mesmas)
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Feliz Natal!
gurias e guris, minha amiga Svetlana, que mora em Londres, me mandou essa árvore de Natal de John Galliano para o Claridge's.
Com essa imagem que prova do que a moda e seus deuses são capazes de fazer para transformar o nosso cotidiano em algo extraordinário, desejo a vocês um 11 espetacular. Como os desfiles de alta costura da Dior.
muito beijos e até breve!
Sissi
Com essa imagem que prova do que a moda e seus deuses são capazes de fazer para transformar o nosso cotidiano em algo extraordinário, desejo a vocês um 11 espetacular. Como os desfiles de alta costura da Dior.
muito beijos e até breve!
Sissi
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Vestidos de noiva para Kate Middleton
(meninas, queridas, obrigadas pelos comentários!)
É difícil dar a dimensão da loucura que é a relação da família real com seus súditos - ou eu deveria dizer dos súditos com a família real?
Concentrados no metrô, os passageiros lêem as últimas sobre o noivado – mesmo que, jornalisticamente falando, não haja notícia nenhuma.
Acho que a não-notícia favorita da minha irmã Mônica e minha é "irmã de Kate talvez quem saiba seja a madrinha principal, mas aos 26 anos ela está um pouco passadinha, não?".
Ãããã?
De qualquer forma, certas coisas valem a especulação.
Hoje o WWD (Women's Wear Daily), o jornal centenário e site diário americano que é considerado a bíblia da moda – e para o qual sou a correspondente no Brasil - deu na manchete os croquis de várias marcas e estilistas com sugestões de vestidos de noiva para Kate Middleton.
É uma aula de como cada um tem uma visão de mundo particular e a expressa por meio da roupa - e como cada um pensa diferente, ufa!
Eu me perguntei quem eu escolheria se fosse ela. Me ocorreu Burberry, pela tradição e "inglesidade" - e ao mesmo tempo porque Christopher Bailey injetou o século 21 nessa mistura, resumindo o que Londres é hoje no mundo. Um salto no passado, um salto no futuro e um mundo inteiro no meio daquelas ruas com prédios de tijolinho laranja queimadíssimo.
Aqui uns exemplos das ideias dos estilistas – com as suas respectivas justificativas.
(vocês não amam o anacronismo da monarquia?)
Nina Ricci: "leve como pluma, camadas de renda e organza... um vestido na medida de uma princesa"
Valentino: "um vestido 'florescendo', porque a vemos como uma nova Vênus de Botticelli"
Missoni: "tecidos preciosos com linhas limpas e contemporâneas para criar uma imagem eterna de graça e elegância"
Christian Lacroix: "algo velho como uma saia vitoriana; algo novo, como o patchwork; algo emprestado, como o véu da rainha Elizabeth; algo vermelho: um top elizabetano, cor das noivas até 1900." (historicista que é, lacroix envederou pela tradição do 'something old, something new, something borrowed, something red', um hábito dos casamentos anglicanos")
Karl Lagerfeld: "um vestido vitoriano com uma pegada nova – botas de cano longo e aberto na frente"
Jason Wu: "mix da opulência tradicional com uma estética muito limpa para uma princesa moderna." (escolhi porque ele se fez como escolha de michelle obama, lembram?)
J.Crew: "com tantas comparações à princesa Diana, o vestido deveria ser justamente o oposto: moderno, simples e elegante" (achei o máximo eles convidarem alguém do high street americano que tem uma divisão de vestidos de noiva)
Gucci: "linhas limpas, formas suaves e toques clássicos como o decote canoa e uma cauda distinta."
Chris Benz: "correr riscos com um espírito colorido e confiante é a nova cara da realeza." (sim, eu sei que chris benz não é relevante no cenário $$$, mas eu amo as proporções dele e o considero um grandissíssimo colorista)
É difícil dar a dimensão da loucura que é a relação da família real com seus súditos - ou eu deveria dizer dos súditos com a família real?
Concentrados no metrô, os passageiros lêem as últimas sobre o noivado – mesmo que, jornalisticamente falando, não haja notícia nenhuma.
Acho que a não-notícia favorita da minha irmã Mônica e minha é "irmã de Kate talvez quem saiba seja a madrinha principal, mas aos 26 anos ela está um pouco passadinha, não?".
Ãããã?
De qualquer forma, certas coisas valem a especulação.
Hoje o WWD (Women's Wear Daily), o jornal centenário e site diário americano que é considerado a bíblia da moda – e para o qual sou a correspondente no Brasil - deu na manchete os croquis de várias marcas e estilistas com sugestões de vestidos de noiva para Kate Middleton.
É uma aula de como cada um tem uma visão de mundo particular e a expressa por meio da roupa - e como cada um pensa diferente, ufa!
Eu me perguntei quem eu escolheria se fosse ela. Me ocorreu Burberry, pela tradição e "inglesidade" - e ao mesmo tempo porque Christopher Bailey injetou o século 21 nessa mistura, resumindo o que Londres é hoje no mundo. Um salto no passado, um salto no futuro e um mundo inteiro no meio daquelas ruas com prédios de tijolinho laranja queimadíssimo.
Aqui uns exemplos das ideias dos estilistas – com as suas respectivas justificativas.
(vocês não amam o anacronismo da monarquia?)
Nina Ricci: "leve como pluma, camadas de renda e organza... um vestido na medida de uma princesa"
Valentino: "um vestido 'florescendo', porque a vemos como uma nova Vênus de Botticelli"
Missoni: "tecidos preciosos com linhas limpas e contemporâneas para criar uma imagem eterna de graça e elegância"
Christian Lacroix: "algo velho como uma saia vitoriana; algo novo, como o patchwork; algo emprestado, como o véu da rainha Elizabeth; algo vermelho: um top elizabetano, cor das noivas até 1900." (historicista que é, lacroix envederou pela tradição do 'something old, something new, something borrowed, something red', um hábito dos casamentos anglicanos")
Karl Lagerfeld: "um vestido vitoriano com uma pegada nova – botas de cano longo e aberto na frente"
Jason Wu: "mix da opulência tradicional com uma estética muito limpa para uma princesa moderna." (escolhi porque ele se fez como escolha de michelle obama, lembram?)
J.Crew: "com tantas comparações à princesa Diana, o vestido deveria ser justamente o oposto: moderno, simples e elegante" (achei o máximo eles convidarem alguém do high street americano que tem uma divisão de vestidos de noiva)
Gucci: "linhas limpas, formas suaves e toques clássicos como o decote canoa e uma cauda distinta."
Chris Benz: "correr riscos com um espírito colorido e confiante é a nova cara da realeza." (sim, eu sei que chris benz não é relevante no cenário $$$, mas eu amo as proporções dele e o considero um grandissíssimo colorista)
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
O sentido real de hi-low
Soa como a redenção da consumidora plebeia o fato de Kate Middleton, a noiva-safira do príncipe William, ter escolhido duas etiquetas pop inglesas (Whistles e Reiss) sem a injeção de glamour das campanhas publicitárias para vestir nas fotografias oficiais com o futuro marido.
Kate disse tacitamente que classe não tem a ver com cifras de muitos zero (o anel de safira de Diana casou com brincos de três dígitos da Links of London).
E mais: as peças não estavam tinindo de novas, recém-saídas das araras. Uma blusa de seda tinha dois anos de uso.
Acima de tudo, à moda de Michelle Obama, Kate (ou algum stylist sensível) mostra que política se faz com roupa. Com a Inglaterra em crise, ela não ofende a população com roupas de preços ostensivos, mostra que é bom shop in your own closet e que é preciso apostar nas marcas locais. E a única peça caríssima do look, o anel de safiras, é herança.
É uma atitude hi - nobre - escolher o low. E uma prova de que o mais importante é ter um bom corte, um bom tecido e, se possível, uma boa ideia - no corpo e na hora certos. E, de preferência, em sintonia com o nosso tempo.
©Mario Testino
Kate disse tacitamente que classe não tem a ver com cifras de muitos zero (o anel de safira de Diana casou com brincos de três dígitos da Links of London).
E mais: as peças não estavam tinindo de novas, recém-saídas das araras. Uma blusa de seda tinha dois anos de uso.
Acima de tudo, à moda de Michelle Obama, Kate (ou algum stylist sensível) mostra que política se faz com roupa. Com a Inglaterra em crise, ela não ofende a população com roupas de preços ostensivos, mostra que é bom shop in your own closet e que é preciso apostar nas marcas locais. E a única peça caríssima do look, o anel de safiras, é herança.
É uma atitude hi - nobre - escolher o low. E uma prova de que o mais importante é ter um bom corte, um bom tecido e, se possível, uma boa ideia - no corpo e na hora certos. E, de preferência, em sintonia com o nosso tempo.
©Mario Testino
domingo, 12 de dezembro de 2010
René Gruau e a ilustração de moda
Pode ser a recente onda 50s na moda. Mas René Gruau, conde-ilustrador a quem se pode creditar a imagem clássica do new look, faz sentido hoje como fez ontem, quando seu traço elegante, sinuoso e mínimo (com saturação irresistível de cores) deu graça às principais revistas de moda do mundo, à publicidade (dos perfumes Dior a biscoitos) e às capas da International Textiles, uma revista do métier, por quatro décadas.
Gruau não só reapareceu nos lenços Dior e na reedição recente das publicidades dos perfumes da marca, mas Londres agora está repleta da sua dose de chiquetê. Três exposições exibem os trabalhos dele – duas delas, 100% dedicadas a ele. Uma, das ilustrações para a Dior, no Somerset House. Oiutra na Fashion Illustration Gallery.
International Textiles, n.341/2, 1961
International Textiles, n.318, 1961
O que o súbito interesse diz sobre o nosso tempo? Queremos, de novo, ser uma versão melhor de nós mesmas? Eu não me incomodaria de ter os braços e pernas de quilômetros, por exemplo, como as mulheres idealizadas de Gruau – considerado o maior do século 20 e com um herdeiro estético à altura: David Downton. É disso que estamos atrás: uma saída pela direita do cotidiano e do rame-rame? Mais poesia, mais imagem sintética do nosso tempo, e menos "compre esse sapato dessa foto desse editorial"?
Organizada no Design Museum, uma retrospectiva da ilustração de moda no século 20 aponta o uso do traço sempre que a necessidade da fantasia falou mais alto (em oposição ao tempo em que a ilustração tinha de mimetizar todos os detalhes da roupa, fazendo as vezes da foto). Nos anos 1910, Georges Lepape fazia os desenhos de Paul Poiret – e hoje um pochoir da Gazette de Bon Ton é coisa para colecionador. Passear pelos desenhos de Lepape, Christian Bérard, René Gruau, Antonio até chegar a Mats Gustafson &co. não é apenas ver como a roupa mudou e sim a percepção do feminino e da cultura de cada época.
Gustafson é de hoje, assim como François Berthoud e Aurore de la Morinerie. As revistas pouco usam os ilustradores agora para fazer editoriais. Talvez quem se aproprie melhor da linguagem seja a Vogue Japão, que não tem o menor pudor em estampar um editorial aquarelado de Gustafson mais preocupada que está em registrar a imagem de um tempo do que o suéter Prada que bem pode aparecer em still aqui e ali.
Os anunciantes são mais generosos. Nordstrom, rede americana de lojas, comemora 10 anos de parceria com Ruben Toledo com um livro de ilustrações. Toledo é casado com a estilista Isabel Toledo e estampa seu traço nos livros da editora de moda Nina Garcia.
"A ilustração é algo ao mesmo tempo sofisticado e simples, atraente e acessível a qualquer público", me disse William Ling no nosso encontro na Fashion Illustration Gallery. Ling é casado com a ilustradora Tanya Ling, uma moça cujo traço revela que ela vê beleza além do padrão e tem uma relação de amor e ódio com a moda - como qualquer ser humano de bom senso. William deixou de ser professor para criar, em 2007, essa que há de ser a única galeria especializada no gênero.
Num golpe de sorte, ele recebeu um telefonema de herdeiros da família que publicou a International Textiles oferecendo os desenhos para as capas assinados por René Gruau. William selecionou um dezena e os originais estão à venda por valores que oscilam entre 7 mil e 12 mil libras.
"O mercado de ilustração está em alta", diz. As obras são mais baratas do que um trabalho "clássico" de arte. E o tempo deu conta do resto: colocou o traço no seu devido lugar.
Sobre essas e outras coisinhas William e eu gastamos quase duas horas de conversa. Aqui, um resumo do resumo.
Qual o valor dessas obras de René Gruau?
Primeiro, são originais. Você pode ver o sentido em que o pincel deslizou no papel e, com sorte, até o esboço a lápis do desenho. Segundo, é a primeira vez que se colocam à venda as capas feitas para a International Textiles. Gruau era um gênio da arte gráfica, da composição com cores e cortes, e não apenas um brilhante criador de imagens de moda.
É fácil encontrar trabalhos dele?
Ele está recebendo um merecido reconhecimento e há um trabalho de garimpo a ser feito. Não sabemos exatamente o que está por aí. Mas fato é que agora é uma boa hora para investir nele. Daqui para frente, a oferta vai ficar mais rarefeita.
Por que o trabalho dele é bom?
As mulheres são chics e, mesmo depois de cinco décadas, continuamos achando que elas são lindas. É a visão de um artista que se mostra poderosa além da passagem do tempo.
Você fala da marca do pincel e do lápis sobre o papel. A ilustração a mão tem mais peso do que a hi-tech, feita no computador?
Sim e não. Represento, por exemplo, Jason Brooks, um ilustrador que conseguiu chegar a um patamar de excelência fazendo ilustração digital. O trabalho parece uma pintura. Mas, no geral, tenho uma queda pelos trabalhos ilustrados a mão.
Que sentido faz hoje usar ilustração em revistas de moda?
É uma forma diferente de falar sobre o novo. E é algo que emociona, que toca as pessoas. Mas as revistas comissionam pouco se comparado à publicidade - dizem que porque não vende tanto quanto uma foto. Mas Cate Blanchett ilustrada por David Downton na capa da Vogue Austrália vendeu muto bem.
Vogue Austrália, por David Downton: original à venda na Fashion Illustration Gallery
Karl Lagerfeld e Alber Elbaz têm ilustrações ma-ra-vi-lho-sas. Você já considerou montar uma exposição com o trabalho deles?
Adoraria! Você me dá o telefone deles?
Gruau não só reapareceu nos lenços Dior e na reedição recente das publicidades dos perfumes da marca, mas Londres agora está repleta da sua dose de chiquetê. Três exposições exibem os trabalhos dele – duas delas, 100% dedicadas a ele. Uma, das ilustrações para a Dior, no Somerset House. Oiutra na Fashion Illustration Gallery.
International Textiles, n.341/2, 1961
International Textiles, n.318, 1961
O que o súbito interesse diz sobre o nosso tempo? Queremos, de novo, ser uma versão melhor de nós mesmas? Eu não me incomodaria de ter os braços e pernas de quilômetros, por exemplo, como as mulheres idealizadas de Gruau – considerado o maior do século 20 e com um herdeiro estético à altura: David Downton. É disso que estamos atrás: uma saída pela direita do cotidiano e do rame-rame? Mais poesia, mais imagem sintética do nosso tempo, e menos "compre esse sapato dessa foto desse editorial"?
Organizada no Design Museum, uma retrospectiva da ilustração de moda no século 20 aponta o uso do traço sempre que a necessidade da fantasia falou mais alto (em oposição ao tempo em que a ilustração tinha de mimetizar todos os detalhes da roupa, fazendo as vezes da foto). Nos anos 1910, Georges Lepape fazia os desenhos de Paul Poiret – e hoje um pochoir da Gazette de Bon Ton é coisa para colecionador. Passear pelos desenhos de Lepape, Christian Bérard, René Gruau, Antonio até chegar a Mats Gustafson &co. não é apenas ver como a roupa mudou e sim a percepção do feminino e da cultura de cada época.
Drawing Fashion from Design Museum on Vimeo.
Gustafson é de hoje, assim como François Berthoud e Aurore de la Morinerie. As revistas pouco usam os ilustradores agora para fazer editoriais. Talvez quem se aproprie melhor da linguagem seja a Vogue Japão, que não tem o menor pudor em estampar um editorial aquarelado de Gustafson mais preocupada que está em registrar a imagem de um tempo do que o suéter Prada que bem pode aparecer em still aqui e ali.
Os anunciantes são mais generosos. Nordstrom, rede americana de lojas, comemora 10 anos de parceria com Ruben Toledo com um livro de ilustrações. Toledo é casado com a estilista Isabel Toledo e estampa seu traço nos livros da editora de moda Nina Garcia.
"A ilustração é algo ao mesmo tempo sofisticado e simples, atraente e acessível a qualquer público", me disse William Ling no nosso encontro na Fashion Illustration Gallery. Ling é casado com a ilustradora Tanya Ling, uma moça cujo traço revela que ela vê beleza além do padrão e tem uma relação de amor e ódio com a moda - como qualquer ser humano de bom senso. William deixou de ser professor para criar, em 2007, essa que há de ser a única galeria especializada no gênero.
Num golpe de sorte, ele recebeu um telefonema de herdeiros da família que publicou a International Textiles oferecendo os desenhos para as capas assinados por René Gruau. William selecionou um dezena e os originais estão à venda por valores que oscilam entre 7 mil e 12 mil libras.
"O mercado de ilustração está em alta", diz. As obras são mais baratas do que um trabalho "clássico" de arte. E o tempo deu conta do resto: colocou o traço no seu devido lugar.
Sobre essas e outras coisinhas William e eu gastamos quase duas horas de conversa. Aqui, um resumo do resumo.
Qual o valor dessas obras de René Gruau?
Primeiro, são originais. Você pode ver o sentido em que o pincel deslizou no papel e, com sorte, até o esboço a lápis do desenho. Segundo, é a primeira vez que se colocam à venda as capas feitas para a International Textiles. Gruau era um gênio da arte gráfica, da composição com cores e cortes, e não apenas um brilhante criador de imagens de moda.
É fácil encontrar trabalhos dele?
Ele está recebendo um merecido reconhecimento e há um trabalho de garimpo a ser feito. Não sabemos exatamente o que está por aí. Mas fato é que agora é uma boa hora para investir nele. Daqui para frente, a oferta vai ficar mais rarefeita.
Por que o trabalho dele é bom?
As mulheres são chics e, mesmo depois de cinco décadas, continuamos achando que elas são lindas. É a visão de um artista que se mostra poderosa além da passagem do tempo.
Você fala da marca do pincel e do lápis sobre o papel. A ilustração a mão tem mais peso do que a hi-tech, feita no computador?
Sim e não. Represento, por exemplo, Jason Brooks, um ilustrador que conseguiu chegar a um patamar de excelência fazendo ilustração digital. O trabalho parece uma pintura. Mas, no geral, tenho uma queda pelos trabalhos ilustrados a mão.
Que sentido faz hoje usar ilustração em revistas de moda?
É uma forma diferente de falar sobre o novo. E é algo que emociona, que toca as pessoas. Mas as revistas comissionam pouco se comparado à publicidade - dizem que porque não vende tanto quanto uma foto. Mas Cate Blanchett ilustrada por David Downton na capa da Vogue Austrália vendeu muto bem.
Vogue Austrália, por David Downton: original à venda na Fashion Illustration Gallery
Karl Lagerfeld e Alber Elbaz têm ilustrações ma-ra-vi-lho-sas. Você já considerou montar uma exposição com o trabalho deles?
Adoraria! Você me dá o telefone deles?
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