Cate Blanchet ganhava com folga (minha querida Loulou achava isso crônica de um tapete vermelho anunciado). Bacana ninguém ter questionado o fato de o vestido ser nude e eu ter gostado dele (para mais explicações, vide o post A TEORIA DO bege). O vestido, Armani Privé, tem uma modelagem que segura a cor-de-nada. (Marta deixou um post dizendo que achou "pastel demais", mas penso que os babados e a leveza do tecido deram conta do serviço sem precisar da cor como apelo extra). Qualquer outra cor teria um efeito romântico (já pensou o rosa-bebê?) ou barroco (roxo?) ou moulin-rouge (escarlate) - e Cate não é nada disso a não ser dramática de um jeito sutil (fez sentido?).
Minha segunda favorita era Julienne Moore de Lacroix - mas a Vica, fiel leitora desse blog desde o comecinho (obrigada, obrigada) achou horroroso e a Marta, idem. Para Vica, eu disse que a Julienne parecia saída de uma pintura e usar Lacroix, ex-professor de história da arte, faz todo o sentido. Mas eu concordo que não é um look fácil. Mas também acho bom considerar que cor, corte e proporção, independentemente de se gostar do modelo, caíram bem na moça.
No fim dessa corrida, Natalie Portman e seu cocktail dress Lanvin saíram em disparada e quase empatam com Cate. Eu acho uma graça esse vestido. Também achei bacana Natalie escolhê-lo para a ocasião. Ela estava ali como júri e não quis roubar a cena como diva. Mas o tamanho da carteira me incomoda muito. É pesada demais para o vestido. Funcionaria com um terno, à noite, por exemplo, mas esse vestido pedia algo um pouco menor. Depois, tem o seguinte: o corpo é fatiado em três pontos por faixas pretas (a carteira, o cinto, os sapatos). Bastariam os escarpins, não?
O vestido da Rafaeli é lindo, mas ela ficou extrapeituda com esse decote + drapê e o lilás é uma cor ingrata! Mischa Barton envelheceu milênios porque errou no styling (cabelo, colar e essa pose, uia!). Fiquei surpresa de a Petra ter ficado sem votos - o vestido é lindo, tipo old-school glamour (quer saber mais sobre glamour? clique aqui), mas o peito de fora é demais - foi isso, meninas e meninos? Buenos, a Eva Mendes, para mim, é cafona e sem personalidade - e esse vestido diz isso. Essa foto ainda é feliz. Em outras, dava para ver como o corte deixava o bumbum cem vezes maior (que mulher quer isso, benzadeus?). O da Devon não empolga. Essa história de brilhos pura-e-simplesmente para brilhar já está meio apagada. E o decote é muito passé composé!
Enfim, só de curiosidade, vejam como Alberta Ferreti mostrou o vestido de Mischa na passarela (bem mais light, cabelão solto, sem joião, sem levar a sério o modelo) e Alber Elbaz o de Natalie. beijim e me conta!
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Lanvin, verão 2008: com sandálias, o preto perde o poder de fatiar o corpo. Melhor do que o styling de Natalie Portman, não? Pena que Alber Elbaz não tenha sugerido a bolsa de mão...
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Alberta Ferreti, inverno 2008/09: mais light, mais desencané do que o jeito de usar de Mischa Barton.
2 comentários:
Li o teu maravilhoso post sobre o bege, e tenho que concordar... eu acho que a única coisa bege que eu tenho é sutiã!! Porque não aparece embaixo da roupa. Amo cores, amo vermelho. Mas o vestido da Cate tava absoluto porque, bem, Cate Blanchet é tudo.
E a Eva Mendes é o uó!!
Ai, sempre achei isso de Eva Mendes, muita pretensão por nada!
Bjssss
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