Desenvolvi uma (saudável) obsessão pelas fotos do inglês Norman Parkinson.
'Parks' prestou alguns bem-vindos serviços à moda. Quando começou a fotografar editoriais para a Harper's Bazaar, em meados da década de 1930, suas cenas improváveis, sua naturalidade e seu jeito espontâneo de enxergar acabarm com a visão de glamour e beleza certinha, boneca de cera, imóvel.
Parks fez Vogue inglesa e americana nas décadas seguintes – é da opinião de muitos que clicou as capas mais chics dos anos 1950.
Mas foi retratista da nobreza, fosse ela real (Rainha Elizabeth & co), roqueira (Beatles), cinematográfica (Marlene Dietrich, Audrey Hepburn) ou intelectual (Noel Coward), modal (Twiggy, Jean Shrimpton, Marisa Berenson).
Ei-lo:
Adele Collins, Vogue 1955
Marisa Berenson, 1966
Audrey Hepburn, 1955
Wenda Parkinson, 1950
Wenda Parkinson, 1950
Wenda Parkinson, 1950
Wenda Rogerson (depois Parkinson) e B. Goalen, Vogue 1949
The Beatles, 1964
Duquesa de Sevilha, 1981
domingo, 31 de maio de 2009
COMO SAIR ÀS RUAS COM ESTILO perfecto sobre vestidos
Sissi, tenho uma dúvida: a perfecto funciona mesmo por cima de longos de festa? Já vi várias fashionistas usando assim e gostaria de saber se faria feio na minha formatura da facul (vai ser em agosto e quero algo pra me proteger ao chegar e sair da festa). Me ajuda? rs Bjos
Nfuzaro, pelo blog
Querida,
Nada mais desobediência modal do que isso (vale também para as jaquetas aviador).
Dá pra fazer choque de cores, dá para 'amaciar' um vestido estampado, dá para ir total black ou total white.
E não precisa ser só sobre longo. Sobre cocktail dresses, elas caem como uma luva de couro. Necessárias para não levar a formalidade à sério...
Veja os jeitos que apareceram por aí.
Kate Moss na Topshop: sobre organza e com plataforma meia-pata.
Rag & Bone, pré-inverno 2009: de moletom e com sapatilhas (para Helena!)
Julie Gilhart, da Barneys, em Paris para o verão 2009: sobre estampa e com sandálias finas.
2nd Floor, inverno 2009: sobre vestido New Look e com tutus.
Nfuzaro, pelo blog
Querida,
Nada mais desobediência modal do que isso (vale também para as jaquetas aviador).
Dá pra fazer choque de cores, dá para 'amaciar' um vestido estampado, dá para ir total black ou total white.
E não precisa ser só sobre longo. Sobre cocktail dresses, elas caem como uma luva de couro. Necessárias para não levar a formalidade à sério...
Veja os jeitos que apareceram por aí.
Kate Moss na Topshop: sobre organza e com plataforma meia-pata.
Rag & Bone, pré-inverno 2009: de moletom e com sapatilhas (para Helena!)
Julie Gilhart, da Barneys, em Paris para o verão 2009: sobre estampa e com sandálias finas.
2nd Floor, inverno 2009: sobre vestido New Look e com tutus.
MODERNA NO ATO meia texturizada
ps.
por alguma razão, eu deletei os blogs de moda da minha barra à direita. aos poucos, vou recuperando a família!
desculpem-me, amigos!
beijos
desculpem-me, amigos!
beijos
sábado, 30 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
DESOBEDIÊNCIA MODAL suéter e saia longa
quinta-feira, 28 de maio de 2009
CASA DE CRIADORES cobertura
Gente, blogs amigos e eu estamos nos revezando numa cobertura democrática e caleidoscópia aqui, no site da Nivea.
Clique em 'eleitos dos blogueiros' e no perfil para saber quem somos nós!
Clique em 'eleitos dos blogueiros' e no perfil para saber quem somos nós!
LONGA VIDA perfecto
Giles, verão 09
Mulberry, verão 09
A ideia clássica é jogar sobre a camiseta e usar com jeans destruído, como se você fosse um eterno Marlon Brando.
Mas nem todo mundo quer entrar para a tribo dos selvagens da motocicleta.
E a perfecto, como todo bom clássico, se presta a isso. Para se renovar, ela aceita convites de vestidinhos justos ou românticos. É o que eles precisam para dizer que a moça não é tola – cuidado! Ela pode ser selvagem e perigosa.
ps. preta todo mundo tem. por que não branca? A Veronique Branquinho fez e sugeriu usar com saia cigana amarela. A TNG desfilou uma de couro, mas ela não chegou às lojas. "Ela não foi produzida comercialmente por uma questão de custo final ao consumidor", explica Flávia Antunes, gerente de marketing da marca.
TNG, inverno 09: uma pena que a jaqueta tenha tido só 5 minutos de fama na passarela!
Mulberry, verão 09
A ideia clássica é jogar sobre a camiseta e usar com jeans destruído, como se você fosse um eterno Marlon Brando.
Mas nem todo mundo quer entrar para a tribo dos selvagens da motocicleta.
E a perfecto, como todo bom clássico, se presta a isso. Para se renovar, ela aceita convites de vestidinhos justos ou românticos. É o que eles precisam para dizer que a moça não é tola – cuidado! Ela pode ser selvagem e perigosa.
ps. preta todo mundo tem. por que não branca? A Veronique Branquinho fez e sugeriu usar com saia cigana amarela. A TNG desfilou uma de couro, mas ela não chegou às lojas. "Ela não foi produzida comercialmente por uma questão de custo final ao consumidor", explica Flávia Antunes, gerente de marketing da marca.
TNG, inverno 09: uma pena que a jaqueta tenha tido só 5 minutos de fama na passarela!
terça-feira, 26 de maio de 2009
PARANÁ BUSINESS COLLECTION - dia 01 - boa ideia
Estou em Curitiba para acompanhar apenas dois dos sete dias de desfiles de marcas locais. O Estado têm polos de jeans e de tricô – confecções que produzem peças para marcas de São Paulo e do Rio – e alguns estilistas-sobreviventes. É bom sair do quadrado e ver as tentativas de produzir algo com assinatura própria. Leva tempo, mas é preciso começar de algum lugar.
Como 'ir às compras' soa demodé, no lugar de fazer uma shopping list, vou indicar as boas ideias da passarela. Você investe naquilo que vai de fato fazer diferença no seu closet.
BOA IDEIA: COCKTAIL DRESS DE TRICÔ
Cocktail dress de tricô, Lafort, verão 09, preço estimado entre R$ 400 e R$ 500., nas lojas em agosto.
Sempre achei que Brasil e cocktail dresses – por que não vestidos de coquetel ou, melhor, vestidos de caipirinha? – combinam muito. Especialmente no verão. É tudo leve e informal, o país e o vestido. Mas nunca tinha me ocorrido vestir tricô, sempre mais espírito preguiça do que festa.
Então, foi uma boa nova ver esse modelo da Lafort, uma malharia aberta em Curitiba em 1963 e que produz para Osklen, Animale, Daslu, Mara Mac. "A ideia é usar mesmo na festa", me disse a dona e manda-chuva do tricô da marca, Irit Czerny.
Inspirado na Missoni (alguns dos looks inpirados demais), o vestido é feito com quatro tipos de fios, entre eles um metalizado, um tingido e um de viscose. Gosto desse efeito zebra discretíssima e do trabalho de drapê (tricô é o tipo de trabalho que merece ser muito, muito explorado ainda). No desfile, ficou esse efeito P&B, mas da linha de produção sairão também versões azul e marrom com dourado.
Não é exatamente uma peça democrática. Serve se você é tall, (not necessarily) tanned, young and lovely. Com as onipresentes sandálias pesadas.
E com uma carteira feita de tururi ou de couro de peixe (estive em Belém investigando o trabalho de designers de lá e ainda falta falar disso).
Tipo glamour-floresta.
Lafort, www.lafort.com.br. Rua 24 de Maio, 1550, (41) 3111 1402, ou Park Shopping Barigui, (41) 3317 6180.
ps. pergunto a Irit se ela de fato vê as curitibanas, sempre apaixonadas por pedrarias e cetins encorpados na festa, vestidas assim (gente, sou daqui, sei como era). "Elas mudaram muito. Deixaram de ser peruas demais e estão mais arrojadas", garante a moça. To be seen no próximo coquetel. Tim-tim!
Como 'ir às compras' soa demodé, no lugar de fazer uma shopping list, vou indicar as boas ideias da passarela. Você investe naquilo que vai de fato fazer diferença no seu closet.
BOA IDEIA: COCKTAIL DRESS DE TRICÔ
Cocktail dress de tricô, Lafort, verão 09, preço estimado entre R$ 400 e R$ 500., nas lojas em agosto.
Sempre achei que Brasil e cocktail dresses – por que não vestidos de coquetel ou, melhor, vestidos de caipirinha? – combinam muito. Especialmente no verão. É tudo leve e informal, o país e o vestido. Mas nunca tinha me ocorrido vestir tricô, sempre mais espírito preguiça do que festa.
Então, foi uma boa nova ver esse modelo da Lafort, uma malharia aberta em Curitiba em 1963 e que produz para Osklen, Animale, Daslu, Mara Mac. "A ideia é usar mesmo na festa", me disse a dona e manda-chuva do tricô da marca, Irit Czerny.
Inspirado na Missoni (alguns dos looks inpirados demais), o vestido é feito com quatro tipos de fios, entre eles um metalizado, um tingido e um de viscose. Gosto desse efeito zebra discretíssima e do trabalho de drapê (tricô é o tipo de trabalho que merece ser muito, muito explorado ainda). No desfile, ficou esse efeito P&B, mas da linha de produção sairão também versões azul e marrom com dourado.
Não é exatamente uma peça democrática. Serve se você é tall, (not necessarily) tanned, young and lovely. Com as onipresentes sandálias pesadas.
E com uma carteira feita de tururi ou de couro de peixe (estive em Belém investigando o trabalho de designers de lá e ainda falta falar disso).
Tipo glamour-floresta.
Lafort, www.lafort.com.br. Rua 24 de Maio, 1550, (41) 3111 1402, ou Park Shopping Barigui, (41) 3317 6180.
ps. pergunto a Irit se ela de fato vê as curitibanas, sempre apaixonadas por pedrarias e cetins encorpados na festa, vestidas assim (gente, sou daqui, sei como era). "Elas mudaram muito. Deixaram de ser peruas demais e estão mais arrojadas", garante a moça. To be seen no próximo coquetel. Tim-tim!
sábado, 23 de maio de 2009
INSTANT GLAM sapatos rendados
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Sessões YSL
Gente, eu vou deixar essa programação na barra ao lado, mas por ora eu quero muito jogar os holofotes sobre o Cine MuBE - Aliança Francesa, espaço de cinema no Museu Brasileiro da Escultura aberto em março.
Tudo se encaixa perfeitamente como uma saharienne e estampas de onça à YSL: é o Ano do Brasil na França, YSL se fuè e inspira todas as coleções do universo e a moda vai para a telona.
Programe-se:
Histórias de Elle (Histoires d'Elle/França, 2005). Documentário de David Teboul sobre a revista francesa que veio como um New Look para a moda – sessenta anos de otimismo e aquele je ne sais quoi...
Quando? Amanhã (sábado), às 20h.
Yves Saint Laurent 5, Avenue Marceu 75116 Paris (França, 2002). David Teboul – de novo, alguém pode trazer o diretora para cá para uma mesa redonda, por favor? – abre as portas do ateliê, onde hoje funciona a Fundação Pierre Bergè - YSL.
Quando? 13jun, 20h.
Yves Saint Laurent - O tempo redescoberto (Yves Saint Laurent, le temps retrouvé/ França, 2002). David Teboul – de novo, e não dá vontade de ouvir as histórias de bastidores das realizações de tantos filmes-fashion? – traça um perfil do estilista, desde a infância feliz na Algéria até perto do fim. Uma aulda sobre o impacto do gênio no nosso jeito de vestir.
Quando? 27jun, 20h.
Onde? “Cine Clube MuBE - Aliança Francesa”
Auditório Pedro Piva (192 lugares)
Rua Alemanha, 221, Jardim Europa
Informações: (11) 2594-2601
Entrada Gratuita
Acesso para pessoas com deficiência, serviço de manobristas e restaurante no local!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
MÁXIMA DO DIA Christian Dior
"Não é dinheiro que faz você ser bem-vestida. É conhecimento."
ps. dedicada às queridas da Oficina de Estilo, que, ao contrário do Silvio Santos que espalha dinheiro, multiplicam conhecimento.
ps. dedicada às queridas da Oficina de Estilo, que, ao contrário do Silvio Santos que espalha dinheiro, multiplicam conhecimento.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
ROUPAS DO OFÍCIO quinta-feira de terno cinza
É NOVO mocassim de salto alto
Isaac Mizrahi, pré-inverno 09
Alexander McQueen, pré-inverno 09
Depois da febre dos oxfords, derbis, wingtips – mmmm – o novo sapato masculino para o nosso inverno é o mocassim, devidamente 'subido' no salto.
É um meio termo para quem não pisa fundo no lado masculino do closet – dá para encarar como um escarpim mais fechado.
(irresistível com as meias de lã argyle, McQueen, análise combinatória proibida para um escarpim)
Alexander McQueen, pré-inverno 09
Depois da febre dos oxfords, derbis, wingtips – mmmm – o novo sapato masculino para o nosso inverno é o mocassim, devidamente 'subido' no salto.
É um meio termo para quem não pisa fundo no lado masculino do closet – dá para encarar como um escarpim mais fechado.
(irresistível com as meias de lã argyle, McQueen, análise combinatória proibida para um escarpim)
terça-feira, 19 de maio de 2009
COM QUE ROUPA? moda para baixinhas
Sissi,
Onde posso encontrar dicas de moda para baixinhas, não muito de bem com a balança. Explico: tenho 1,56 e estou acima do peso. Resultado de dois filhos abençoados, com diferença de 1 ano e 8 meses. Confesso tb que não sou das mais vaidosas, tenho que estar inspirada para me arrumar. Gosto de um salto, mas nada muito glamuroso. Sou muito básica - jeans e blusas mais soltas. Por causa do pesinho a mais não uso roupas muito justas. Outra coisa que apavora meu marido - não uso saia, não gosto. Outra coisa que sinto que preciso mudar é o uso do preto. Adoro um pretinho.
Fa E., de Ponta Grossa, Paraná, por email
Fa, e não é que a vida pode ser difícil se você não é Gisele?
A primeira coisa que eu respondo é não tente seguir a moda. Faça com que ela siga você.
Segundo: o objetivo principal para gordinhas e baixinhas é alongar e afinar a silhueta usando truques básicos, vulgo ilusionismo!
O que funciona:
1. Usar looks monocromáticos. Uma cor da cabeça aos pés faz os olhos viajarem da cabeça aos pés, numa linha vertical, sem interrupção. Ou seja, você vai parecer mais alta. Você ama pretinho porque é fácil, mas pode tentar outras cores escuras – estou numa fase de amor eterno (daqueles contrasensos básicos da moda) com o marinho, que é um gentleman para muitos tons de pele (o preto, em oposição, costuma ser mais punk).
2. Contar com as estampas miúdas. A vida não precisa ser um velório só porque você não está com o corpo que pediu à deusa Gisele. Estampas miúdas são bem-vindas para dar vida ao seu closet. Cuidado com as maxiflores, os maxixadrezes, as maxilistras: tudo isso vai fazer você ficar maximaior!
3. Eleger tecidos fluidos. É importante criar movimento para não parecer que você é uma barrinha de diamante negro.
4. Fugir dos saltos altíssimos. Tem gente que corre para o salto 10 para ficar com um metro e meio. Não faça isso: um salto altíssimo só vai reforçar o seu complexo de ser baixinha e mostrar para o mundo que você de fato tem um problema com a sua altura. E pior: os saltos agulha fazem as gordinhas virarem azeitonas num palito. Ou seja: suba num salto médio e diga que você está em paz com a sua natureza - só quer dar uma up de uns seis centímetros nela...
5. Mergulhar no decote V. É a oitava maravilha do mundo para qualquer tipo de corpo. Cria uma linha vertical (de novo o alongamento), é sexy, é feminino.
6. Cobrir-se com as mangas. Das compridas até a altura um pouco acima dos cotovelos, elas garantem que você passe no teste do 'tchau'.
7. Acinturar paletós e casacos. No lugar de peças masculinas, que caem reto, escolha modelos de paletó que criem uma cinturinha. Isso vai dar um corpo ampulheta para você.
8. Alongue o top. Túnicas, camisas, cardigãs que caem abaixo da linha da cintura e chegam aos quadris escondem a barriguinha.
O que não funciona:
1. Alfaiataria rígida. Passe longe das peças bem retas, quase robóticas de tão bem cortadas a laser. Prefira calças com caimento mais suave, versões mais femininas da alfaiataria clássica.
2. Horizontais. Você precisa de peças que alonguem, não que alarguem.
3. Calças pregueadas. (sem comentários).
4. Calças curtas. (idem).
5. Fofices. Lacinhos, babadinhos, cor-de-rosa bebê fazem seus 1,56 m parecer altura de garotinha. Aja e se vista como uma mulher!
Isso é tipo manual básico de sobrevivência na hora das compras. Como você está em Ponta Grossa e a oferta de moda, imagino, é mais limitada, corra para um site novo feito por grupo de amigas competentésimas em moda: OQVestir.
É um site de e-commerce em que as peças da moda aparecem já indicadas para o seu tipo físico. Tudo bem combinado com o olhar da editora de moda Jussara Romão, minha ex-colega de ELLE e atual companheira de projetos como a Revista da Renner.
Jussara & companhia vão fazer você sair do pretinho básico e ser feliz e fashion com 1,56 m e acima do peso.
É isso!
beijos,
Sissi
ps. deixa de bobagem com saia! Invista urgente num wrap dress, ou vestido cache-coeur, ou vestido transpassado. Ele é fluido, faz o decote V e é facílimo de usar. Saiba mais na minha entrevista com Diane Von Furstenberg, a inventora do wrap dress na década de 70, na revista Estilo de junho.
Onde posso encontrar dicas de moda para baixinhas, não muito de bem com a balança. Explico: tenho 1,56 e estou acima do peso. Resultado de dois filhos abençoados, com diferença de 1 ano e 8 meses. Confesso tb que não sou das mais vaidosas, tenho que estar inspirada para me arrumar. Gosto de um salto, mas nada muito glamuroso. Sou muito básica - jeans e blusas mais soltas. Por causa do pesinho a mais não uso roupas muito justas. Outra coisa que apavora meu marido - não uso saia, não gosto. Outra coisa que sinto que preciso mudar é o uso do preto. Adoro um pretinho.
Fa E., de Ponta Grossa, Paraná, por email
Fa, e não é que a vida pode ser difícil se você não é Gisele?
A primeira coisa que eu respondo é não tente seguir a moda. Faça com que ela siga você.
Segundo: o objetivo principal para gordinhas e baixinhas é alongar e afinar a silhueta usando truques básicos, vulgo ilusionismo!
O que funciona:
1. Usar looks monocromáticos. Uma cor da cabeça aos pés faz os olhos viajarem da cabeça aos pés, numa linha vertical, sem interrupção. Ou seja, você vai parecer mais alta. Você ama pretinho porque é fácil, mas pode tentar outras cores escuras – estou numa fase de amor eterno (daqueles contrasensos básicos da moda) com o marinho, que é um gentleman para muitos tons de pele (o preto, em oposição, costuma ser mais punk).
2. Contar com as estampas miúdas. A vida não precisa ser um velório só porque você não está com o corpo que pediu à deusa Gisele. Estampas miúdas são bem-vindas para dar vida ao seu closet. Cuidado com as maxiflores, os maxixadrezes, as maxilistras: tudo isso vai fazer você ficar maximaior!
3. Eleger tecidos fluidos. É importante criar movimento para não parecer que você é uma barrinha de diamante negro.
4. Fugir dos saltos altíssimos. Tem gente que corre para o salto 10 para ficar com um metro e meio. Não faça isso: um salto altíssimo só vai reforçar o seu complexo de ser baixinha e mostrar para o mundo que você de fato tem um problema com a sua altura. E pior: os saltos agulha fazem as gordinhas virarem azeitonas num palito. Ou seja: suba num salto médio e diga que você está em paz com a sua natureza - só quer dar uma up de uns seis centímetros nela...
5. Mergulhar no decote V. É a oitava maravilha do mundo para qualquer tipo de corpo. Cria uma linha vertical (de novo o alongamento), é sexy, é feminino.
6. Cobrir-se com as mangas. Das compridas até a altura um pouco acima dos cotovelos, elas garantem que você passe no teste do 'tchau'.
7. Acinturar paletós e casacos. No lugar de peças masculinas, que caem reto, escolha modelos de paletó que criem uma cinturinha. Isso vai dar um corpo ampulheta para você.
8. Alongue o top. Túnicas, camisas, cardigãs que caem abaixo da linha da cintura e chegam aos quadris escondem a barriguinha.
O que não funciona:
1. Alfaiataria rígida. Passe longe das peças bem retas, quase robóticas de tão bem cortadas a laser. Prefira calças com caimento mais suave, versões mais femininas da alfaiataria clássica.
2. Horizontais. Você precisa de peças que alonguem, não que alarguem.
3. Calças pregueadas. (sem comentários).
4. Calças curtas. (idem).
5. Fofices. Lacinhos, babadinhos, cor-de-rosa bebê fazem seus 1,56 m parecer altura de garotinha. Aja e se vista como uma mulher!
Isso é tipo manual básico de sobrevivência na hora das compras. Como você está em Ponta Grossa e a oferta de moda, imagino, é mais limitada, corra para um site novo feito por grupo de amigas competentésimas em moda: OQVestir.
É um site de e-commerce em que as peças da moda aparecem já indicadas para o seu tipo físico. Tudo bem combinado com o olhar da editora de moda Jussara Romão, minha ex-colega de ELLE e atual companheira de projetos como a Revista da Renner.
Jussara & companhia vão fazer você sair do pretinho básico e ser feliz e fashion com 1,56 m e acima do peso.
É isso!
beijos,
Sissi
ps. deixa de bobagem com saia! Invista urgente num wrap dress, ou vestido cache-coeur, ou vestido transpassado. Ele é fluido, faz o decote V e é facílimo de usar. Saiba mais na minha entrevista com Diane Von Furstenberg, a inventora do wrap dress na década de 70, na revista Estilo de junho.
ROUPAS DO OFÍCIO quarta-feira de míni e camisa 60s
terça-feira, 12 de maio de 2009
COMO SAIR ÀS RUAS COM ESTILO a escolha do skinny
Então, a skinny excede de novo. Desta vez, combinada com paletós hussardos, ombros marcados, botas extrajustas e extra longas e extra-altas.
O efeito é de segunda pele. Meias praticamente.
Mas a pergunta é como escolher o jeans-meia certo?
"Há skinnies e skinnies", esclareceu Tito Bessa, da TNG, numa entrevista de uma matéria que fiz para a Revista Moda, da Folha de São Paulo.
Mmmmm.
O segredo está em duas características: o elastano (vulgo estica-e-gruda) e a modelagem.
Na categoria skinnies recomendáveis, a dose de elastano misturada ao algodão não ultrapassa a linha do que é considerado bom gosto. Ou seja, não ficamos com a aparência de 'embalada a vácuo". A Ellus controla o efeito elástico – na linguagem do métier, "as skinnys têm um percentual pequeno de power", diz Adriana Bozon. A Calvin Klein delimita a oferta até o tamanho 42 para evitar que as fora-de-forma tentem entrar numa superkinny.
No quesito modelagem, preste atenção se a skinny faz parte da linha roqueira (primeira geração Mick Jagger, segunda geração punks, terceira geração Kate, as in Moss). Ela é, por definição, andrógina.
Atente para:
1. Cós baixo.
2. Bolsos da trás maiores e costurados mais para baixo.
3. Costuras laterais (da cintura ao tornozelo) são simétricas. Ou seja, dividem a parte da frente a de trás do corpo em partes iguais. "O objetivo é evitar o look 'popozuda' ", diz Cristiane Ruiz, da Calvin Klein.
Em oposição, as skinnies a la Gang tem o espírito calça de ginástica. A dose de elastano é extra, extra, extra. Os bolsos, menores, são costurados mais para perto do cós. E as costuras laterais são jogadas mais para a frente do corpo. Tudo para que o bumbum fique mais aparecido como o de Jennifer Lopez. Ou, como diz o marketing da marca carioca de Alcyr Amorim, "faz qualquer traseiro parecer grande e mais redondo".
A não ser que esse seja seu objetivo na vida...
quarta-feira, 6 de maio de 2009
10 MANDAMENTOS PARA COMPRAR VINTAGE por Abigail K. Rutherford, diretora de vintage couture e acessórios da Leslie Hindman Auctioneers
Abigail K. Rutherford no closet lotado de vintage, em Chicago: expert em tesouros escondidos nos rincões dos Estados Unidos. (foto: Nicole Radja, TimeOut)
Há algo de novo no ar. E não tem cheiro de mofo. Uma nova onda de interesse pelo vintage, com V maiúsculo, está extrapolando o tapete vermelho – culpe a crise, se quiser, e sua capacidade de nos fazer focar no que é bom, em oposição ao que é novidade.
Veja no fim desse post os sinais da preferência por algo excepcional, exclusivo, com valor de obra de arte. São os looks que apareceram na festa que está se tornando a maior passarela de Nova York: o baile anual do Metropolitan Museum, marco da abertura da exposição de verão do Costume Institute, braço do museu criado por Diana Vreeland dedicado à moda. (a expo desse ano é Model as a Muse. Veja na barra ao lado).
Por essas e outras é que nos últimos anos, casas de leilão se transformaram no ultimate shopping space para as fashionistas. Sobre isso eu escrevi uma matéria para a Vogue de maio – leia e atualize seu closet.
Entre as minhas fontes está Abigail K. Rutherford, 27 anos, formada em História da Arte e com flerte, sem compromisso, em pós em Moda. Desde 2006 ela toca a área de Vintage Couture e Acessories da casa de leilão Leslie Hindman, uma das poucas nos Estados Unidos a focar muito em moda. Leslie Hindman se dedica principalmente aos estilistas norte-americanos – Roy Halston, James Galanos, Norman Norell. O que não significa excluir todos os outros estilistas do planeta moda.
A função de Abigail é encontrar esses tesouros perdidos nos armários de socialites Estados Unidos afora. Numa cidadezinha do Michigan, Abigail encontrou Paul Poiret e Irmãs Callot, ambos gigantes da era pré-Chanel. "Ninguém imagina existir um acervo tão cosmopolita num lugar tão remoto, mas essa senhora viajava todo ano para Paris para refazer o guarda-roupa", conta Abigail.
No que investir? O que avaliar? Como usar? O que reformar? Essas e outras perguntas Abigail responde aqui:
1) Para começar, descubra seu estilo relacionando-o a uma década. Ajuda a refinar a busca quando você sai às compras num brechó, numa casa de leilão, na internet. Por exemplo, uma garota mais feminina deve se interessar mais pelos 1950s; uma garota mais edgy, mais punk, vai atrás dos 1980s e 1990s; para uma garota boho, obviamente os 1970s fazem muito mais sentido.
2) A partir da década, relacione os estilistas. Se você é mais avant-garde, a moda futurista de Thierry Mugler deve servir como uma luva. Se você é mais clássica, a feminilidade refinada de Balenciaga é perfeita.
3) Encontre uma ótima lavanderia e costureira, ambas especializadas em peças mais antigas. Eu vi peças maravilhosas serem destruídas por maus cuidados na limpeza e no conserto. (nota da Sissi: em São Paulo, lavei meus Dener na lavanderia Sampaio, tel. 3782 4974, na Raposo Taavares).
4) Agora que você está pronta para comprar, é importante encontrar um lugar confiável. É costurar uma etiqueta original numa peça falsa e por isso você deve tomar cuidado ao comprar em lugares como eBay. Sempre recomendo comprar em casas de leilão – é como uma loja, só que sem o mark-up! Leilões são um comércio justo e o preço costuma ser mais próximo daquele do atacado. (nota da Sissi: no eBay, uma loja confiável é a Ricky's Exceptional Treasures. No Brasil, o e-closet traz peças selecionadas entre as amigas-margaridinhas de Giovanna Lemes Motta.)
5) Não se fie à numeração das peças. O tamanho era muito diferente – por exemplo, o 10 equivale hoje ao 4/6 (= 38/40). Se não há como provar a peça, solicite as medidas-chave.
6) Inspecione cada item por dentro e por fora. Tedemos a nos esquecer que as peças vintage foram usadas e têm manchas, buracos de traça ou marcas causadas por armazenação incorreta.
7) Trocar zíperes, subir barras, realinhar uma peça não são consertos complicados e têm um impacto final no preço.
8) Não enlouqueça e use muito vintage. Vai parecer que você está usando um figurino para um filme.
9) Não despreze o maravilhoso mundo do armário da mãe e da avó. Eu mesma encontrei muitos dos meus acessórios favoritos nesses baús da família.
10) Se não serviu, mas você ama a peça de paixão, compre um manequim e exiba o modelito. Moda é uma forma de arte que mostramos no corpo – por que não mostrá-la em casa?
Stella Tennant de Helmut Lang, à esquerda.
Katie Lee Joel, de Alfred Bosan.
Dasha Zhukova, de Prada.
Amber Valletta, de James Galanos.
Marisa Tomei, de Adrian.
O melhor look vintage: Natalia Vodianova, de Fortuny.
E o pior erro (ver item 8): Cheryl Tiegs de vintage dos pés a minaudière (vestido Norman Norell, joias Neil Lane e Judith Leiber minaudière). As peças são lindas, mas juntas fazem parecer que ela não tem um armário, mas um museu.
Há algo de novo no ar. E não tem cheiro de mofo. Uma nova onda de interesse pelo vintage, com V maiúsculo, está extrapolando o tapete vermelho – culpe a crise, se quiser, e sua capacidade de nos fazer focar no que é bom, em oposição ao que é novidade.
Veja no fim desse post os sinais da preferência por algo excepcional, exclusivo, com valor de obra de arte. São os looks que apareceram na festa que está se tornando a maior passarela de Nova York: o baile anual do Metropolitan Museum, marco da abertura da exposição de verão do Costume Institute, braço do museu criado por Diana Vreeland dedicado à moda. (a expo desse ano é Model as a Muse. Veja na barra ao lado).
Por essas e outras é que nos últimos anos, casas de leilão se transformaram no ultimate shopping space para as fashionistas. Sobre isso eu escrevi uma matéria para a Vogue de maio – leia e atualize seu closet.
Entre as minhas fontes está Abigail K. Rutherford, 27 anos, formada em História da Arte e com flerte, sem compromisso, em pós em Moda. Desde 2006 ela toca a área de Vintage Couture e Acessories da casa de leilão Leslie Hindman, uma das poucas nos Estados Unidos a focar muito em moda. Leslie Hindman se dedica principalmente aos estilistas norte-americanos – Roy Halston, James Galanos, Norman Norell. O que não significa excluir todos os outros estilistas do planeta moda.
A função de Abigail é encontrar esses tesouros perdidos nos armários de socialites Estados Unidos afora. Numa cidadezinha do Michigan, Abigail encontrou Paul Poiret e Irmãs Callot, ambos gigantes da era pré-Chanel. "Ninguém imagina existir um acervo tão cosmopolita num lugar tão remoto, mas essa senhora viajava todo ano para Paris para refazer o guarda-roupa", conta Abigail.
No que investir? O que avaliar? Como usar? O que reformar? Essas e outras perguntas Abigail responde aqui:
1) Para começar, descubra seu estilo relacionando-o a uma década. Ajuda a refinar a busca quando você sai às compras num brechó, numa casa de leilão, na internet. Por exemplo, uma garota mais feminina deve se interessar mais pelos 1950s; uma garota mais edgy, mais punk, vai atrás dos 1980s e 1990s; para uma garota boho, obviamente os 1970s fazem muito mais sentido.
2) A partir da década, relacione os estilistas. Se você é mais avant-garde, a moda futurista de Thierry Mugler deve servir como uma luva. Se você é mais clássica, a feminilidade refinada de Balenciaga é perfeita.
3) Encontre uma ótima lavanderia e costureira, ambas especializadas em peças mais antigas. Eu vi peças maravilhosas serem destruídas por maus cuidados na limpeza e no conserto. (nota da Sissi: em São Paulo, lavei meus Dener na lavanderia Sampaio, tel. 3782 4974, na Raposo Taavares).
4) Agora que você está pronta para comprar, é importante encontrar um lugar confiável. É costurar uma etiqueta original numa peça falsa e por isso você deve tomar cuidado ao comprar em lugares como eBay. Sempre recomendo comprar em casas de leilão – é como uma loja, só que sem o mark-up! Leilões são um comércio justo e o preço costuma ser mais próximo daquele do atacado. (nota da Sissi: no eBay, uma loja confiável é a Ricky's Exceptional Treasures. No Brasil, o e-closet traz peças selecionadas entre as amigas-margaridinhas de Giovanna Lemes Motta.)
5) Não se fie à numeração das peças. O tamanho era muito diferente – por exemplo, o 10 equivale hoje ao 4/6 (= 38/40). Se não há como provar a peça, solicite as medidas-chave.
6) Inspecione cada item por dentro e por fora. Tedemos a nos esquecer que as peças vintage foram usadas e têm manchas, buracos de traça ou marcas causadas por armazenação incorreta.
7) Trocar zíperes, subir barras, realinhar uma peça não são consertos complicados e têm um impacto final no preço.
8) Não enlouqueça e use muito vintage. Vai parecer que você está usando um figurino para um filme.
9) Não despreze o maravilhoso mundo do armário da mãe e da avó. Eu mesma encontrei muitos dos meus acessórios favoritos nesses baús da família.
10) Se não serviu, mas você ama a peça de paixão, compre um manequim e exiba o modelito. Moda é uma forma de arte que mostramos no corpo – por que não mostrá-la em casa?
Stella Tennant de Helmut Lang, à esquerda.
Katie Lee Joel, de Alfred Bosan.
Dasha Zhukova, de Prada.
Amber Valletta, de James Galanos.
Marisa Tomei, de Adrian.
O melhor look vintage: Natalia Vodianova, de Fortuny.
E o pior erro (ver item 8): Cheryl Tiegs de vintage dos pés a minaudière (vestido Norman Norell, joias Neil Lane e Judith Leiber minaudière). As peças são lindas, mas juntas fazem parecer que ela não tem um armário, mas um museu.
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