quarta-feira, 29 de outubro de 2008
INSTANT GLAM + MARGADIRICES DAS MARGARIDINHAS colar de bolas
Adam, resort 2009
Versão mega, colorida e divertida do colar de pérolas. Use o colar de bolas para iluminar seu rosto sobre uma blusa que não vai tão bem com seu tom de pele. Muda tudo!
Mais: Mika Franco me telefonou para dizer que encontrou colares longos de bola na C&A: preto, coral, branco. 20 reais. Dá para usar à moda melindrosa ou dar duas voltas e dobrar o efeito instant glam.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
ROUPAS DO OFÍCIO saia + suéter
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 7
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Belo Horizonte, 14h
Luiza Barcelos, designer de marca de sapatos homônima
Usa: Calça de alfaiataria? Lita Mortari. Camisa? Mixed. Colete? Maria Bonita. Sapato e bolsa? Luiza Barcelos.
Qual a melhor idéia do look? O contraponto masculino/feminino ao combinar camisa com laço e manga bufante, colete e sapato tradicional.
Belo Horizonte, 14h
Luiza Barcelos, designer de marca de sapatos homônima
Usa: Calça de alfaiataria? Lita Mortari. Camisa? Mixed. Colete? Maria Bonita. Sapato e bolsa? Luiza Barcelos.
Qual a melhor idéia do look? O contraponto masculino/feminino ao combinar camisa com laço e manga bufante, colete e sapato tradicional.
A TEORIA moda é cultura?
Ontem à noite eu fui bem acompanhada ao 4. Prêmio Bravo! Prime de Cultura, na Sala São Paulo.
Antes que alguém me acuse de falar bem por interesses privados, já deixo claro que duas pessoas-chave desse prêmio são amigos de família. E duas pessoas para quem eu tiraria um zilhão de Borsalinos.
Enquanto me arrumava, cogitei levar minha máquina fotográfica para registrar cenas de 'moda na real' para este blog (desisti no último minuto porque, bom, eu fui mesmo a passeio).
Mais do que saber o que (marcas) vestiam convidados, gostaria de saber que critério, que motivo levou fulano & beltrana a escolher aquele look. Uma investigação sobre o gosto, como diz Arrigo Barnabé no Supertônica, programa da Rádio Cultura.
Você se veste para que - e para quem? Como escolheu juntar essa peça àquela? E essa cor a outra? Essa proporção assim e não assado?
São escolhas estéticas - parte inconsciente, parte inconsistente (sem razão explítica de ser), parte conveniente, parte cultural. Por cultural, entenda-se aqui o que é aceito ou conveniente para uma situação, um compromisso, um ambiente.
De que maneira essa escolha se diferencia, por exemplo, das cores que Beatriz Milhazes, uma das finalistas ao troféu Exclamação (o ponto do título dá forma ao Oscar da cultura nacional) de 2008, escolhe para uma tela?
O convite não trazia indicação de traje. O que você usaria, por exemplo?
(...)
Eu vi várias mulheres de pretinhos básicos (mesmo! sem nada na modelagem ou no tecido. e com bijoux como enfeite) na altura do joelho, muitos combinados com escarpins pretos de bico fino.
Vi algumas de calça com tops bordados e xale. E terno preto. Todos acompanhados de carteiras.
Alguns longos floridos - um com geo à moda Pucci e sandália de salto forrada com o mesmo tecido.
Do ponto de vista do dress code - mesmo não declarado - é tudo bem correto (estou falando de regras, não de gosto). quanto mais bem cortado, aliás, mais bonito de se ver.
Com raríssimas exceções, ...
1. pretinho nada básico, na altura dos joelhos, de jérsei drapeado à moda grega e usado com peep toe baixinho;
2. um caftã pink de tafetá de algodão;
3. um longo florido nouveau na barra;
4. uma minitúnica de cetim de seda de cores apagadas;
5. o macacão drapeado de um ombro só de Nina Becker, que cantou neobossa entre a entrega de estatuetas "!";
6. a lantejoula Ronaldo Fraga de Fernanda Takai,
7. os sapatos desencontrados de Mallu Magalhães,
... não havia moda nos salões da Sala São Paulo.
Nina Becker na Sala São Paulo
Assim como não havia moda no palco da Sala São Paulo.
Nenhuma exposição indicada, nenhum estilista concorrendo à artista do ano, nenhum livro...
E, olhando ao meu redor, como seria diferente?
Moda é moda. Não é arte - para gente como Martin Margiela, 20 anos de maison nesse ano, é artesanato. Sem crise, sem metafísica, sem juízo de valor.
Arte deforma, reforma, forma. Moda conforma.
Conforma no sentido de dar ou tomar forma, colocar na fôrma.
Siginifica que moda fala do nosso tempo, desenha a cara do hoje.
Ninguém vai falar de um estilista como quem fala de Picasso, em exposição agora no Grand Palais: "à frente do seu tempo".
Chanel funcionou porque sacou a necessidade do seu tempo. Idem YSL. Não que eles não tenham enfrentado o desconforto de quem propõe algo novo. Já contei aqui que a socialite Nam Kempner foi barrada em um restaurante fino porque estava de terno YSL. Mulheres só eram aceitas vestidas de saia - meos deoses, nos anos 1970, ontem mesmo! YSL estava à frente do seu tempo? Não - o mundo é que estava apegado ao passado.
Stefano Pilati, da YSL, diz que aprendeu logo cedo na profissão que "estar à frente do seu tempo é como ficar para atrás". "O mais importante é estar no próprio tempo, on time", diz.
Talvez daí venha a idéia de que moda é algo menor, efêmero - quando eu penso já me dá uma preguiça, blá.
Talvez por isso tenha gente que ainda insista em ir a um prêmio com calça jeans, camiseta, Converse.
(Vivienne Westwood me disse numa entrevista que não tem peça mais convencional do que o jeans, tem alguém ouvindo?).
É coisa de artista desprezar convenções sociais? Duvi d-o do!
Sempre penso na mudança de figurino de Caetano, outro indicado da noite: da Tropicália ao Romeo Gigli. Talvez nenhum artista, como diz minha mãe, tenha entendido tanto do poder do figurino como ele.
Extrapolar não é muito mais bacana? Quebrar expectativas? Por que tudo tem que ser igual, o mesmo - como se pergunta Zaha Hadid na hora de desenhar seja um prédio ou uma bolsa Vuitton?
Para desafiar, tem que conhecer as regras do jogo.
Por que não um vestido preto de jérsei de lingerie no lugar de um saia e blusa de tricô Fair Isle, deve ter se perguntado Chanel? Por que não calças para mulheres no lugar de tailleurs, idem YSL? Por que não um macacão preto de um ombro só no lugar de um pretinho básico, Nina Becker?
Por que não?
Conhecer é saber. Saber é cultura. Tem que ter cultura de moda. Outro dia José Nunes, um dos costureiros brasileiros ainda em atividade, me disse - sem nostalgia, sem preconceito - "como é que a gente vai querer que uma pessoa se vista direito se ela nem sabe segurar um copo?".
É tudo civilização.
Não é uma idéia fácil de engolir. Xiitas mundo afora estrilam toda vez que um museu cede espaço para uma expo de moda.
Mas por que não?
Na Faap até 14 de dezembro, vestidos históricos feitos em papel no tamanho natural pela artista belga Isabelle de Borchgrave são uma aula de história. Isabelle corta o papel como se fosse tecido, pinta para estampá-los e "costura" modelos espalhados em acervos de museus. Algumas peças exigem mais do que conhecimento técnico, mas de época. É o caso de peças tiradas de quadros - só com a frente à vista. É preciso conhecimento para reconstruir o verso, coisa que cabe à figurinista canadense Rita Brown.
É moda, arte, artesanato? Essa resposta é mais relevante do que o trabalho em si? Não acho.
Quando moda deixar de ser confete acho que dá para imaginar um prêmio Bravo! com mais moda nos salões e no palco da Sala São Paulo. A paisagem, se não ficar mais bonita, vai ser no mínimo menos conformista.
ps. me esqueci de dizer que amanhã tem prêmio de moda no Theatro Municipal. Dress code? Passeio completo - aquele vasta definição entre algo que você não usaria para um jantar caprichado nem para uma festa-baile. Vai ser um espetáculo...
Antes que alguém me acuse de falar bem por interesses privados, já deixo claro que duas pessoas-chave desse prêmio são amigos de família. E duas pessoas para quem eu tiraria um zilhão de Borsalinos.
Enquanto me arrumava, cogitei levar minha máquina fotográfica para registrar cenas de 'moda na real' para este blog (desisti no último minuto porque, bom, eu fui mesmo a passeio).
Mais do que saber o que (marcas) vestiam convidados, gostaria de saber que critério, que motivo levou fulano & beltrana a escolher aquele look. Uma investigação sobre o gosto, como diz Arrigo Barnabé no Supertônica, programa da Rádio Cultura.
Você se veste para que - e para quem? Como escolheu juntar essa peça àquela? E essa cor a outra? Essa proporção assim e não assado?
São escolhas estéticas - parte inconsciente, parte inconsistente (sem razão explítica de ser), parte conveniente, parte cultural. Por cultural, entenda-se aqui o que é aceito ou conveniente para uma situação, um compromisso, um ambiente.
De que maneira essa escolha se diferencia, por exemplo, das cores que Beatriz Milhazes, uma das finalistas ao troféu Exclamação (o ponto do título dá forma ao Oscar da cultura nacional) de 2008, escolhe para uma tela?
O convite não trazia indicação de traje. O que você usaria, por exemplo?
(...)
Eu vi várias mulheres de pretinhos básicos (mesmo! sem nada na modelagem ou no tecido. e com bijoux como enfeite) na altura do joelho, muitos combinados com escarpins pretos de bico fino.
Vi algumas de calça com tops bordados e xale. E terno preto. Todos acompanhados de carteiras.
Alguns longos floridos - um com geo à moda Pucci e sandália de salto forrada com o mesmo tecido.
Do ponto de vista do dress code - mesmo não declarado - é tudo bem correto (estou falando de regras, não de gosto). quanto mais bem cortado, aliás, mais bonito de se ver.
Com raríssimas exceções, ...
1. pretinho nada básico, na altura dos joelhos, de jérsei drapeado à moda grega e usado com peep toe baixinho;
2. um caftã pink de tafetá de algodão;
3. um longo florido nouveau na barra;
4. uma minitúnica de cetim de seda de cores apagadas;
5. o macacão drapeado de um ombro só de Nina Becker, que cantou neobossa entre a entrega de estatuetas "!";
6. a lantejoula Ronaldo Fraga de Fernanda Takai,
7. os sapatos desencontrados de Mallu Magalhães,
... não havia moda nos salões da Sala São Paulo.
Nina Becker na Sala São Paulo
Assim como não havia moda no palco da Sala São Paulo.
Nenhuma exposição indicada, nenhum estilista concorrendo à artista do ano, nenhum livro...
E, olhando ao meu redor, como seria diferente?
Moda é moda. Não é arte - para gente como Martin Margiela, 20 anos de maison nesse ano, é artesanato. Sem crise, sem metafísica, sem juízo de valor.
Arte deforma, reforma, forma. Moda conforma.
Conforma no sentido de dar ou tomar forma, colocar na fôrma.
Siginifica que moda fala do nosso tempo, desenha a cara do hoje.
Ninguém vai falar de um estilista como quem fala de Picasso, em exposição agora no Grand Palais: "à frente do seu tempo".
Chanel funcionou porque sacou a necessidade do seu tempo. Idem YSL. Não que eles não tenham enfrentado o desconforto de quem propõe algo novo. Já contei aqui que a socialite Nam Kempner foi barrada em um restaurante fino porque estava de terno YSL. Mulheres só eram aceitas vestidas de saia - meos deoses, nos anos 1970, ontem mesmo! YSL estava à frente do seu tempo? Não - o mundo é que estava apegado ao passado.
Stefano Pilati, da YSL, diz que aprendeu logo cedo na profissão que "estar à frente do seu tempo é como ficar para atrás". "O mais importante é estar no próprio tempo, on time", diz.
Talvez daí venha a idéia de que moda é algo menor, efêmero - quando eu penso já me dá uma preguiça, blá.
Talvez por isso tenha gente que ainda insista em ir a um prêmio com calça jeans, camiseta, Converse.
(Vivienne Westwood me disse numa entrevista que não tem peça mais convencional do que o jeans, tem alguém ouvindo?).
É coisa de artista desprezar convenções sociais? Duvi d-o do!
Sempre penso na mudança de figurino de Caetano, outro indicado da noite: da Tropicália ao Romeo Gigli. Talvez nenhum artista, como diz minha mãe, tenha entendido tanto do poder do figurino como ele.
Extrapolar não é muito mais bacana? Quebrar expectativas? Por que tudo tem que ser igual, o mesmo - como se pergunta Zaha Hadid na hora de desenhar seja um prédio ou uma bolsa Vuitton?
Para desafiar, tem que conhecer as regras do jogo.
Por que não um vestido preto de jérsei de lingerie no lugar de um saia e blusa de tricô Fair Isle, deve ter se perguntado Chanel? Por que não calças para mulheres no lugar de tailleurs, idem YSL? Por que não um macacão preto de um ombro só no lugar de um pretinho básico, Nina Becker?
Por que não?
Conhecer é saber. Saber é cultura. Tem que ter cultura de moda. Outro dia José Nunes, um dos costureiros brasileiros ainda em atividade, me disse - sem nostalgia, sem preconceito - "como é que a gente vai querer que uma pessoa se vista direito se ela nem sabe segurar um copo?".
É tudo civilização.
Não é uma idéia fácil de engolir. Xiitas mundo afora estrilam toda vez que um museu cede espaço para uma expo de moda.
Mas por que não?
Na Faap até 14 de dezembro, vestidos históricos feitos em papel no tamanho natural pela artista belga Isabelle de Borchgrave são uma aula de história. Isabelle corta o papel como se fosse tecido, pinta para estampá-los e "costura" modelos espalhados em acervos de museus. Algumas peças exigem mais do que conhecimento técnico, mas de época. É o caso de peças tiradas de quadros - só com a frente à vista. É preciso conhecimento para reconstruir o verso, coisa que cabe à figurinista canadense Rita Brown.
É moda, arte, artesanato? Essa resposta é mais relevante do que o trabalho em si? Não acho.
Quando moda deixar de ser confete acho que dá para imaginar um prêmio Bravo! com mais moda nos salões e no palco da Sala São Paulo. A paisagem, se não ficar mais bonita, vai ser no mínimo menos conformista.
ps. me esqueci de dizer que amanhã tem prêmio de moda no Theatro Municipal. Dress code? Passeio completo - aquele vasta definição entre algo que você não usaria para um jantar caprichado nem para uma festa-baile. Vai ser um espetáculo...
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
ROUPAS DO OFÍCIO pantalona + camisa + cardigã
Jason Wu, resort 2009
O que você faz quando o dia começa a 10C, sobe para 25C e termina em 5C?
Gente com passaporte carimbado (!) em Curitiba pratica o efeito cebola. O que é um jeito mais gozado/simplório/claro de dizer sobreposição: uma peça por cima da outra, que você descasca à medida em que a temp sobe. E "recasca" se a temp desce.
Então, considerando que o termômetro despencou tanto quanto a bolsa nesse fim de dia, minha sugestão para amanhã é essa, de Jason Wu.
(se vc já comprou a pantalona de veludo cotelê, go for it)
Como diria Sued, "à demain que eu vou em frente".
Recessionista, depressionista & taxista
Note como a repórter (do texto abaixo) volta no tempo - à grande depressão e à recessão do fim de 1980s (não à toa vista como a década que encerra, de fato, o século 20).
Só um comentário extra: muitas marcas internacionais estão vindo para o Brasil.
Não somos grande coisa em termos de mercado. Ainda.
Mas o país está mais rico.
Como disse uma dona de franquia de marca importada para mim, num tricô over champanhe, "tem muita secretária agora que pode comprar a bolsa mais barata da Vuitton parcelando o preço. 400 reais de parcela cabe no bugdet dela".
Muita gente pode consumir marcas de luxo com esse luxo que é pagar a conta gotas.
Não pense que é hábito de quem tem pouca grana. Gente abonada compra carro de 200 mil+ em parcelas porque vale mais a pena aplicar a grana lá fora. (ou valia)
Enfim, como eu disse para meu amigo João hoje, nem o mundo - nem a moda - começaram ontem.
Em 1947, quando o presidente Eurico Gaspar Dutra voltou atrás na política liberal de abrir o mercado brasileiro para importados - em outras palavras, taxou as importações de novo - os brasileiros já estavam mais do que acostumados a parcelar suas comprinhas. Tiveram de dar adeus a elas.
"A popularidade dos artigos importados pode ser aproximadamente estimada de relatos impressionistas da época: nos termos do relatório oficial da CEXIM de junho de 1947, os consumidores que aspiravam por bens importados não envolviam apenas as “classes abastadas”, pois foram importadas também “bagatelas e artigos da moda, que exercem
poder de fascinação invencível, mormente sobre as camadas mais modestas das populações, que, para obtê-los, em regra assumem, pelo tão divulgado sistema de ‘prestações’, encargos financeiros que comprometem e sacrificam por muitos meses a melhor parte de seus diminutos salários.” Ricardo Bielschowsky, economista e professor da UFRJ.
Nem recessionistas, nem depressionistas - taxistas, impostoras talvez?
NYT, October 26, 2008
A Label for a Pleather Economy
By NATASHA SINGER
IN an economic climate in which buying a handbag with a four- or five-digit price tag is starting to seem gauche, the free-spending style hounds formerly known as “fashionistas” are rebranding themselves.
Consider the $1,235 patent-leather satchel with golden hardware designed by Anya Hindmarch.
Mary Hall, a marketing manager at I.B.M. in Redondo Beach, Calif., heard its siren call. Then she went to Target to purchase a similarly shiny purse, made out of polyvinyl chloride, by the same designer. Price: $49.99.
“In the current economy, I thought I would reform,” Ms. Hall said.
Welcome to “recession chic” and its personification, the “recessionista,” the new name for the style maven on a budget. That the word represents the times could explain why Sarah Palin’s new wardrobe ($75,000 at Neiman Marcus and nearly $50,000 at Saks) struck some as distasteful.
Ms. Hall, who first read the term in newspapers and on Web sites like Jezebel.com, even started a blog to chronicle her cheap and chic choices: therecessionista.blogspot.com.
In part, the word reflects the efforts of fashion and beauty publicists to spin the economic downturn as an attractive retail trend. For instance, Bourjois, a moderately priced makeup line from France, sent a recent press release by e-mail to reporters promoting the brand’s cheapest mascara and lip glosses as “the Recessionista Collection,” an antidote to gloom. An e-mail message sent last week on behalf of Salon Eliut Rivera in Manhattan promoted “Recessionista Beauty,” offering discounts on haircuts and eyebrow shaping.
The use of the word recessionista is “making light of a situation that isn’t so favorable for the consumer-driven industries of our nation, spinning it ... and delivering a luring message to the masses — PR 101 ladies and gentlemen,” wrote Heather Viggiani on the blog of a public relations firm where she works part-time, www.piercemattiepublicrelations.com.
Ms. Viggiani, who is also an undergraduate student in advertising and marketing at Fashion Institute of Technology in Manhattan, went on to describe a “recession chic” movement in retail. “A host of discount brands kneel graciously at the feet of recession and position their products and services not only as the smart thing to do, but the posh one.”
Grant Barrett, a lexicographer who specializes in new words and slang, said the word is being used to give Americans an excuse to buy more stuff.
“It’s kind of permitting consumers to have justification for their spending habits,” he said. Mr. Barrett included “recessionista” as an up-and-coming catchphrase earlier this month on his Web site, DoubleTongued.org. “The idea is, because they are spending less or getting more value, it is still O.K. to shop,” he said in a recent phone interview. “It’s a very self-serving message.”
“Recession chic” is yet another in a long line of terms created by fashion writers who have an affinity for the suffix “chic”: hippie chic, Seventies chic, tribal chic, military chic, geek chic, Camilla chic, rehab chic, eco chic.
Back in February, the headline “Recession Chic” topped an article in The Times of London by Lisa Armstrong, the newspaper’s fashion critic, who noted a return to tailored dressing among businesswomen. In April, the same headline accompanied a piece by Kate Betts in Time magazine that described the new somber collections of fashion designers.
“Come fall, fashion will follow the downward spiral of home values and investment portfolios, as designers embrace restraint with a dark palette and severe silhouette,” Ms. Betts wrote.
For recession chic to become a trend, however, the stigma of profligacy associated with shopping for clothing in an uncertain economy would have to be played down.
Style.com, the Web site of Vogue magazine, has declared passé the free-spending fashionista of the type lionized in “Sex and the City.” In her stead, the Web site fashioned a new icon for the new austerity, a plucky heroine able to fixate on designer logos even at a time when her house might face foreclosure.
Derek Blasberg wrote this summer on style.com: “You should know that while the fashionista may have locked herself in the vault with her tiaras, her younger, hipper sister — recessionista — is at the mall finding designer threads (or diffusion designer threads) at discount prices. Look for her at Target, Uniqlo, Payless or Kohl’s, all of whom have inked deals with designers recently. That’s because recessionistas aren’t letting a little thing like falling stock prices and rising gas bills get in the way of their wardrobe.”
The nomenclature may be new. The idea of moving merchandise in a tough climate is not.
A Sears catalog from 1930 at the beginning of the Great Depression offered “coats of the new mode in the spirit of smart economy” priced to sell at $9.75 to $25. Phrases like “be smart and thrifty” and “look at the chic economy” promoted dresses that cost $4.98 to $8.98.
In the wake of the stock market crash of 1987, designers began to offer less-expensive second lines. In 1989, for example, Donna Karan introduced DKNY.
Certainly, the word “recessionista” has its roots in economic hardship. Finance executives first used the term to connote a person predicting a recession or a person who believes a recession would benefit the long-term health of the economy, according to lexicographers.
But, over the last six months, publicists, retailers and even a few consumers have refashioned the word that rhymes with fashionista.
“It’s a sound-alike word,” said Paul McFedries, the proprietor of an on-line dictionary of catch-phrases called wordspy.com, which added “recessionista” to its lexicon in July. While it may seem inane to make use of a weighty word like “recession” to form a playful neologism that embraces shopping, people are using it because it is fun to pronounce, he said. “If you are a grammar pedant, you are going to lose a lot of the joy of the language.”
Ms. Hall of therecessionista.blogspot.com said her friends like the word so much they have nicknamed her Recessionista. “It is more lighthearted to say ‘I am the Recessionista, and I don’t really go for that,’ instead of saying ‘I can’t afford that or I don’t want to spend the money,’ ” Ms. Hall said. “The ‘ista’ on the end there, it gives it a little touch of the bling, I think.”
Indeed, “recessionista” carries an upbeat tone that recalls an earlier credit crisis neologism: “staycation,” a euphemism for spending one’s vacation at home. Similar terminology — “frugal chic,” “recession-proof dressing,” going on a “spending fast” — with more negative connotations has not caught on among consumers or the fashion world.
Mr. McFedries said the word is a more encouraging term than phrases like “conspicuous austerity” or “inconspicuous consumption.”
Publicists “want to come up with a word or phrase that makes things seem not as bad as they are,” Mr. McFedries said.
He added: “You’ve got to put a positive spin on it because you have to get people to spend money when they don’t want to on an optional purchase.”
But recessionista may not be the final incarnation of a style hound on the scent of designer discounts.
In the event that the economy worsens, make way for the depressionista.
Só um comentário extra: muitas marcas internacionais estão vindo para o Brasil.
Não somos grande coisa em termos de mercado. Ainda.
Mas o país está mais rico.
Como disse uma dona de franquia de marca importada para mim, num tricô over champanhe, "tem muita secretária agora que pode comprar a bolsa mais barata da Vuitton parcelando o preço. 400 reais de parcela cabe no bugdet dela".
Muita gente pode consumir marcas de luxo com esse luxo que é pagar a conta gotas.
Não pense que é hábito de quem tem pouca grana. Gente abonada compra carro de 200 mil+ em parcelas porque vale mais a pena aplicar a grana lá fora. (ou valia)
Enfim, como eu disse para meu amigo João hoje, nem o mundo - nem a moda - começaram ontem.
Em 1947, quando o presidente Eurico Gaspar Dutra voltou atrás na política liberal de abrir o mercado brasileiro para importados - em outras palavras, taxou as importações de novo - os brasileiros já estavam mais do que acostumados a parcelar suas comprinhas. Tiveram de dar adeus a elas.
"A popularidade dos artigos importados pode ser aproximadamente estimada de relatos impressionistas da época: nos termos do relatório oficial da CEXIM de junho de 1947, os consumidores que aspiravam por bens importados não envolviam apenas as “classes abastadas”, pois foram importadas também “bagatelas e artigos da moda, que exercem
poder de fascinação invencível, mormente sobre as camadas mais modestas das populações, que, para obtê-los, em regra assumem, pelo tão divulgado sistema de ‘prestações’, encargos financeiros que comprometem e sacrificam por muitos meses a melhor parte de seus diminutos salários.” Ricardo Bielschowsky, economista e professor da UFRJ.
Nem recessionistas, nem depressionistas - taxistas, impostoras talvez?
NYT, October 26, 2008
A Label for a Pleather Economy
By NATASHA SINGER
IN an economic climate in which buying a handbag with a four- or five-digit price tag is starting to seem gauche, the free-spending style hounds formerly known as “fashionistas” are rebranding themselves.
Consider the $1,235 patent-leather satchel with golden hardware designed by Anya Hindmarch.
Mary Hall, a marketing manager at I.B.M. in Redondo Beach, Calif., heard its siren call. Then she went to Target to purchase a similarly shiny purse, made out of polyvinyl chloride, by the same designer. Price: $49.99.
“In the current economy, I thought I would reform,” Ms. Hall said.
Welcome to “recession chic” and its personification, the “recessionista,” the new name for the style maven on a budget. That the word represents the times could explain why Sarah Palin’s new wardrobe ($75,000 at Neiman Marcus and nearly $50,000 at Saks) struck some as distasteful.
Ms. Hall, who first read the term in newspapers and on Web sites like Jezebel.com, even started a blog to chronicle her cheap and chic choices: therecessionista.blogspot.com.
In part, the word reflects the efforts of fashion and beauty publicists to spin the economic downturn as an attractive retail trend. For instance, Bourjois, a moderately priced makeup line from France, sent a recent press release by e-mail to reporters promoting the brand’s cheapest mascara and lip glosses as “the Recessionista Collection,” an antidote to gloom. An e-mail message sent last week on behalf of Salon Eliut Rivera in Manhattan promoted “Recessionista Beauty,” offering discounts on haircuts and eyebrow shaping.
The use of the word recessionista is “making light of a situation that isn’t so favorable for the consumer-driven industries of our nation, spinning it ... and delivering a luring message to the masses — PR 101 ladies and gentlemen,” wrote Heather Viggiani on the blog of a public relations firm where she works part-time, www.piercemattiepublicrelations.com.
Ms. Viggiani, who is also an undergraduate student in advertising and marketing at Fashion Institute of Technology in Manhattan, went on to describe a “recession chic” movement in retail. “A host of discount brands kneel graciously at the feet of recession and position their products and services not only as the smart thing to do, but the posh one.”
Grant Barrett, a lexicographer who specializes in new words and slang, said the word is being used to give Americans an excuse to buy more stuff.
“It’s kind of permitting consumers to have justification for their spending habits,” he said. Mr. Barrett included “recessionista” as an up-and-coming catchphrase earlier this month on his Web site, DoubleTongued.org. “The idea is, because they are spending less or getting more value, it is still O.K. to shop,” he said in a recent phone interview. “It’s a very self-serving message.”
“Recession chic” is yet another in a long line of terms created by fashion writers who have an affinity for the suffix “chic”: hippie chic, Seventies chic, tribal chic, military chic, geek chic, Camilla chic, rehab chic, eco chic.
Back in February, the headline “Recession Chic” topped an article in The Times of London by Lisa Armstrong, the newspaper’s fashion critic, who noted a return to tailored dressing among businesswomen. In April, the same headline accompanied a piece by Kate Betts in Time magazine that described the new somber collections of fashion designers.
“Come fall, fashion will follow the downward spiral of home values and investment portfolios, as designers embrace restraint with a dark palette and severe silhouette,” Ms. Betts wrote.
For recession chic to become a trend, however, the stigma of profligacy associated with shopping for clothing in an uncertain economy would have to be played down.
Style.com, the Web site of Vogue magazine, has declared passé the free-spending fashionista of the type lionized in “Sex and the City.” In her stead, the Web site fashioned a new icon for the new austerity, a plucky heroine able to fixate on designer logos even at a time when her house might face foreclosure.
Derek Blasberg wrote this summer on style.com: “You should know that while the fashionista may have locked herself in the vault with her tiaras, her younger, hipper sister — recessionista — is at the mall finding designer threads (or diffusion designer threads) at discount prices. Look for her at Target, Uniqlo, Payless or Kohl’s, all of whom have inked deals with designers recently. That’s because recessionistas aren’t letting a little thing like falling stock prices and rising gas bills get in the way of their wardrobe.”
The nomenclature may be new. The idea of moving merchandise in a tough climate is not.
A Sears catalog from 1930 at the beginning of the Great Depression offered “coats of the new mode in the spirit of smart economy” priced to sell at $9.75 to $25. Phrases like “be smart and thrifty” and “look at the chic economy” promoted dresses that cost $4.98 to $8.98.
In the wake of the stock market crash of 1987, designers began to offer less-expensive second lines. In 1989, for example, Donna Karan introduced DKNY.
Certainly, the word “recessionista” has its roots in economic hardship. Finance executives first used the term to connote a person predicting a recession or a person who believes a recession would benefit the long-term health of the economy, according to lexicographers.
But, over the last six months, publicists, retailers and even a few consumers have refashioned the word that rhymes with fashionista.
“It’s a sound-alike word,” said Paul McFedries, the proprietor of an on-line dictionary of catch-phrases called wordspy.com, which added “recessionista” to its lexicon in July. While it may seem inane to make use of a weighty word like “recession” to form a playful neologism that embraces shopping, people are using it because it is fun to pronounce, he said. “If you are a grammar pedant, you are going to lose a lot of the joy of the language.”
Ms. Hall of therecessionista.blogspot.com said her friends like the word so much they have nicknamed her Recessionista. “It is more lighthearted to say ‘I am the Recessionista, and I don’t really go for that,’ instead of saying ‘I can’t afford that or I don’t want to spend the money,’ ” Ms. Hall said. “The ‘ista’ on the end there, it gives it a little touch of the bling, I think.”
Indeed, “recessionista” carries an upbeat tone that recalls an earlier credit crisis neologism: “staycation,” a euphemism for spending one’s vacation at home. Similar terminology — “frugal chic,” “recession-proof dressing,” going on a “spending fast” — with more negative connotations has not caught on among consumers or the fashion world.
Mr. McFedries said the word is a more encouraging term than phrases like “conspicuous austerity” or “inconspicuous consumption.”
Publicists “want to come up with a word or phrase that makes things seem not as bad as they are,” Mr. McFedries said.
He added: “You’ve got to put a positive spin on it because you have to get people to spend money when they don’t want to on an optional purchase.”
But recessionista may not be the final incarnation of a style hound on the scent of designer discounts.
In the event that the economy worsens, make way for the depressionista.
BOA APLICAÇÃO pantalona de veludo
Akris, resort 2009
Então se a bolsa não é mais um investimento de retorno seguro, é bom voltar os olhos para aqueles fundos a longo prazo. Pode ser que eles não dêem aquele retorno de impacto (como faria um dos colares Lanvin inverno 2008-2009 no look), mas afinal o que há de mal em algo que dê ganhos menores (sem o efeito 'uau' imediato) mas constantes e forever?
Nada.
Pantalonas de veludo, por exemplo. Por anos elas estiveram esquecidas. O retorno dos 1970 - 'lavado' pelo minimalismo - trouxe à tona um curinga daqueles.
Há veludos e veludos. O cotelê é sempre mais esportivo e vai mesmo no dia-a-dia dos dias mais friozinhos... Combina com tecidos mais cotidianos e mais pesados (lã, por exemplo).
(quanto tempo vamos demorar para nos acostumarmos ao fato de que não dá mais para dividir o ano em primavera/verão e outono/inverno? as estações mudam agora semana depois de semana. as pereiras do jardim do namorado da minha irmã mais nova estão tão confusas com a oscilação de temperatura que produziram muito no ano passado e esse ano ainda nada... o pessegueiro passou o inverno florido!!!)
O alemão e o molhado são ótimos para pantalonas noturnas. A textura é sexy (combine com seda, por exemplo, entre outros tecidos igaulmente sensoriais e sexy). A levada é deliciosamente vintage.
O efeito é providencialmente eterno. Compre agora, use o quanto o tecido tiver aparência de novo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
MODERNA NO ATO paletó sobre vestido
3.1 Phillip Lim, resort 2009
Fique de olho no paletó masculino, com essas proporções megageométricas e anticurvas. É o que vai mudar tudo numa produção. Sobre vestidos, não necessariamente curtos, entram como o elemento adulto do look que tinha tudo para ser apenas fofo, ou boho ou, bem, bobo.
Se você tem pernas, o jogo entre comprimentos do vestido e do paletó deixa tudo mais fresco ainda. Se você não rola sem rock (corra par ao desfile da Balmain para inspiração), vale deixar o comprimento do vestido muito acima da barra do paletó.
AQUI TEM bracelete à Verdura
Braceletes Cruz de Malta de esmalte e pedras, Fulco di Verdura para Chanel, 1937.
Bracelete de turquesa e banhado a ouro, José & Maria Barreras, 640 dólares (Neiman Marcus).
Bracelete de prata, mosaico de madrepérolas, druza e quartzo fumê, Camila Sarpi para Isabella Giobbi, 1 530 reais.
Deve ser a chegada do calor. Mas joalheiros daqui e de lá estão pondo as manguinhas de fora e criando os braceletes mais desejáveis de muitas temporadas: vistosos, presentes, definitivos e definidores dos looks, de metal e pedras.
Tem a ver com o retorno do déco, da déco e do decoro no look. Se você puder colocar os olhos nas memórias de Fulco Santostefano della Cerda, Duque of Verdura - The Happy Summer Days - o mundo todo vai fazer sentido.
Ditada em 1976, as memórias deixam claro como a infância passada sob o sol da Sicília moldou o gosto de Fulco di Verdura, parceiro (criativo) de Coco Chanel a partir de 1927.
(Alugue "O Leopardo", baseado no livro de Giuseppe di Lampedusa, primo de Verdura, para entender o cenário e a família aristocrática e excêntrica de ambos.)
Pedras grandes, o barroco, paixão pelo ouro, gosto pela natureza, o sofisticado de braços dados com o primitivo - tudo isso fazia parte do repertório desse joalheiro por acaso, nascido em Palermo, 1898.
Nada no seu estilo combinava com a moda da 'jóia branca' - platina + diamantes - da época.
Foi o que bastou para Chanel cair de amores pelo seu desenho. Chanel, é sabidíssimo, não acreditava no valor de commodity da jóia. Dizia que, se era para ostentar o poder de compra, melhor logo usar um cheque pendurado no pescoço.
As peças de Verdura eram a anticommodity. Fauna, flora, materiais pouco usados (Verdura se orgulhava de dizer que tinha poder de transformar uma conchinha banal em pedra preciosa) eram colocados juntos segundo um conhecimento enciclopédico de história da arte.
Sob medida para Chanel, cujas costume jewelry não raro saíam direto de retratos de mulheres pintadas no século 16. Ou antes, do Império Bizantino - fonte principal de inspiração para as peças feitas por Robert Goossens para ela.
O encontro dos dois não é História com h maiúsculo. Há duas versões. A primeira diz que eles se conheceram nos salões do Palazzo Rezzonico, em Veneza, numa festa oferecida por Linda e Cole Porter, 1925. Outra, mais excêntrica e publicada pela New Yorker em 1941, diz que ele torrou o dinheiro da herança numa festa que durou uma semana na Sicília e depois num baile temático de Lady Hamilton. Em seguida, foi para Paris trabalhar com Chanel.
Primeiro, como designer têxtil.
Depois, como joalheiro. Para a clientela da rue Cambon e em benefício próprio: Verdura ficou encarregado de dar cara nova para peças que ela recebeu dos amantes ao longo dos romances.
Em 1935, já estabelecido em Nova York, Verdura criou a peça mais icônica da dupla: o bracelete de esmalte com pedras dispostas na forma da Cruz de Malta. O primeiro exemplar foi feito com a Cruz que Dmitri, o último representante da família Romanov e amante de Chanel, deu a ela.
Há quem diga também que a Cruz de Malta é uma das memórias mais antigas de Chanel, da época em que viveu num orfanato/convento.
Mutas versões do bracelete vieram depois (até dourada), até Verdura abrir uma loja própria em 1937 e a parceria terminar.
Em 1941, Salvador Dalí e ele trabalharam juntos numa coleção de jóias. Ele criou as abotoaduras Night and Day para Porter, inspirada numa de suas canções mais conhecidas. Em The Philadelphia Story, Katherine Hepburn interpreta uma socialite cujo porta-jóia é forrado de Verdura.
Verdura morreu em 1978. Continua à venda - inclusive uma das versões do bracelete Cruz de Malta.
É o parceiro perfeito para as mangas curtas, mangas 3/4 (Balenciaga as inventou com esse propósito, o de as clientes exibirem seus braceletes) e, sim, sobre mangas compridas.
Mas o melhor é usar em total simetria como faz Camila Sarpi - um de cada lado e uma atitude bem art déco. Nenhum camiseta H&M vai fazer feio à mesa dos melhores restôs se você levantar os punhos na frente dela. Bem fresco, bem verão - ainda que não seja num jardim barroco siciliano!
(inside joke, mas verdadeiro...)
De curiosidade:
Colar de ametistas e águas-marinhas brasileiras, Fulco di Verdura para Bernice McIlhenny Winterstee, 1969.
Em maio desse ano, a casa de leilão inglesa Bonhams (1793!) colocou à venda (entre 40 mil e 60 mil libras esterlinas) o colar de ametistas e águas-marinhas feito por Verdura a pedido de Bernice McIlhenny Winterstee, colecionadora de arte moderna e primeia mulher a presidir o Museu de Arte da Filadélfia (1964-1968).
Bernice comprou as pedras numa das muitas visitas ao Brasil e deu a Verdura para que fizesse mais uma peças - ela adorava entreter os amigos em jantares, sempre usando peças douradas, grandes e com pedras coloridas.
Leia também, além das memórias: Verdura: The Life and Works of a Master Jeweler, Patricia Corbett (Thames & Hudson, 2002 e 2008).
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Preto vai bem, diria Mr. Blackwell
(estou atolada, mas não alienada).
Então, mais uma voz dissonante vai. Ainda que aos 86, vai cedíssimo. Nessa era do marketing, todo mundo sorri e ninguém fala mal de ninguém (pela frente), Mr. Blackwell era welcome... E olha que eu admiro demais Eleanor Lambert, que criou a Best Dressed List (hoje na Vanity Fair).
Alguém poderia reeditar Telmo Martino, colunista social do JT. Ruy Castro disse bem que ninguém era alguém, para o bem e para o mal, se não passasse pela coluna dele. Para mais, leia Serpente Encantadora, com o veneno publicado entre 1975 e 1985, lançado pela editora Planeta em 2004.
Pérolas aos óin-óinc: Lina Bo Bardi, "a última fã de Veronica Lake", Elba Ramalho, a "Frajola do Flagelo", a expressão "poncho e conga" para os hippies...
Veja os comentários de Blackwell!
Fashion critic Mr. Blackwell dies in Los Angeles
The Associated Press
Monday, October 20, 2008
LOS ANGELES: Mr. Blackwell, the acerbic designer whose annual worst-dressed list skewered the fashion felonies of celebrities from Zsa Zsa Gabor to Britney Spears, has died. He was 86.
Blackwell died Sunday at Cedars-Sinai Medical Center of complications from an intestinal infection, publicist Harlan Boll said.
Blackwell, whose first name was Richard, was a little-known dress designer when he issued his first tongue-in-cheek criticism of Hollywood fashion disasters for 1960 — long before Joan Rivers and others turned such ridicule into a daily affair.
Year after year, he would take Hollywood's reigning stars and other celebrities to task for failing to dress in what he thought was the way they should.
Being dowdy was bad enough, but the more outrageous clothing a woman wore, the more biting his criticism. He once said a reigning Miss America looked "like an armadillo with cornpads."
A few other examples:
Madonna: "The Bare-Bottomed Bore of Babylon."
Barbra Streisand: "She looks like a masculine Bride of Frankenstein."
Christina Aguilera: "A dazzling singer who puts good taste through the wardrobe wringer."
Meryl Streep: "She looks like a gypsy abandoned by a caravan."
Sharon Stone: "An over-the-hill Cruella DeVille."
Lindsay Lohan: "From adorable to deplorable."
Patti Davis: "Packs all the glamour of an old, worn-out sneaker."
Ann-Margret: "A Hells Angel escapee who invaded the Ziegfeld Follies on a rainy night."
Camilla Parker-Bowles: "The Duchess of Dowdy."
Bjork: "She dances in the dark — and dresses there, too."
Spears: "Her bra-topped collection of Madonna rejects are pure fashion overkill."
The critic acknowledged he had mixed feelings about appearing so publicly mean. Most of the women he put through the wringer, he said, were people he genuinely admired for their talent if not their fashion sense.
"The list is and was a satirical look at the fashion flops of the year," he said in 1998. "I merely said out loud what others were whispering. ... It's not my intention to hurt the feelings of these people. It's to put down the clothing they're wearing."
He told the Los Angeles Times in 1968 that designers were forgetting that their job "is to dress and enhance women. ... Maybe I should have named the 10 worst designers instead of blaming the women who wear their clothes."
Surprisingly, the woman who topped his worst-dressed list for 1982 (announced in early 1983) was the newly married Diana, Princess of Wales. He said she had gone from "a very young, independent, fresh look" to a "tacky, dowdy" style. She quickly regained her footing and wound up as a regular on Blackwell's favorites list, the "fabulous fashion independents."
Blackwell had started out as an actor himself, having been spotted by a talent agent while still in his teens. He landed a job as an understudy in the Broadway production of Sidney Kingsley's heralded drama "Dead End."
Although he got to play the role of the Dead End Kids' leader on stage only one time, it led him to Hollywood where he landed bit parts in such films as "Little Tough Guy" (uncredited) and "Juvenile Hall" (as Dick Selzer).
He abandoned his acting career in 1958 after failing to make it in movies and switched to fashion design. He claimed to be the first to make designer jeans for women, and his salon had begun to attract a few Hollywood names when he issued his first list covering the fashion faux pas of 1960. (Italian star Anna Magnani and Gabor were among his early victims.)
It quickly brought him the celebrity he had long coveted, and he quickly became a favorite on the TV talk show circuit. He hosted his own show, "Mr. Blackwell Presents," in 1968 and appeared as himself in such TV shows as "Matlock" and "Matt Houston."
In 1992, he sued Johnny Carson for claiming that he had added Mother Teresa to his list, saying the comment exposed him to hatred and ridicule. NBC's response was that the "Tonight Show" host was obviously joking.
"Did you see what he said about Mother Teresa? 'Miss Nerdy Nun is a fashion no-no,'" Carson had said. "Come on now, that's just too much."
During his heyday the issuing of Blackwell's annual list was an eagerly anticipated media event.
On the second Tuesday in January he would assemble reporters at his mansion for a lavish breakfast before making a dramatic entrance for the television cameras.
By the turning of the millennium, however, the list had lost its juice and Blackwell took to issuing it by e-mail.
Born Richard Sylvan Selzer in 1922, Blackwell recounted in his autobiography, "From Rags to Bitches," a troubled, poverty-ridden childhood in which he was variously a truant, thief and prostitute.
He is survived by Robert Spencer, his partner of nearly 60 years.
___
Então, mais uma voz dissonante vai. Ainda que aos 86, vai cedíssimo. Nessa era do marketing, todo mundo sorri e ninguém fala mal de ninguém (pela frente), Mr. Blackwell era welcome... E olha que eu admiro demais Eleanor Lambert, que criou a Best Dressed List (hoje na Vanity Fair).
Alguém poderia reeditar Telmo Martino, colunista social do JT. Ruy Castro disse bem que ninguém era alguém, para o bem e para o mal, se não passasse pela coluna dele. Para mais, leia Serpente Encantadora, com o veneno publicado entre 1975 e 1985, lançado pela editora Planeta em 2004.
Pérolas aos óin-óinc: Lina Bo Bardi, "a última fã de Veronica Lake", Elba Ramalho, a "Frajola do Flagelo", a expressão "poncho e conga" para os hippies...
Veja os comentários de Blackwell!
Fashion critic Mr. Blackwell dies in Los Angeles
The Associated Press
Monday, October 20, 2008
LOS ANGELES: Mr. Blackwell, the acerbic designer whose annual worst-dressed list skewered the fashion felonies of celebrities from Zsa Zsa Gabor to Britney Spears, has died. He was 86.
Blackwell died Sunday at Cedars-Sinai Medical Center of complications from an intestinal infection, publicist Harlan Boll said.
Blackwell, whose first name was Richard, was a little-known dress designer when he issued his first tongue-in-cheek criticism of Hollywood fashion disasters for 1960 — long before Joan Rivers and others turned such ridicule into a daily affair.
Year after year, he would take Hollywood's reigning stars and other celebrities to task for failing to dress in what he thought was the way they should.
Being dowdy was bad enough, but the more outrageous clothing a woman wore, the more biting his criticism. He once said a reigning Miss America looked "like an armadillo with cornpads."
A few other examples:
Madonna: "The Bare-Bottomed Bore of Babylon."
Barbra Streisand: "She looks like a masculine Bride of Frankenstein."
Christina Aguilera: "A dazzling singer who puts good taste through the wardrobe wringer."
Meryl Streep: "She looks like a gypsy abandoned by a caravan."
Sharon Stone: "An over-the-hill Cruella DeVille."
Lindsay Lohan: "From adorable to deplorable."
Patti Davis: "Packs all the glamour of an old, worn-out sneaker."
Ann-Margret: "A Hells Angel escapee who invaded the Ziegfeld Follies on a rainy night."
Camilla Parker-Bowles: "The Duchess of Dowdy."
Bjork: "She dances in the dark — and dresses there, too."
Spears: "Her bra-topped collection of Madonna rejects are pure fashion overkill."
The critic acknowledged he had mixed feelings about appearing so publicly mean. Most of the women he put through the wringer, he said, were people he genuinely admired for their talent if not their fashion sense.
"The list is and was a satirical look at the fashion flops of the year," he said in 1998. "I merely said out loud what others were whispering. ... It's not my intention to hurt the feelings of these people. It's to put down the clothing they're wearing."
He told the Los Angeles Times in 1968 that designers were forgetting that their job "is to dress and enhance women. ... Maybe I should have named the 10 worst designers instead of blaming the women who wear their clothes."
Surprisingly, the woman who topped his worst-dressed list for 1982 (announced in early 1983) was the newly married Diana, Princess of Wales. He said she had gone from "a very young, independent, fresh look" to a "tacky, dowdy" style. She quickly regained her footing and wound up as a regular on Blackwell's favorites list, the "fabulous fashion independents."
Blackwell had started out as an actor himself, having been spotted by a talent agent while still in his teens. He landed a job as an understudy in the Broadway production of Sidney Kingsley's heralded drama "Dead End."
Although he got to play the role of the Dead End Kids' leader on stage only one time, it led him to Hollywood where he landed bit parts in such films as "Little Tough Guy" (uncredited) and "Juvenile Hall" (as Dick Selzer).
He abandoned his acting career in 1958 after failing to make it in movies and switched to fashion design. He claimed to be the first to make designer jeans for women, and his salon had begun to attract a few Hollywood names when he issued his first list covering the fashion faux pas of 1960. (Italian star Anna Magnani and Gabor were among his early victims.)
It quickly brought him the celebrity he had long coveted, and he quickly became a favorite on the TV talk show circuit. He hosted his own show, "Mr. Blackwell Presents," in 1968 and appeared as himself in such TV shows as "Matlock" and "Matt Houston."
In 1992, he sued Johnny Carson for claiming that he had added Mother Teresa to his list, saying the comment exposed him to hatred and ridicule. NBC's response was that the "Tonight Show" host was obviously joking.
"Did you see what he said about Mother Teresa? 'Miss Nerdy Nun is a fashion no-no,'" Carson had said. "Come on now, that's just too much."
During his heyday the issuing of Blackwell's annual list was an eagerly anticipated media event.
On the second Tuesday in January he would assemble reporters at his mansion for a lavish breakfast before making a dramatic entrance for the television cameras.
By the turning of the millennium, however, the list had lost its juice and Blackwell took to issuing it by e-mail.
Born Richard Sylvan Selzer in 1922, Blackwell recounted in his autobiography, "From Rags to Bitches," a troubled, poverty-ridden childhood in which he was variously a truant, thief and prostitute.
He is survived by Robert Spencer, his partner of nearly 60 years.
___
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
MÁXIMA DO DIA Carolina Herrera
(em 1977, sobre como ser chic)
"Conviver com nossos problemas já é o começo de uma solução."
"Conviver com nossos problemas já é o começo de uma solução."
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 6
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Belo Horizonte, 20h30, a caminho do restaurante Aurora
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Macacão? Mara Mac. Broche? Acervo pessoal. Sapatilha? Luiza Barcelos. Bolsa? Acervo pessoal. Qual a melhor idéia do look? A escolha do azul-marinho para a noite, uma alternativa ao preto.
Belo Horizonte, 20h30, a caminho do restaurante Aurora
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Macacão? Mara Mac. Broche? Acervo pessoal. Sapatilha? Luiza Barcelos. Bolsa? Acervo pessoal. Qual a melhor idéia do look? A escolha do azul-marinho para a noite, uma alternativa ao preto.
domingo, 19 de outubro de 2008
A SEMANA COM Raquel Davidowicz - dia 7
Raquel passou seis dias aqui e foi a Paris (está, literal e metafor, no ar!). De lá mandou a última foto.
Paris
Raquel Davidowicz, estilista e dona da UMA
Usa: Jaqueta e calça? UMA. Botas? Junya Watanabe. Cachecol? Do meu acervo. Ganhei de presente de uma amiga. Tricô? Gap. Bolsa? Y3.
Qual a melhor idéia do look? A maxibolsa, que deixa o look mais descontraído.
Raquel, como vocês viram aqui, é megafã dos japoneses. Várias vezes o crédito Y3 apareceu nas produções da moça.
Ela vai ficar muito feliz de saber que no ano que vem a Y3 será vendida em São Paulo.
Paris
Raquel Davidowicz, estilista e dona da UMA
Usa: Jaqueta e calça? UMA. Botas? Junya Watanabe. Cachecol? Do meu acervo. Ganhei de presente de uma amiga. Tricô? Gap. Bolsa? Y3.
Qual a melhor idéia do look? A maxibolsa, que deixa o look mais descontraído.
Raquel, como vocês viram aqui, é megafã dos japoneses. Várias vezes o crédito Y3 apareceu nas produções da moça.
Ela vai ficar muito feliz de saber que no ano que vem a Y3 será vendida em São Paulo.
Perfumes de Paris
Para a querida Kate, que se rendeu a Paris agora, é sabidinha da beleza e pode continuar se sentindo em Paris borrifando esses parfums!
(quem gostaria de cheirar a São Paulo, não?)
Eiffel Power
BY CHANDLER BURR, NYT
For years, Paris has inspired a river of scents, from Evening in Paris (don’t laugh) to Paris, Yves Saint Laurent’s crepuscular rose. There have been literal representations and abstract concepts — and here, for your delectation, are three more. Annick Goutal offers a collection of perfumes of the most deeply Parisian sort: slightly Old World; bottles designed as if by the niece of Baron Haussmann; fresh, well-made florals. But to most, Annick Goutal is its tiny, lovely shop at 14, rue de Castiglione, where everyone in the world pops in, on their way to and from the Tuileries. The best seller is Eau d’Hadrien, a traditional Gallic citrus eau fraîche, although the pure pleasure is Le Chèvrefeuille: a sweet honeysuckle with a hint of green stem. This is the scent that follows the pretty French girl exiting the store.
Chanel No. 18 is a conceptual portrait of Paris. And a beautiful one. The Chanel perfumers Jacques Polge and Christopher Sheldrake have taken the idea of Chanel’s jewelry store at 18, place Vendôme, mixed in the concept of a translucent jewel and the elegance of the address, and made from them a linear, crystalline scent. I cannot stress the degree to which No. 18 is a brilliantly postmodern perfume, literally a different species from No. 5 or Allure. Persistence on skin is the one flaw that costs it a star, but aesthetically it is perfection. No. 18 smells as if the perfumers had captured a flower, but a flower whose perfume somehow exudes from spotless glass jewelry counters and warm, burnished stone.
And then there is the jaw-dropping incarnation of midcentury Paris. If you have not smelled Diorella since whenever, it is time to seek it out. Created in 1972 by Edmond Roudnitska, one of the great perfumers of all time, it is astounding not merely because it is technically flawless (diffusion, evolution on the skin, etc.) and captures the quintessence of the 16th Arrondissement woman in full battle regalia (heels, scarf, blouse, jewels, jacket) but also because of its startling modernity. This is a scent past the event horizon, 36 years old, yet it smells as if it were created in 2010. Diorella is an olfactory abstraction of luxury, like 18-karat gold gently warmed. Sadly, Roudnitska’s original formula is no longer used (as with all perfumes of a certain age, a number of materials in it have been declared allergens and removed). No matter. The current version is still a revelation.
(quem gostaria de cheirar a São Paulo, não?)
Eiffel Power
BY CHANDLER BURR, NYT
For years, Paris has inspired a river of scents, from Evening in Paris (don’t laugh) to Paris, Yves Saint Laurent’s crepuscular rose. There have been literal representations and abstract concepts — and here, for your delectation, are three more. Annick Goutal offers a collection of perfumes of the most deeply Parisian sort: slightly Old World; bottles designed as if by the niece of Baron Haussmann; fresh, well-made florals. But to most, Annick Goutal is its tiny, lovely shop at 14, rue de Castiglione, where everyone in the world pops in, on their way to and from the Tuileries. The best seller is Eau d’Hadrien, a traditional Gallic citrus eau fraîche, although the pure pleasure is Le Chèvrefeuille: a sweet honeysuckle with a hint of green stem. This is the scent that follows the pretty French girl exiting the store.
Chanel No. 18 is a conceptual portrait of Paris. And a beautiful one. The Chanel perfumers Jacques Polge and Christopher Sheldrake have taken the idea of Chanel’s jewelry store at 18, place Vendôme, mixed in the concept of a translucent jewel and the elegance of the address, and made from them a linear, crystalline scent. I cannot stress the degree to which No. 18 is a brilliantly postmodern perfume, literally a different species from No. 5 or Allure. Persistence on skin is the one flaw that costs it a star, but aesthetically it is perfection. No. 18 smells as if the perfumers had captured a flower, but a flower whose perfume somehow exudes from spotless glass jewelry counters and warm, burnished stone.
And then there is the jaw-dropping incarnation of midcentury Paris. If you have not smelled Diorella since whenever, it is time to seek it out. Created in 1972 by Edmond Roudnitska, one of the great perfumers of all time, it is astounding not merely because it is technically flawless (diffusion, evolution on the skin, etc.) and captures the quintessence of the 16th Arrondissement woman in full battle regalia (heels, scarf, blouse, jewels, jacket) but also because of its startling modernity. This is a scent past the event horizon, 36 years old, yet it smells as if it were created in 2010. Diorella is an olfactory abstraction of luxury, like 18-karat gold gently warmed. Sadly, Roudnitska’s original formula is no longer used (as with all perfumes of a certain age, a number of materials in it have been declared allergens and removed). No matter. The current version is still a revelation.
LE VINTAGE Neila, Decades, Karry'O, La Jolie-Garde-Robe
Neila Vintage and Design
Neila Jaziri stocks pieces by Chanel, Givenchy and Pierre Cardin, but the late maître Yves Saint Laurent remains a favorite. ‘‘He respected every body type — whether round or slim,’’ Jaziri says. The boutique’s décor is spare, with merchandise kept to a minimum. ‘‘I keep a lot in the back,’’ she says. ‘‘Too much can confuse.’’
28, rue du Mont-Thabor; 011-33-1-42-96-88-70, Paris, nos arredores da Colette.
(do nyt)
ps do iht
YSL's vintage legacy
By Natasha Fraser-Cavassoni
Thursday, October 2, 2008
PARIS: An Yves Saint Laurent design from the 1960s and 1970s is all but worth its weight in gold today, because his work has seriously increased in value since his death in June.
"Saint Laurent's pieces were never cheap," says Neila Jaziri, who specializes in vintage at her shop on Rue du Mont Thabor. (Her windows tend to be an homage to the designer - this season, a symphony in red wool jersey.) "But since his death, prices have gone through the roof. For example, a great Rive Gauche dress used to cost €700; now it's €1,400."
Cameron Silver, the vintage expert who owns the Los Angeles boutique Decades, wonders if the high prices aren't a result of former Saint Laurent clients' realizing the value of what they own. "More people are contacting us at Decades about his clothes and we are paying more," he says, adding that he just bought what he described as "two major collections."
In Silver's estimation, there have been two waves of interest in YSL. "When Saint Laurent retired in 2002, certain Americans became hip to him and wanted to suddenly buy his vintage clothes," he says. "His death marks the second wave."
Silver expects the YSL exhibit opening in November at the De Young Museum in San Francisco will continue to bolster the designer's legacy in the Western United States. And, in Paris, Christie's has scheduled a sale of the belongings of Saint Laurent and Pierre Bergé in February.
While a designer's death usually sparks a sudden, but temporary, increase in prices, Silver stresses that he believes it will be different for Saint Laurent: "He's incomparable to anyone else because he created his own codes. Most young designers today borrow codes."
Back in Paris, Jaziri says that owning Saint Laurent also "fits in with the recent craze of wanting something rare that no one else has."
There is also the myth that lingers, says Karine Berrebi, who stocks vintage YSL accessories at her boutique in the Seventh Arrondissement, Karry'O. "Saint Laurent remains a magic label - ultra elegant and super Parisian," Berrebi says.
Because of the glowing obituaries and stories about his legacy, Marie Rouches senses that "the young have discovered him and have this urge to wear him." Rouches, who owns the Paris vintage boutique La Jolie Garde-Robe, isn't surprised. "He was always so poetic, making women 'fatale' without making them vulgar."
However, Silver doesn't quite agree. "Just because it's Saint Laurent, it doesn't mean it's all good," he warns. "In the 1980s and 1990s, you have to be selective in choosing - it was an uniform for so many women - and there's a lot of 1980s and 1990s!"
Neila Jaziri stocks pieces by Chanel, Givenchy and Pierre Cardin, but the late maître Yves Saint Laurent remains a favorite. ‘‘He respected every body type — whether round or slim,’’ Jaziri says. The boutique’s décor is spare, with merchandise kept to a minimum. ‘‘I keep a lot in the back,’’ she says. ‘‘Too much can confuse.’’
28, rue du Mont-Thabor; 011-33-1-42-96-88-70, Paris, nos arredores da Colette.
(do nyt)
ps do iht
YSL's vintage legacy
By Natasha Fraser-Cavassoni
Thursday, October 2, 2008
PARIS: An Yves Saint Laurent design from the 1960s and 1970s is all but worth its weight in gold today, because his work has seriously increased in value since his death in June.
"Saint Laurent's pieces were never cheap," says Neila Jaziri, who specializes in vintage at her shop on Rue du Mont Thabor. (Her windows tend to be an homage to the designer - this season, a symphony in red wool jersey.) "But since his death, prices have gone through the roof. For example, a great Rive Gauche dress used to cost €700; now it's €1,400."
Cameron Silver, the vintage expert who owns the Los Angeles boutique Decades, wonders if the high prices aren't a result of former Saint Laurent clients' realizing the value of what they own. "More people are contacting us at Decades about his clothes and we are paying more," he says, adding that he just bought what he described as "two major collections."
In Silver's estimation, there have been two waves of interest in YSL. "When Saint Laurent retired in 2002, certain Americans became hip to him and wanted to suddenly buy his vintage clothes," he says. "His death marks the second wave."
Silver expects the YSL exhibit opening in November at the De Young Museum in San Francisco will continue to bolster the designer's legacy in the Western United States. And, in Paris, Christie's has scheduled a sale of the belongings of Saint Laurent and Pierre Bergé in February.
While a designer's death usually sparks a sudden, but temporary, increase in prices, Silver stresses that he believes it will be different for Saint Laurent: "He's incomparable to anyone else because he created his own codes. Most young designers today borrow codes."
Back in Paris, Jaziri says that owning Saint Laurent also "fits in with the recent craze of wanting something rare that no one else has."
There is also the myth that lingers, says Karine Berrebi, who stocks vintage YSL accessories at her boutique in the Seventh Arrondissement, Karry'O. "Saint Laurent remains a magic label - ultra elegant and super Parisian," Berrebi says.
Because of the glowing obituaries and stories about his legacy, Marie Rouches senses that "the young have discovered him and have this urge to wear him." Rouches, who owns the Paris vintage boutique La Jolie Garde-Robe, isn't surprised. "He was always so poetic, making women 'fatale' without making them vulgar."
However, Silver doesn't quite agree. "Just because it's Saint Laurent, it doesn't mean it's all good," he warns. "In the 1980s and 1990s, you have to be selective in choosing - it was an uniform for so many women - and there's a lot of 1980s and 1990s!"
FASHION GURU Alber Elbaz
Todo mundo tem um guru - ou vários - e nunca é demais adicionar alguém à lista. Alber Elbaz, da Lanvin, vem cada vez mais se provando uma das vozes a serem ouvidas nesse começo de 21.
Veja porquê.
Veja porquê.
sábado, 18 de outubro de 2008
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 5
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Belo Horizonte, 18h, pesquisando no acervo da marca para criar as últimas linhas da coleção de inverno 2009
Luiza Barcelos, dona da marca de sapatos homônima
Usa: Saia-lápis? Maria Bonita. T-shirt? Maria Bonita Extra. Cinto? Maria Bonita Extra. Colete? Maria Bonita Extra. Bolsa e escarpin? Do acervo Luiza Barcelos.
Qual a melhor idéia do look? O verde mediterrâneo da T-shirt, lindo e elegante quando combinado ao preto.
Belo Horizonte, 18h, pesquisando no acervo da marca para criar as últimas linhas da coleção de inverno 2009
Luiza Barcelos, dona da marca de sapatos homônima
Usa: Saia-lápis? Maria Bonita. T-shirt? Maria Bonita Extra. Cinto? Maria Bonita Extra. Colete? Maria Bonita Extra. Bolsa e escarpin? Do acervo Luiza Barcelos.
Qual a melhor idéia do look? O verde mediterrâneo da T-shirt, lindo e elegante quando combinado ao preto.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 4
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Belo Horizonte, 16h, a caminho de uma reunião para definir detalhes da campanha de inverno 2009
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: T-shirt? Maria Bonita Extra. Jaqueta e calça? Maria Bonita Extra. Relógio? Swatch. Peep toe? Luiza Barcelos.
Qual a melhor idéia do look? A jaquetinha, que compõe uma produção mais formal para a reunião e ao mesmo tempo pode ser tirada ao longo do dia. Quando anoitece, lembro dela novamente.
Belo Horizonte, 16h, a caminho de uma reunião para definir detalhes da campanha de inverno 2009
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: T-shirt? Maria Bonita Extra. Jaqueta e calça? Maria Bonita Extra. Relógio? Swatch. Peep toe? Luiza Barcelos.
Qual a melhor idéia do look? A jaquetinha, que compõe uma produção mais formal para a reunião e ao mesmo tempo pode ser tirada ao longo do dia. Quando anoitece, lembro dela novamente.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 3
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Tiradentes, MInas, passeio com as crianças
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Camisa? Mixed. Jeans? Seven. Tênis? Converse, customizado por Alessandra Aleixo. Óculos? Marc Jacobs.
Qual a melhor idéia do look? O tênis colorido que, além de perfeito para as ladeiras e o calçamento de Tiradentes, quebra o caráter básico da dupla jeans e camisa branca.
Tiradentes, MInas, passeio com as crianças
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Camisa? Mixed. Jeans? Seven. Tênis? Converse, customizado por Alessandra Aleixo. Óculos? Marc Jacobs.
Qual a melhor idéia do look? O tênis colorido que, além de perfeito para as ladeiras e o calçamento de Tiradentes, quebra o caráter básico da dupla jeans e camisa branca.
Bam! Pof! Soc! "Todas somos a Mulher Maravilha", diz DVF
Em 2005, quando a H.Stern lançou a coleção de jóias super-poderosas desenhadas por Diane Von Furtenberg, fui encontrá-la na loja da Oscar Freire para uma entrevista. Roberto Stern, filho do seu Hans, tinha me dado de presente as memórias dela, Diane - a Signature Life - e me advertido: "Ela é uma mulher impressionante, forte. Fiquei fascinado quando estive na casa dela em Connecticut".
Ela estava usando, claro, um wrap dress - a invenção que a catapultou para a moda nos anos 1970 -, cabelos pretos ondulados, penteados em volume para trás, e a pulseira de correntes com elos incrustrados de pedrinhas coloridas - a mais linda da coleção DVF para H.Stern. Foi me passando as peças para experimentar, colocou a de elos gigantes de ouro no meu punho esquerdo. Eu disse: "Tem que ser uma mulher de pulso para usar isso". Ela riu e me corrigiu: "Toda mulher é forte!".
Foi bem convincente.
DVF foi casada com um príncipe, tinha tudo para ser margaridinha e só, mas subiu no salto (hoje, sempre Louboutin, seu amigo), teve uma idéia de moda, achou que o casamento tinha dado, se esbaldou no Studio 54 e se jogou no mundo. No meu livro, ela escreveu uma dedicatória que tem tudo para ser seu lema de vida: "Enjoy it all and go for it. Lots of love".
Roberto tinha razão. Voltei para a redação da ELLE, escrevi um perfil intitulado Mulher Maravilha.
Outro dia recebi o convite para a festinha de lançamento da HQ Be the Wonder Woman You Can Be, Featuring the Adventures of Diva, Viva & Fifa - DVF de Diane Von Furstenberg, que ela armou na terça, 14, na loja do Meatpacking. Estava aqui terminando uma matéria luxo para a Vejinha, então não pude ir. ; )
Be the Wonder Woman You Can Be, Featuring the Adventures of Diva, Viva & Fifa: libelo feminino da superDVF! Olha o wrap dress de onça! Olha a pulseira de elos H.Stern!
A revistinha defende que toda mulher pode ser Mulher Maravilha! As heroínas fazem as coisas acontecerem. Todas vestidas de DVF - justo, porque o wrap dress teve, quando foi lançado, um efeito (em menor proporção) pretinho básico Chanel. Mulheres poderiam ser mulheres, com alta vontagem sexy, e exercer poder. No ternos involved, como gosta minha amiga Kelly!
Inspirada pela imagem de DVF, Diva sai da sombra e mostra que ela é a cabeça criativa por trás de um projeto no trabalho. Viva deixa a timidez de lado, solta e voz e consegue um contrato com uma gravadora. Fifa ganha um prêmio de culinária e considera não ir para a festa porque não tem com quem deixar os três (!) filhotes. Lá vem DVF de novo para acordar as belas adormecidas. "Enjoy it all and go for it", parece dizer às personagens.
“The idea is that if you feel insecure, look at yourself in the mirror, and through the reflection remember to be the Wonder Woman you can be. That’s my message”, escreveu DVF no blog.
Com ilustrações de Konstantin Kakanias, a HQ (25 dólares) coincide com o lançamento de uma tote (230 dólares) e uma camiseta (50 dólares) inspiradas na Mulher Maravilha original, vendidas nas lojas DVF e no dvf.com
(a H.Stern poderia vender aqui, não?)
Parte da renda, adivinhe?, será revertida para a Vital Voices, uma organização que dá força para as mulheres.
DVF e a Mulher Maravilha original: power to the women! Repare nos brincos Love Knot, de diamantes, DVF para H. Stern, que combinam com o Love Knot do decote.
Ela estava usando, claro, um wrap dress - a invenção que a catapultou para a moda nos anos 1970 -, cabelos pretos ondulados, penteados em volume para trás, e a pulseira de correntes com elos incrustrados de pedrinhas coloridas - a mais linda da coleção DVF para H.Stern. Foi me passando as peças para experimentar, colocou a de elos gigantes de ouro no meu punho esquerdo. Eu disse: "Tem que ser uma mulher de pulso para usar isso". Ela riu e me corrigiu: "Toda mulher é forte!".
Foi bem convincente.
DVF foi casada com um príncipe, tinha tudo para ser margaridinha e só, mas subiu no salto (hoje, sempre Louboutin, seu amigo), teve uma idéia de moda, achou que o casamento tinha dado, se esbaldou no Studio 54 e se jogou no mundo. No meu livro, ela escreveu uma dedicatória que tem tudo para ser seu lema de vida: "Enjoy it all and go for it. Lots of love".
Roberto tinha razão. Voltei para a redação da ELLE, escrevi um perfil intitulado Mulher Maravilha.
Outro dia recebi o convite para a festinha de lançamento da HQ Be the Wonder Woman You Can Be, Featuring the Adventures of Diva, Viva & Fifa - DVF de Diane Von Furstenberg, que ela armou na terça, 14, na loja do Meatpacking. Estava aqui terminando uma matéria luxo para a Vejinha, então não pude ir. ; )
Be the Wonder Woman You Can Be, Featuring the Adventures of Diva, Viva & Fifa: libelo feminino da superDVF! Olha o wrap dress de onça! Olha a pulseira de elos H.Stern!
A revistinha defende que toda mulher pode ser Mulher Maravilha! As heroínas fazem as coisas acontecerem. Todas vestidas de DVF - justo, porque o wrap dress teve, quando foi lançado, um efeito (em menor proporção) pretinho básico Chanel. Mulheres poderiam ser mulheres, com alta vontagem sexy, e exercer poder. No ternos involved, como gosta minha amiga Kelly!
Inspirada pela imagem de DVF, Diva sai da sombra e mostra que ela é a cabeça criativa por trás de um projeto no trabalho. Viva deixa a timidez de lado, solta e voz e consegue um contrato com uma gravadora. Fifa ganha um prêmio de culinária e considera não ir para a festa porque não tem com quem deixar os três (!) filhotes. Lá vem DVF de novo para acordar as belas adormecidas. "Enjoy it all and go for it", parece dizer às personagens.
“The idea is that if you feel insecure, look at yourself in the mirror, and through the reflection remember to be the Wonder Woman you can be. That’s my message”, escreveu DVF no blog.
Com ilustrações de Konstantin Kakanias, a HQ (25 dólares) coincide com o lançamento de uma tote (230 dólares) e uma camiseta (50 dólares) inspiradas na Mulher Maravilha original, vendidas nas lojas DVF e no dvf.com
(a H.Stern poderia vender aqui, não?)
Parte da renda, adivinhe?, será revertida para a Vital Voices, uma organização que dá força para as mulheres.
DVF e a Mulher Maravilha original: power to the women! Repare nos brincos Love Knot, de diamantes, DVF para H. Stern, que combinam com o Love Knot do decote.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 2
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Belo Horizonte, pronta para ir ao clube com as crianças, 9h30
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Blusa? Maria Bonita. Short? Cortado de um jeans Clube Chocolate. Mocassim? Luiza Barcelos. Relógio? Swatch.Colar de pérolas? Herdado da caixinha de jóias de minha mãe.
Qual a melhor idéia do look? Aproveitar a calça jeans que havia ficado larga para criar um short despojado e confortável.
Belo Horizonte, pronta para ir ao clube com as crianças, 9h30
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Blusa? Maria Bonita. Short? Cortado de um jeans Clube Chocolate. Mocassim? Luiza Barcelos. Relógio? Swatch.Colar de pérolas? Herdado da caixinha de jóias de minha mãe.
Qual a melhor idéia do look? Aproveitar a calça jeans que havia ficado larga para criar um short despojado e confortável.
domingo, 12 de outubro de 2008
NA DÚVIDA muitas votações
Seguem as votações para melhor look de estilista - e também para as interpretações de Sonia Rykiel.
O resultado de Sonia vai ser absoluto, mas os estilistas finalistas em cada semana de moda ainda vão disputar um troféu fashion incorporation!
Clique e vote: NY, Londres, Milão, Paris.
O resultado de Sonia vai ser absoluto, mas os estilistas finalistas em cada semana de moda ainda vão disputar um troféu fashion incorporation!
Clique e vote: NY, Londres, Milão, Paris.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
A SEMANA COM Luiza Barcelos - dia 1
Depois que a segunda filhota nasceu, Luiza Barcelos enxugou 21 quilos (!) e recuperou alguns prazeresinhos do closet. A saber: voltou a usar calça jeans - "morria de saudades"- e comprou shorts e vestidos curtos, que "ousei ao usar com botas". "A saia-lápis com blusa por dentro é outra novidade que surgiu com o corpinho novo", diz Luiza.
Belo Horizonte, na entrada da fábrica
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Trench-coat? Maria Bonita. T-shirt? Maria Bonita. Jeans? Seven. Botas? Luiza Barcelos. Cinto? Forum.
Qual a melhor idéia do look? O trench-coat, peça que, aliás, eu adoro. Tenho de todas as cores e materiais diferentes. É um clássico. Um truque é usar cinto para variar o visual.
Belo Horizonte, na entrada da fábrica
Luiza Barcelos, da marca de sapatos homônima
Usa: Trench-coat? Maria Bonita. T-shirt? Maria Bonita. Jeans? Seven. Botas? Luiza Barcelos. Cinto? Forum.
Qual a melhor idéia do look? O trench-coat, peça que, aliás, eu adoro. Tenho de todas as cores e materiais diferentes. É um clássico. Um truque é usar cinto para variar o visual.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
NA DÚVIDA look do estilista Paris, spring 2009
que estilista apareceu com o melhor look na semana de moda de Paris, spring 2009?
Ivana Omazic, Céline
Nathalie Rykiel, Sonia Rykiel e Gabrielle Greiss, Sonia Rykiel
Anne-Valérie Hash, Anne-Valérie Hash
Hannah MacGibbon, Chloé
Collette Dinnigan, Collette Dinnigan
Stella McCartney, Stella McCartney
Vivienne Westwood, Vivienne Westwood
Alessandra Facchinetti, Valentino
Ivana Omazic, Céline
Nathalie Rykiel, Sonia Rykiel e Gabrielle Greiss, Sonia Rykiel
Anne-Valérie Hash, Anne-Valérie Hash
Hannah MacGibbon, Chloé
Collette Dinnigan, Collette Dinnigan
Stella McCartney, Stella McCartney
Vivienne Westwood, Vivienne Westwood
Alessandra Facchinetti, Valentino
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
COMO SAIR ÀS RUAS COM ESTILO desencaretando um longo careta
Olá! Entro todos os dias seu blog e vc tem dicas incríveis, por isso gostaria muito q vc me ajudasse!!!! Vou ser madrinha de um casamento no dia 18 de outubro e comprei um daqueles vestidos caretões verde/azul petróleo, com um decote nas costas bem bonito. Meu cabelo é liso e bem fininho, na altura do ombro. Queria quebrar a caretice no penteado, na maquiagem e nos acessórios. Me ajuda, por favor???? O casamento é à noite, às 20h.
Bjo e muito obrigada,
Marcela.
Marcela,
O mais óbvio seria prender os cabelos - e como todo mundo anda prendendo por aí nas passarelas afora, despencam idéias lindas: coques múltiplos no lugar de um só nozinho (Chanel, spring 2009), desmanchados (Alberta Ferreti, spring 2009). Enfim, os exemplos são inúmeros e vale mais saber se o cabeleireiro tem mão. Porque isso exige expertise daquelas!
Alberta Ferretti, spring 2009
Chanel, spring 2009
Se você optar por um presinho, dispense brincos, que é um recurso que as pessoas acreditam ser obrigatório com os cabelos presos. Fica bem mais atual sem (e nada colar também, já que o foco do vestido é o decote).
Por outro lado, fiquei pensando que a melhor coisa nesse caso seria fugir da filosofia que prega que todo decote precisa ser privilegiado com o cabelo montado para cima. Como seu cabelo está na altura dos ombros, minha sugestão é que você use solto. O comprimento, que por si só já é anticareta, não vai esconder as costas.
Olivier Theyskens, da Nina Ricci, optou por cabelos divididos ao meio e levemente ondulados para combinar com os vestidos curtos na frente + longos atrás da spring 2009. Acho uma ótima para você.
Nina Ricci, spring 2009.
Aqui, os grampos são usados só para ondular e fixar a forma. Mas vale a idéia: usar grampos, fivelas - caprichados - um de cada lado. Décor no cabelo é algo que finalmente está sendo resgatado - tem muita gente fazendo coisas ótimas. Eu tentaria encontrar uma presilha de prata/prateado velho, com filigranas, marcassitas. Um dos lugares bacanas para isso é a Casa Vasconcellos (Rua Peixoto Gomide, 1801, casa 4, Jardins, 11 3083 0787). As irmãs Marianna, Renata e Fabiana fazem peças com um quê vitoriano, com cara de herança da bisa, que vão dar o peso que a cor do vestido pede.
Nina Ricci, spring 2009: esse é o jeitinho de conquistar as ondas do penteado.
(ps. Se você acredita que o formato do seu rosto não segure cabelos no meio, dá para manter a mesma idéia de ondulado e solto, só que repartido para um dos lados. Nesse caso, há três opções para prender os enfeites de cabelo: 1) colocar a fivela no lado com mais cabelo; 2) prender as duas frentes com fivelas; 3) colocar a fivela no lado com menos cabelo. mmm, deu para visualizar?)
Agora, a maquiagem.
Dior, spring 2009
Primeiro, repare que o batom é opaco. Tem cara de que já foi apagado num bom beijinho! Outro ponto: a chave chic do seu look vai ser escolher a cor certa de batom. Vermelho pode roubar demais a cena de uma cor tão especial quanto o petróleo. E, como você mesmo já disse, o petróleo é uma cor meio indefinida: meio azul, meio verde. Acho que você deve ir atrás d euma cor de batom no mesmo espírito: que tenha personalidade, mas seja difícil de definir. Na Dior, pareceu essa cor linda, que é meio ferrugem, meio cobre, meio sei lá. Tem personalidade e complementa o petróleo. De resto, cílios extracaprichados. Repare como eles foram penteados para a lateral externa dos olhos - diferente da idéia clássica de cílos de boneca. Complete com um traço fino de delineador. O olhar fica duplamente sexy, de gatinho.
De bijoux, eu optaria por braceletes - ou gêmeos ou parecidos - no mesmo acabamento das fivelas (prateado velho com marcassita). E usaria um de cada lado. Ou dois de cada lado.
Para as unhas: pés e mãos do mesmo tom - fica um look todo brincando com simetrias (no cabelo, nas pulseiras...). Pode ser preto (pede para a manicure passar uma camada de finalização com o bom e velho Rebu, da Risqué. Faz um efeito óptico bacana - 'deschapa' o preto). Pode ser cor de carne, que é aquele bege transparente (Ilha do Mel, por exemplo, mas faça o teste no seu tom de pele. Tem uns que pendem mais para o rosé, outros mais para o amarelo...). Ou você pode tentar um esmalte que se aproxime da cor do batom - mas daí precisa tomar cuidado com o que vai usar nos pés
Por exemplo, eu adoro a cor dessa sandália Christian Lacroix, um cetim rosé acinzentado. E a idéia de amarrar laços de veludo nas tirinhas. Acredite se quiser, a Huis Clos tinha um par parecidíssimo na ponta de estoque. Custava 50 reais! Ligue para as meninas de lá. Quem sabe você não dá uma sorte daquelas? (Rua do Bosque, 185, Barra Funda, 11 3392 1600).
Christian Lacroix, spring 2009
O desenho dessa sandália também é lindo. Chic, simples e eficiente em preto (as meias são uma ousadia. Você é quem sabe se segura ou não).
Outra opção é o retorno da meia-calça fina e do escarpim clássicos. Pretos.
Nina Ricci, spring 2009
Nina Ricci, spring 2009
É isso. Bom casório!
beijos,
Sissi
Bjo e muito obrigada,
Marcela.
Marcela,
O mais óbvio seria prender os cabelos - e como todo mundo anda prendendo por aí nas passarelas afora, despencam idéias lindas: coques múltiplos no lugar de um só nozinho (Chanel, spring 2009), desmanchados (Alberta Ferreti, spring 2009). Enfim, os exemplos são inúmeros e vale mais saber se o cabeleireiro tem mão. Porque isso exige expertise daquelas!
Alberta Ferretti, spring 2009
Chanel, spring 2009
Se você optar por um presinho, dispense brincos, que é um recurso que as pessoas acreditam ser obrigatório com os cabelos presos. Fica bem mais atual sem (e nada colar também, já que o foco do vestido é o decote).
Por outro lado, fiquei pensando que a melhor coisa nesse caso seria fugir da filosofia que prega que todo decote precisa ser privilegiado com o cabelo montado para cima. Como seu cabelo está na altura dos ombros, minha sugestão é que você use solto. O comprimento, que por si só já é anticareta, não vai esconder as costas.
Olivier Theyskens, da Nina Ricci, optou por cabelos divididos ao meio e levemente ondulados para combinar com os vestidos curtos na frente + longos atrás da spring 2009. Acho uma ótima para você.
Nina Ricci, spring 2009.
Aqui, os grampos são usados só para ondular e fixar a forma. Mas vale a idéia: usar grampos, fivelas - caprichados - um de cada lado. Décor no cabelo é algo que finalmente está sendo resgatado - tem muita gente fazendo coisas ótimas. Eu tentaria encontrar uma presilha de prata/prateado velho, com filigranas, marcassitas. Um dos lugares bacanas para isso é a Casa Vasconcellos (Rua Peixoto Gomide, 1801, casa 4, Jardins, 11 3083 0787). As irmãs Marianna, Renata e Fabiana fazem peças com um quê vitoriano, com cara de herança da bisa, que vão dar o peso que a cor do vestido pede.
Nina Ricci, spring 2009: esse é o jeitinho de conquistar as ondas do penteado.
(ps. Se você acredita que o formato do seu rosto não segure cabelos no meio, dá para manter a mesma idéia de ondulado e solto, só que repartido para um dos lados. Nesse caso, há três opções para prender os enfeites de cabelo: 1) colocar a fivela no lado com mais cabelo; 2) prender as duas frentes com fivelas; 3) colocar a fivela no lado com menos cabelo. mmm, deu para visualizar?)
Agora, a maquiagem.
Dior, spring 2009
Primeiro, repare que o batom é opaco. Tem cara de que já foi apagado num bom beijinho! Outro ponto: a chave chic do seu look vai ser escolher a cor certa de batom. Vermelho pode roubar demais a cena de uma cor tão especial quanto o petróleo. E, como você mesmo já disse, o petróleo é uma cor meio indefinida: meio azul, meio verde. Acho que você deve ir atrás d euma cor de batom no mesmo espírito: que tenha personalidade, mas seja difícil de definir. Na Dior, pareceu essa cor linda, que é meio ferrugem, meio cobre, meio sei lá. Tem personalidade e complementa o petróleo. De resto, cílios extracaprichados. Repare como eles foram penteados para a lateral externa dos olhos - diferente da idéia clássica de cílos de boneca. Complete com um traço fino de delineador. O olhar fica duplamente sexy, de gatinho.
De bijoux, eu optaria por braceletes - ou gêmeos ou parecidos - no mesmo acabamento das fivelas (prateado velho com marcassita). E usaria um de cada lado. Ou dois de cada lado.
Para as unhas: pés e mãos do mesmo tom - fica um look todo brincando com simetrias (no cabelo, nas pulseiras...). Pode ser preto (pede para a manicure passar uma camada de finalização com o bom e velho Rebu, da Risqué. Faz um efeito óptico bacana - 'deschapa' o preto). Pode ser cor de carne, que é aquele bege transparente (Ilha do Mel, por exemplo, mas faça o teste no seu tom de pele. Tem uns que pendem mais para o rosé, outros mais para o amarelo...). Ou você pode tentar um esmalte que se aproxime da cor do batom - mas daí precisa tomar cuidado com o que vai usar nos pés
Por exemplo, eu adoro a cor dessa sandália Christian Lacroix, um cetim rosé acinzentado. E a idéia de amarrar laços de veludo nas tirinhas. Acredite se quiser, a Huis Clos tinha um par parecidíssimo na ponta de estoque. Custava 50 reais! Ligue para as meninas de lá. Quem sabe você não dá uma sorte daquelas? (Rua do Bosque, 185, Barra Funda, 11 3392 1600).
Christian Lacroix, spring 2009
O desenho dessa sandália também é lindo. Chic, simples e eficiente em preto (as meias são uma ousadia. Você é quem sabe se segura ou não).
Outra opção é o retorno da meia-calça fina e do escarpim clássicos. Pretos.
Nina Ricci, spring 2009
Nina Ricci, spring 2009
É isso. Bom casório!
beijos,
Sissi
terça-feira, 7 de outubro de 2008
NA DÚVIDA Sonia Rykiel na visão dos outros estilistas
Antes, meus desfiles-fonte de beleza e idéia para o próximo verão:
- Marc Jacobs, NY
- Duro Olowu, Londres
- Missoni, Milão
- Lanvin, Paris
- Dries Van Noten, Paris
- Loewe, Paris
- Sonia Rykiel, Paris
Numa temporada bem morna, achei que a melhor idéia de todas - a mais emocionante - foi a de top estilistas criarem interpretações de staples de Sonia Rykiel - 40 anos de moda - e os looks entrarem depois da coleção aniversariante da estilista francesa na passarela.
Não resisti e tive que criar uma votação. Não acho apenas que a homenagem foi bacana, mas que ela resultou em roupas lindas. O melhor é que não é só uma aula de história da moda de Rykiel. É mais do que isso e essa é a parte que mais me toca: as roupas criadas pelos estilistas falam muito mais sobre eles mesmos do que de Rykiel.
Isso me lembrou uma conversa com minha amiga Sasá, sobre uma aula que ela teve no doutorado da USP. O professor disse que as críticas feitas da obra de Machado de Assis falam muito menos do Machado e muito mais de quem/quando escreveu.
Ninguém pode dominar o que o outro pensa, ter a arrogância de presumir que sabe o que vai na cabeça do outro. O máximo que oferecemos é nossa visão sobre o outro.
Como o mundo não começou a filosofar hoje, mas tresantontem, aqui vai o que diz Xenófanes, filósofo pré-socrático, sobre como representamos o mundo a partir de nós mesmos.
"mas se mãos tivessem os bois e os cavalos e os leões e pudessem com as mãos criar obras como os homens, semelhantes aos cavalos o cavalo representaria os deuses, e o boi semelhante aos bois, e lhs dariam corpos como os que eles mesmos têm." (Clemente de Alexandria, Tapeçarias, V, 110).
Sacou?
Dito isso, acredito que o exercício mais bacana é desvendar o que as interpretações de Sonia Rykiel dizem sobre os estilistas que as criaram.
(votação com opção múltipla porque tem muita coisa boa aqui - não sei que critério vocês vão usar: é usável? se parece com algo que Sonia criaria? É incrível ver o Sr. Discrição, Tomas Maier, fazer de Sonia um pretinho básico. Ou Roberto Cavalli transformar em zebra as listras bicolores que são marca registrada da estilista francesa. E eu adoro as versões de Castelbajac, Gaultier e Margiela. Viva o bom humor!)
por Alessandra Facchinetti, Valentino
por Ann Demeulemeester
por Giorgio Armani
por Roberto Cavalli
por Donna Karan
por Diane von Furstenberg
por Haider Ackermann
por Jean Paul Gaultier
por Karl Lagerfeld, Chanel
por Christian Lacroix
por Maison Martin Margiela
por Martine Sitbon
por Missoni
por Riccardo Tisci, Givenchy
por Rodarte
por Sofia Kokosalaki
por Stella McCartney
por Véronique Leroy
por Vivienne Westwood
por Yohji Yamamoto
por Alber Elbaz, Lanvin
por Bernhard Wilhelm
por Jeremy Scott
por Matthew Williamson
por Michael Kors
por Narciso Rodriguez
por Olivier Theyskens, Nina Ricci
por Ralph Lauren
por Tomas Maier, Bottega Veneta
por Jean-Charles Castelbajac
- Marc Jacobs, NY
- Duro Olowu, Londres
- Missoni, Milão
- Lanvin, Paris
- Dries Van Noten, Paris
- Loewe, Paris
- Sonia Rykiel, Paris
Numa temporada bem morna, achei que a melhor idéia de todas - a mais emocionante - foi a de top estilistas criarem interpretações de staples de Sonia Rykiel - 40 anos de moda - e os looks entrarem depois da coleção aniversariante da estilista francesa na passarela.
Não resisti e tive que criar uma votação. Não acho apenas que a homenagem foi bacana, mas que ela resultou em roupas lindas. O melhor é que não é só uma aula de história da moda de Rykiel. É mais do que isso e essa é a parte que mais me toca: as roupas criadas pelos estilistas falam muito mais sobre eles mesmos do que de Rykiel.
Isso me lembrou uma conversa com minha amiga Sasá, sobre uma aula que ela teve no doutorado da USP. O professor disse que as críticas feitas da obra de Machado de Assis falam muito menos do Machado e muito mais de quem/quando escreveu.
Ninguém pode dominar o que o outro pensa, ter a arrogância de presumir que sabe o que vai na cabeça do outro. O máximo que oferecemos é nossa visão sobre o outro.
Como o mundo não começou a filosofar hoje, mas tresantontem, aqui vai o que diz Xenófanes, filósofo pré-socrático, sobre como representamos o mundo a partir de nós mesmos.
"mas se mãos tivessem os bois e os cavalos e os leões e pudessem com as mãos criar obras como os homens, semelhantes aos cavalos o cavalo representaria os deuses, e o boi semelhante aos bois, e lhs dariam corpos como os que eles mesmos têm." (Clemente de Alexandria, Tapeçarias, V, 110).
Sacou?
Dito isso, acredito que o exercício mais bacana é desvendar o que as interpretações de Sonia Rykiel dizem sobre os estilistas que as criaram.
(votação com opção múltipla porque tem muita coisa boa aqui - não sei que critério vocês vão usar: é usável? se parece com algo que Sonia criaria? É incrível ver o Sr. Discrição, Tomas Maier, fazer de Sonia um pretinho básico. Ou Roberto Cavalli transformar em zebra as listras bicolores que são marca registrada da estilista francesa. E eu adoro as versões de Castelbajac, Gaultier e Margiela. Viva o bom humor!)
por Alessandra Facchinetti, Valentino
por Ann Demeulemeester
por Giorgio Armani
por Roberto Cavalli
por Donna Karan
por Diane von Furstenberg
por Haider Ackermann
por Jean Paul Gaultier
por Karl Lagerfeld, Chanel
por Christian Lacroix
por Maison Martin Margiela
por Martine Sitbon
por Missoni
por Riccardo Tisci, Givenchy
por Rodarte
por Sofia Kokosalaki
por Stella McCartney
por Véronique Leroy
por Vivienne Westwood
por Yohji Yamamoto
por Alber Elbaz, Lanvin
por Bernhard Wilhelm
por Jeremy Scott
por Matthew Williamson
por Michael Kors
por Narciso Rodriguez
por Olivier Theyskens, Nina Ricci
por Ralph Lauren
por Tomas Maier, Bottega Veneta
por Jean-Charles Castelbajac
Assinar:
Postagens (Atom)