Mariana Braidatto, estilista da Madri
Usa: Blazer, saia, regata e sapatos? Madri. Colares? Uso quase que todos os dias sem tirar 4 correntes com 4 pingentes, misturando ouro branco e amarelo: guitarrinha, Jack Vartanian; caveira, Raphael Falci; caveira, Pati Falcão; mandala que veio da india. Anéis? A flor grande e preta eu comprei na Barneys, em NY; três fininhos de ouro com brilhante e safira que eram da minha mãe e da minha avó; um de trança de prata, Guerreiro, que era do meu avô; um de marfim que veio da África; um de ouro com brilhante e luas vazadas, H.Stern, que era na minha mãe.
Por que escolheu este look? Quase nunca uso calça. No verão, vivo de saia ou vestido. No inverno, idem, só que com meia-calça. A saia de cintura alta deixa o corpo mais alongado – uma boa ideia, já que sou baixinha (1,65m). A regata é superbásica para nao atrapalhar muito a composição. O casaquito, apesar de preto e básico, tem a informação recorrente da moda: volume
nos ombros.
Qual a melhor ideia do look? A saia, por causa das pétalas que criam um volume e do xadrez. E as sandálias delicadas, inesperado quando todo mundo está usando sapatos pesados.
Você se veste para quem? Para estar confortável e feminina e ainda sim ter informação de moda.
Onde você reabastece o closet? Normalmente uso roupa só da minha marca, Madri. Compro algumas peças no Alexandre Herchcovitch e, como costumo ir para NY pelo menos 2x ao ano, faço compras na Urban Outfitters, Opening Ceremony, Anthropologie, H&M, Marc by Marc Jacobs. Para mim, não importa o lugar. Se eu gostar, até na banca da rua eu compro (alias compro mta coisa em banca nas ruas de NY). Recomendo justamente por ser eclético. Não acho legal um look totalmente pronto. O interessante é mixar peças de vários lugares, marcas, joia de família com bijoux de banca. No final, você fica com um estilo próprio.
(foto do celular. Me digam se funciona porque minha maxicanon às vezes é um fardo para carregar)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
ROUPAS DO OFÍCIO terça de saia-lápis de couro
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
COM QUE ROUPA? acepipes e cigarettes
É NOVO quimono de praia
domingo, 24 de janeiro de 2010
COM QUE ROUPA? almoço à piscina
Peter Jensen, pré-verão 2010
Nem sempre qualquer coisa pool exige um figurino fotos de Slim Aarons.
Um pouco menos de salto alto, sem perder a dose de glamour, faz bem. E com humor.
(espero que não chova)
Nem sempre qualquer coisa pool exige um figurino fotos de Slim Aarons.
Um pouco menos de salto alto, sem perder a dose de glamour, faz bem. E com humor.
(espero que não chova)
sábado, 23 de janeiro de 2010
SPFW, o fim
André Lima, inverno 2010
E, por fim, o fim. No backstage de André Lima, a equipe de costura (e Carlos, o homem que realiza os delírios de André) costura um sem-número de gigalaços num dos vestidos entrada final do desfile.
É um pouco como a moda pode jogar o mundo a seus pés, um pouco como pode fazer você se sentir Cinderela, e um pouco como dura pouco e é melhor aproveitar o agora.
E, por fim, o fim. No backstage de André Lima, a equipe de costura (e Carlos, o homem que realiza os delírios de André) costura um sem-número de gigalaços num dos vestidos entrada final do desfile.
É um pouco como a moda pode jogar o mundo a seus pés, um pouco como pode fazer você se sentir Cinderela, e um pouco como dura pouco e é melhor aproveitar o agora.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
SPFW BOA IDEIA dia 5: écharpe contida, combinação de cores e três ps.
Neon, inverno 2010
Neon, inverno 2010
É de se amar, se você é dos pampas, essa ideia simples e prática de conter a revoada de écharpes no minuano.
As cores fazem total sentido num verão tropical.
ps 1. Esta fotinho (com pena a la Carolina Herrera inverno 2008) é uma das imagens no board colocado no backstage, com os looks do desfile posados (literalmente) pelas modelos. É um verdadeiro editorial de moda com roupa late 60s, o que prova que Dudu leva a vida como se fosse uma matéria de Diana Vreeland. É algo que todas podemos experimentar...
Neon, inverno 2010
ps 2. Então é que a moda pode ser um reflexo dos desejos mais íntimos de um estilista.
Neon, inverno 2010
Neon, inverno 2010
ps 3. O peixe pretinho é uma criação de André Perugia (1893-1977)...
Andre Perugia, 1938
... que apareceu em laranja e mais, versão salto mais grosso, na selva Neon.
Neon, inverno 2010
Neon, inverno 2010
É de se amar, se você é dos pampas, essa ideia simples e prática de conter a revoada de écharpes no minuano.
As cores fazem total sentido num verão tropical.
ps 1. Esta fotinho (com pena a la Carolina Herrera inverno 2008) é uma das imagens no board colocado no backstage, com os looks do desfile posados (literalmente) pelas modelos. É um verdadeiro editorial de moda com roupa late 60s, o que prova que Dudu leva a vida como se fosse uma matéria de Diana Vreeland. É algo que todas podemos experimentar...
Neon, inverno 2010
ps 2. Então é que a moda pode ser um reflexo dos desejos mais íntimos de um estilista.
Neon, inverno 2010
Neon, inverno 2010
ps 3. O peixe pretinho é uma criação de André Perugia (1893-1977)...
Andre Perugia, 1938
... que apareceu em laranja e mais, versão salto mais grosso, na selva Neon.
Neon, inverno 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
PARA AS VIAJANTES DE MODA brechozinho ipanemense
Sem mofo e com peças etiquetas com uma precisão impressionante. Foi boa a surpresinha de esbarrar no organizadíssimo Catherine Laboure (Rua Visconde de Pirajá, 207, loja 212, 21 2287 9630), que tem o provador e as araras belle époque mais lindos do planeta. Das roupas a móveis.
SPFW BOA IDEIA dia 3: tulipa longa, paletó sem mangas, microperfecto, anel grifé, pulseira anêmona
Ronaldo Fraga, inverno 2010
Ronaldo Fraga, inverno 2010
Simone Nunes, inverno 2010
Simone Nunes, inverno 2010
Fabia Bercsek, inverno 2010
Ronaldo Fraga é assim um pouco como Rei Kawakubo. Há muito para olhar e para decifrar. No caso de Ronaldo, que vive bem além de pretos, não raro há coisa demais para se olhar e o santo, às vezes desnorteado, acha difícil e vai benzer outro terreiro. Se tiver um pouco mais de paciência, vai descobrir que sempre dá para contar com o estilista para formas antimodinha, daquelas que fogem à linha de produção das tendências e podem acrescentar ao closet uma interessância nova.
O jeito é imaginar a peça livre do excesso da passarela - o que nada mais é do que dizer imaginar como você vai usá-la na real. A tulipa longa vale com camiseta podrinha e a microperfecto (acima, uma excelente compra na Simone Nunes), por exemplo, para trabalhar. O paletó sem mangas é ótimo com míni ou jegging.
Na seara das bijoux, se você não pode mas sonha com a Panthère pode ficar com as garras da Simone Nunes. E, se não há Cartier nem Chanel, a pulseira anêmona, com correntes em movimento, fica entre a roqueira e a flapper.
Ronaldo Fraga, inverno 2010
Simone Nunes, inverno 2010
Simone Nunes, inverno 2010
Fabia Bercsek, inverno 2010
Ronaldo Fraga é assim um pouco como Rei Kawakubo. Há muito para olhar e para decifrar. No caso de Ronaldo, que vive bem além de pretos, não raro há coisa demais para se olhar e o santo, às vezes desnorteado, acha difícil e vai benzer outro terreiro. Se tiver um pouco mais de paciência, vai descobrir que sempre dá para contar com o estilista para formas antimodinha, daquelas que fogem à linha de produção das tendências e podem acrescentar ao closet uma interessância nova.
O jeito é imaginar a peça livre do excesso da passarela - o que nada mais é do que dizer imaginar como você vai usá-la na real. A tulipa longa vale com camiseta podrinha e a microperfecto (acima, uma excelente compra na Simone Nunes), por exemplo, para trabalhar. O paletó sem mangas é ótimo com míni ou jegging.
Na seara das bijoux, se você não pode mas sonha com a Panthère pode ficar com as garras da Simone Nunes. E, se não há Cartier nem Chanel, a pulseira anêmona, com correntes em movimento, fica entre a roqueira e a flapper.
SPFW BOA IDEIA dia 2: jaquetão Cary Grant, rabo de cavalo deslocado, frisé domado, macacão-smoking (2)
Maria Garcia, inverno 2010
Maria Bonita, inverno 2010
Forum Tufi Duek, inverno 2010
Cori, inverno 2010
Cori, inverno 2010
O que poderia vir depois do paletó masculino e das perfecto a não ser um jaquetão 50s? Todas nós podemos bem adicionar um pouco de Cary Grant à vida.
O fora de lugar, o híbrido, o assimétrico – e qualquer ideia equivalente – impera. Será por que algo está fora da ordem mundial, Caetanas? Pois que funciona, fica fresco para os olhos, fazer um rabinho bobo um pouco mais para a direita (se bem que eu prefiro um pouco mais à esquerda que, embora demodé, parece ainda mais humano). O frisé, que explodiu no inverno 2009, agora vem com a selvageria domada e de um jeito que qualquer mortal reproduz na calma do lar.
Macacão, tomara, pode virar item permanente das coleções e aparecer com variações sobre o mesmo tema. Quem não vê à luz do dia pode bem ver yvesaintlaurentnamente à noite, como se fora o novo smoking. A gravata borboleta desce à cintura.
Maria Bonita, inverno 2010
Forum Tufi Duek, inverno 2010
Cori, inverno 2010
Cori, inverno 2010
O que poderia vir depois do paletó masculino e das perfecto a não ser um jaquetão 50s? Todas nós podemos bem adicionar um pouco de Cary Grant à vida.
O fora de lugar, o híbrido, o assimétrico – e qualquer ideia equivalente – impera. Será por que algo está fora da ordem mundial, Caetanas? Pois que funciona, fica fresco para os olhos, fazer um rabinho bobo um pouco mais para a direita (se bem que eu prefiro um pouco mais à esquerda que, embora demodé, parece ainda mais humano). O frisé, que explodiu no inverno 2009, agora vem com a selvageria domada e de um jeito que qualquer mortal reproduz na calma do lar.
Macacão, tomara, pode virar item permanente das coleções e aparecer com variações sobre o mesmo tema. Quem não vê à luz do dia pode bem ver yvesaintlaurentnamente à noite, como se fora o novo smoking. A gravata borboleta desce à cintura.
SPFW BOA IDEIA dia 2: jogo de proporção para rejuvenecer peças-vovó, calças de palhinha e étnica, neobotas de motoqueiro, barra da anágua à mostra (1)
Reinaldo Lourenço, inverno 2010
Reinaldo Lourenço, inverno 2010
Maria Bonita, inverno 2010
Alexandre Herchcovitch, inverno 2010
Alexandre Herchcovitch, inverno 2010
Maria Garcia, inverno 2010
Maria Garcia, inverno 2010
Quando a vida exige que você mantenha a ordem e os bons costumes e seu espírito rebelde, bem, insiste em se rebelar, nada como adotar o figurino comme il faut, mas perturbá-lo de alguma forma. É o caso da ideia de Reinaldo Lourenço: desconcertar peças tidas como passé – ou difíceis –, mas de elegância incontestável.
1) longuete: que fazer com um comprimento que todos condenam por cortar a silhueta num lugar que deixa até as altas baixinhas, que traz algo de pudico e conservador costurado na bainha? Legging-bailarina faz o favor de tirar o ar senhorinha do vestido.
2) tailleur: fazer a dupla com saia micro já é feijão-com-arroz. O jeito é brincar com as proporções entre sapato e meia. Neste caso, botas de cano médio, também condenadas como inimigas da silhueta, e meias 7/8. Quem há de chamá-la de "senhora"?
Usar palhinha do décor tão típico dos 19 no Brasil não é novo (Furstenberg fez, Anya Hindmarch, a moça que detonou a obsessão das sacolas de compra, fez na coleção inspirada no Brasil. E Glorinha Paranaguá reina soberana). Mas o uso em calças de inverno parece mais do que apropriado para o Brasil do 21. Funcional.
Ah, sim, Antonio Bernardo emprestou as joias para o desfile da Maria Bonita, num casamento perfeito entre estéticas cariocas pós-hippie/pós-sensualidade barata - uma espécie de Rio depurado. Passarelas nacionais costumam ser muito pobres de joias e esta é uma ideia que merece entrar mais na pauta dos designers de ambos os lados. Cresce a roupa e a passarela se aproxima das mulheres reais não no jeito banal da ditadura das vendas - vulgo "moda comercial" que, na verdade, deveria ser chamada simplesmente de "roupa" - mas no sentido de fazer mais sentido para a vida (afinal, é para mudar comportamentos reais que a (boa) moda também existe, sim?). No verão americano, a Cartier emprestou várias peças para estilistas "emergentes", uma ideia em comemoração dos 100 anos de presença nos Estados Unidos.
Outra ideia libertadora para as calças é a estampa istambul. A ideia transforma uma peça que é essencialmente prática em decorativa. A vida, de fato, não precisa ser um tédio. Alexandre Herchcovitch oferece ainda uma nova bota motoqueiro, uma evolução da espécie oxford de bico redondinho que ele vem apresentando. Viva Darwin!
Por fim, uma quase bobagem (no sentido "ovo de Colombo" da palavra) direto da passarela da Maria Garcia (Camila Cutolo/ Clô Orozco): mostrar a barra da anágua rendada e, no caso do look bicolor, do chemisier sob minissaia.
Reinaldo Lourenço, inverno 2010
Maria Bonita, inverno 2010
Alexandre Herchcovitch, inverno 2010
Alexandre Herchcovitch, inverno 2010
Maria Garcia, inverno 2010
Maria Garcia, inverno 2010
Quando a vida exige que você mantenha a ordem e os bons costumes e seu espírito rebelde, bem, insiste em se rebelar, nada como adotar o figurino comme il faut, mas perturbá-lo de alguma forma. É o caso da ideia de Reinaldo Lourenço: desconcertar peças tidas como passé – ou difíceis –, mas de elegância incontestável.
1) longuete: que fazer com um comprimento que todos condenam por cortar a silhueta num lugar que deixa até as altas baixinhas, que traz algo de pudico e conservador costurado na bainha? Legging-bailarina faz o favor de tirar o ar senhorinha do vestido.
2) tailleur: fazer a dupla com saia micro já é feijão-com-arroz. O jeito é brincar com as proporções entre sapato e meia. Neste caso, botas de cano médio, também condenadas como inimigas da silhueta, e meias 7/8. Quem há de chamá-la de "senhora"?
Usar palhinha do décor tão típico dos 19 no Brasil não é novo (Furstenberg fez, Anya Hindmarch, a moça que detonou a obsessão das sacolas de compra, fez na coleção inspirada no Brasil. E Glorinha Paranaguá reina soberana). Mas o uso em calças de inverno parece mais do que apropriado para o Brasil do 21. Funcional.
Ah, sim, Antonio Bernardo emprestou as joias para o desfile da Maria Bonita, num casamento perfeito entre estéticas cariocas pós-hippie/pós-sensualidade barata - uma espécie de Rio depurado. Passarelas nacionais costumam ser muito pobres de joias e esta é uma ideia que merece entrar mais na pauta dos designers de ambos os lados. Cresce a roupa e a passarela se aproxima das mulheres reais não no jeito banal da ditadura das vendas - vulgo "moda comercial" que, na verdade, deveria ser chamada simplesmente de "roupa" - mas no sentido de fazer mais sentido para a vida (afinal, é para mudar comportamentos reais que a (boa) moda também existe, sim?). No verão americano, a Cartier emprestou várias peças para estilistas "emergentes", uma ideia em comemoração dos 100 anos de presença nos Estados Unidos.
Outra ideia libertadora para as calças é a estampa istambul. A ideia transforma uma peça que é essencialmente prática em decorativa. A vida, de fato, não precisa ser um tédio. Alexandre Herchcovitch oferece ainda uma nova bota motoqueiro, uma evolução da espécie oxford de bico redondinho que ele vem apresentando. Viva Darwin!
Por fim, uma quase bobagem (no sentido "ovo de Colombo" da palavra) direto da passarela da Maria Garcia (Camila Cutolo/ Clô Orozco): mostrar a barra da anágua rendada e, no caso do look bicolor, do chemisier sob minissaia.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
SPFW BOA IDEIA dia 1: longo de tricô e hot pants como saída de praia
Rosa Chá, inverno 2010
Osklen, inverno 2010
Cheguei nesse minutinho de microférias no Rio e, por menos afetadas que sejam as cariocas, elas que me perdoem, mais moda é fundamental. O vaievém de shorts baixinhos como saída de praia entre Ipanema 9.5 e Lagoa é tão repetitivo que chega a ser... Bem, vocês sabem o que acontecem quando algo se repete demais.
Em nome de uma boa chacoalhada de costumes, por que não hot pants no lugar dos shorts? (a peça vem sendo lançada na passarela há tempos e, como diz o ditado, hot pants em cabeças duras... na praia faz todo sentido). Todos estamos mais do que prontos para as novas garotas de Ipanema e sua imbatível capacidade de lançar novos jeitos de se balançar até a praia.
Do Reino Unido de Ipanema vem também o longo de tricô. Se um maxipull já equivale a tomar uma xícara de chocolate amrgo no inverno (miammiam), o que acontece quando você eleva a peça à máxima potência?
Osklen, inverno 2010
Cheguei nesse minutinho de microférias no Rio e, por menos afetadas que sejam as cariocas, elas que me perdoem, mais moda é fundamental. O vaievém de shorts baixinhos como saída de praia entre Ipanema 9.5 e Lagoa é tão repetitivo que chega a ser... Bem, vocês sabem o que acontecem quando algo se repete demais.
Em nome de uma boa chacoalhada de costumes, por que não hot pants no lugar dos shorts? (a peça vem sendo lançada na passarela há tempos e, como diz o ditado, hot pants em cabeças duras... na praia faz todo sentido). Todos estamos mais do que prontos para as novas garotas de Ipanema e sua imbatível capacidade de lançar novos jeitos de se balançar até a praia.
Do Reino Unido de Ipanema vem também o longo de tricô. Se um maxipull já equivale a tomar uma xícara de chocolate amrgo no inverno (miammiam), o que acontece quando você eleva a peça à máxima potência?
NA DÚVIDA minime 2
Eu me perguntei se estávamos indo muito longe na nossa obsessão com moda e projetando nossas angústias nas crias.
Hoje, chamada na seção Life&Style do Times On Line: precisamos de um Sartorialist para crianças?
Com as marcas de moda de olho nessa nossa fraqueza de alma, mais e mais moda para crianças vêm aí. Crianças são o target dessa segunda metade do século 21.
Mas uma coisa é comprar Stella para Gap como alternativa ecofashion. Ou comprar calças sarouel ou camisetas mais bacanas, achaados na linha do Ronaldo Fraga. Outra é "adultizar" os pequenos.
Hoje, chamada na seção Life&Style do Times On Line: precisamos de um Sartorialist para crianças?
Com as marcas de moda de olho nessa nossa fraqueza de alma, mais e mais moda para crianças vêm aí. Crianças são o target dessa segunda metade do século 21.
Mas uma coisa é comprar Stella para Gap como alternativa ecofashion. Ou comprar calças sarouel ou camisetas mais bacanas, achaados na linha do Ronaldo Fraga. Outra é "adultizar" os pequenos.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
FASHION RIO BOA DIA dia 6: odalisca de dia e à noite
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
FASHION RIO BOA IDEIA dia 5: maxicontas, azul e verde, trança deslocada, coques nozinhos, bota motoqueiro fresh, sapato com dúvida existencial
Têca, inverno 2010
Têca, inverno 2010
Têca, inverno 2010
Redley, inverno 2010
Redley, inverno 2010
Espaço Fashion, inverno 2010
Na coleção passada, Helô Rocha cresceu e apareceu - e os acessórios, idem. Você tinha que se apegar muito aos seus princípios ecológicos para não arrematar o maxicolar de coral bruto vermelho (espécies em extinção, sabe? Tiffany & Co. não usa jamais). Mas Helô prova que domina bem o vocab das bijoux e faz peças nesta coleção que são miam-miam. O colar de gigabolas cabe bem na onda 50s que vai se instalar por aí.
"Boinha" também a ideia de combinar azul e verde, em texturas diferentes, para a noite. Ninguém faz, então fica a janela.
Por fim, tranças deslocadas. Simples e eficiente.
É claro que há sempre uma saída, digamos, mais pela esquerda. Feito os cabelos arrumados para parecerem cabelos de ressaca, como os nozinhos da Redley. Que mostra em botas douradas que meninas podem continuar meninas e dirigir Harleys numa estrada deserta. Easy ride na cidade.
Por último, algo que a Moschino fez (em assimétricos) e Reinaldo Lourenço no verão 2010 (ankle-Chanel): sapatos que não sabem ser uma coisa só. A identidade é dividida em dois. O que, no mínimo, dobra as chances de usá-lo na real.
Têca, inverno 2010
Têca, inverno 2010
Redley, inverno 2010
Redley, inverno 2010
Espaço Fashion, inverno 2010
Na coleção passada, Helô Rocha cresceu e apareceu - e os acessórios, idem. Você tinha que se apegar muito aos seus princípios ecológicos para não arrematar o maxicolar de coral bruto vermelho (espécies em extinção, sabe? Tiffany & Co. não usa jamais). Mas Helô prova que domina bem o vocab das bijoux e faz peças nesta coleção que são miam-miam. O colar de gigabolas cabe bem na onda 50s que vai se instalar por aí.
"Boinha" também a ideia de combinar azul e verde, em texturas diferentes, para a noite. Ninguém faz, então fica a janela.
Por fim, tranças deslocadas. Simples e eficiente.
É claro que há sempre uma saída, digamos, mais pela esquerda. Feito os cabelos arrumados para parecerem cabelos de ressaca, como os nozinhos da Redley. Que mostra em botas douradas que meninas podem continuar meninas e dirigir Harleys numa estrada deserta. Easy ride na cidade.
Por último, algo que a Moschino fez (em assimétricos) e Reinaldo Lourenço no verão 2010 (ankle-Chanel): sapatos que não sabem ser uma coisa só. A identidade é dividida em dois. O que, no mínimo, dobra as chances de usá-lo na real.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
FASHION RIO BOA IDEIA dia 4: batom pink e laço no sapato
Maria Bonita Extra, inverno 2010
Maria Bonita Extra, inverno 2010
Pink pode ser a cor do amor, mas não é a cor do inverno. Mas por que não?
E um fita larga de gorgurão (ou tafetá) para deixar uma sandália dividida entre dois amores: o peso e o romance? (sem falar que dá cara nova à meia-pata passada)
obrigada, Aninha Magalhães
Maria Bonita Extra, inverno 2010
Pink pode ser a cor do amor, mas não é a cor do inverno. Mas por que não?
E um fita larga de gorgurão (ou tafetá) para deixar uma sandália dividida entre dois amores: o peso e o romance? (sem falar que dá cara nova à meia-pata passada)
obrigada, Aninha Magalhães
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
ROUPAS DO OFÍCIO segunda de regata e rasteira
3.1 Phillip Lim, pré-verão 2010
Não é verdade que é possível dizer tudo o que se pensa – desde que você saiba embalar o discurso de um jeito agradável?
É o jeito de quebrar as regras – na vida e na roupa.
Regata e rasteira - dois Rs cuja existência se resume a deixar a gente mais pelada no verão – "derepentemente" se fazem dignas do trabalho quando assumem o côté 'work in progress' com tecidos mais bacanas (do que a malha) para o primeiro e shapes distantes do chinelo para o segundo.
Calça ou saia, tanto faz. Mas linho ajuda, não?
ps. é de amar essa pasta tipo exército da salvação, sim? é quase uma ironia às pastinhas wall street.
Não é verdade que é possível dizer tudo o que se pensa – desde que você saiba embalar o discurso de um jeito agradável?
É o jeito de quebrar as regras – na vida e na roupa.
Regata e rasteira - dois Rs cuja existência se resume a deixar a gente mais pelada no verão – "derepentemente" se fazem dignas do trabalho quando assumem o côté 'work in progress' com tecidos mais bacanas (do que a malha) para o primeiro e shapes distantes do chinelo para o segundo.
Calça ou saia, tanto faz. Mas linho ajuda, não?
ps. é de amar essa pasta tipo exército da salvação, sim? é quase uma ironia às pastinhas wall street.
FASHION RIO BOA IDEIA dia 3: pretinho de camurça, cinza céu de São paulo, spencer branco e tricô joia
Patricia Viera, inverno 2010
Mara Mac, inverno 2010
Filhas de Gaia, inverno 2010
Coven, inverno 2010
Coven, inverno 2010
Quando você imagina que o pretinho já se esgotou, eis que surge uma Patricia Viera (com um desfile de looks chic e de couro leve e jovem) com uma versão de camurça, bem 24/7.
Na onda do reinado da confort fashion e do império do cinza, Mara Mac traz a roupa tipo "nada", zero esforço – num cinza que é tudo. Mais claro, parece os dias mau humorados do céu de São Paulo.
Liliane Rebehy está para o tricô assim como Patricia Viera para o couro. Ambas alcançam o impensável (ufa!) em texturas e grau de interessância. Os suéteres da Coven provam que o tricô da vovó é apenas uma das facetas das agulhas. Com mix de texturas e brilho, figuram em qualquer festa.
Por fim, para quem não tem mas sonha em - spencer com pretensão de smoking – versão branco muda tudo nessa vida. Funcionou com Bianca Jagger há 30 anos e vai funcionar sempre que uma dose de "sair do mesmo" (leia-se, paletó preto e, em última instância, a obsessão da pashmina sobre looks de festa) se fizer necessária. O que é outra maneira de afirmar que sem-pre funciona.
ps. os cabelos vão do rockabilly ao maria antonieta – cada vez mais nos desfiles e cada vez mais em volume! delineadores por todas as pálpebras
Mara Mac, inverno 2010
Filhas de Gaia, inverno 2010
Coven, inverno 2010
Coven, inverno 2010
Quando você imagina que o pretinho já se esgotou, eis que surge uma Patricia Viera (com um desfile de looks chic e de couro leve e jovem) com uma versão de camurça, bem 24/7.
Na onda do reinado da confort fashion e do império do cinza, Mara Mac traz a roupa tipo "nada", zero esforço – num cinza que é tudo. Mais claro, parece os dias mau humorados do céu de São Paulo.
Liliane Rebehy está para o tricô assim como Patricia Viera para o couro. Ambas alcançam o impensável (ufa!) em texturas e grau de interessância. Os suéteres da Coven provam que o tricô da vovó é apenas uma das facetas das agulhas. Com mix de texturas e brilho, figuram em qualquer festa.
Por fim, para quem não tem mas sonha em - spencer com pretensão de smoking – versão branco muda tudo nessa vida. Funcionou com Bianca Jagger há 30 anos e vai funcionar sempre que uma dose de "sair do mesmo" (leia-se, paletó preto e, em última instância, a obsessão da pashmina sobre looks de festa) se fizer necessária. O que é outra maneira de afirmar que sem-pre funciona.
ps. os cabelos vão do rockabilly ao maria antonieta – cada vez mais nos desfiles e cada vez mais em volume! delineadores por todas as pálpebras
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