Faltam 6 horas e 50 minutos para rolar o desfile da coleção de Sonia Rykiel para a H&M.
Dá para ver aqui.
A maratona de desfiles é uma ideia vintage que permanece e, em tempos de internet, é fácil acreditar como obsoleta.
Mas as transmissões de desfile virtuais – ou a ideia de fazer exclusivamente on-line - embora um jeito democrático de levar a imagem para todos, ainda é só um jeito de levar a imagem para todos.
Sei que vivemos a cultura das aparências, mas não ver a roupa de perto – o que já é um pouco limitado nos desfiles tête-à-tête –, me parece distanciar cada vez mais a moda da sua base (o bom feitio da roupa, a construção) e ancorá-la mais e mais na imagem projetada (já não temos o péssimo hábito de saber apenas como é a roupa de frente graças a posição dos fotógrafos do pit, diante da passarela. ninguém se olha de costas no espelho? de lado?).
Jornalistas precisarão cada vez mais dar suas interpretações sócio-blás sobre as coleções e saberão avaliar menos tecido, modelagem, técnica. Modelistas, piloteiros, costureiras, que são o corpo do negócio, se sentirão menos valorizados ainda?
É isso?
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